Pronunciamento de Eduardo Amorim em 24/10/2017
Discurso durante a 159ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Contentamento pela realização da IV Bienal do Livro de Itabaiana-SE.
- Autor
- Eduardo Amorim (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/SE)
- Nome completo: Eduardo Alves do Amorim
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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CULTURA:
- Contentamento pela realização da IV Bienal do Livro de Itabaiana-SE.
- Publicação
- Publicação no DSF de 25/10/2017 - Página 27
- Assunto
- Outros > CULTURA
- Indexação
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- ELOGIO, REALIZAÇÃO, FEIRA BIENAL DO LIVRO, CIDADE, ITABAIANA (SE), COMENTARIO, HISTORIA, IMPORTANCIA, EVENTO, ATIVIDADE CULTURAL.
O SR. EDUARDO AMORIM (Bloco Social Democrata/PSDB - SE. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Srª Presidente, Senadora Ana Amélia, Srªs e Srs. Senadores, ouvintes da Rádio Senado, espectadores da TV Senado, todos que nos acompanham pelas redes sociais, o que me traz à tribuna na tarde de hoje, Srª Presidente, é a história de três amigos e um sonho, o sonho de promover a cultura em sua cidade e a comprovação de que, como disse Raul Seixas, "sonho que se sonha junto facilmente vira realidade".
Em 2009, Carlos Eloy, da FM Itabaiana, Honorino Júnior, da Perfil e Jamyson Machado Gois, da Itnet, realizaram no dia 16 de outubro, o 1º Encontro Literário, em Itabaiana, Sergipe, com a inestimável ajuda de intelectuais como: Luiz Antônio Barreto (in memoriam), Jorge Carvalho (professor doutor da Universidade Federal de Sergipe), Domingos Pascoal de Melo, (da Academia Sergipana de Letras) e Antônio Saracura (escritor nascido nos povoados de Itabaiana e da Academia Itabaianense de Letras).
Desse encontro, Srª Presidente, nasceu, em 2011, a I Bienal do Livro de Itabaiana, que aconteceu durante um único dia, na Associação Atlética do Município, e foi um sucesso absoluto. Na ocasião, foram lançadas 33 obras de autores sergipanos, abrindo a perspectiva de difusão do trabalho literário a partir da comercialização de cerca de 500 títulos.
Em 2013, com os mesmos organizadores e curadores, agora mais fortalecidos e contando com o empenho e a colaboração das Academias Municipais de Glória, Tobias Barreto, Lagarto e Itabaiana, já em franco funcionamento, o diálogo com as escolas, com os intelectuais e artistas de cada cidade, tornou-se mais efetivo.
Foi diante dessa perspectiva, Srª Senadora Ana Amélia, que em 2013 aconteceu a II Bienal do Livro de Itabaiana, de 17 a 19 de outubro daquele ano. Durante os três dias do evento, 88 escritores lançaram cerca de 113 títulos e mais de 1.500 livros foram comercializados, sem contar que mais de cinco pessoas passaram pela feira, interessados em conhecer mais sobre a cultura local e aproveitando as várias atividades da Bienal.
Já em 2015, na terceira edição da Bienal do Livro de Itabaiana, foi estimado um público de mais de 30.000 pessoas visitando os stands, as praças da cidade, as salas das universidades e os auditórios durante os três dias do evento. Foram centenas de escritores, e cerca de 25 cidades sergipanas enviaram alunos e professores. Tudo isso sem falar nos mais de dois mil livros que foram comercializados.
Este ano, Srª Presidente, Senadora Ana Amélia, o evento agigantou-se e, de sexta-feira passada, do dia 20 de outubro até domingo passado, a IV Bienal do Livro de Itabaiana recebeu, no Shopping Peixoto, um público estimado em mais de 50 mil pessoas de todas as idades e de todos os cantos do nosso Estado, além fronteira. Foram inscritos quase 500 escritores, com idades que variaram de 7 a 70 anos.
E trago aqui, Senadora Ana Amélia, um exemplo do mais jovem escritor, Danilo Nascimento Crescêncio, escritor de 7 anos de idade, que tive o privilégio de conhecer e de ler com ele o seu livro que fala exatamente as letras de A a Z.
Gente de todas as idades vindos de todos os cantos do País, como eu já disse, além da Espanha, do Uruguai, e da Colômbia, enfim. Importante, entretanto, enfatizar que a Bienal valoriza, sobretudo, o escritor da terra, e é ele o centro das atenções desde a primeira edição.
Essa Bienal foi, sem sombra de dúvida, uma oportunidade ímpar para o resgate de diversas manifestações culturais, com apresentações folclóricas, bandas marciais, sinfônicas, além de apresentações musicais de diversos estilos, abrindo oportunidade para que artistas da nossa terra mostrassem o seu talento em três palcos simultâneos.
Houve stands de Municípios sergipanos, divulgando o que o lugar tem de melhor – a exemplo do Município de Carira, em cujo stand o escritor João Hélio de Almeida mostrou seu livro e o povo daquela cidade mostrou toda a sua cultura e todo o seu folclore –, comidas típicas, artistas plásticos, cartunistas, uma área inteira dedicada às crianças, a grupos teatrais e de dança. Tudo isso, além de presenças ilustres, a exemplo do jornalista sergipano Ancelmo Gois.
Srª Presidente, colegas Senadores, para que os senhores possam sentir a dimensão do caldeirão cultural que se formou na minha cidade, Itabaiana, nesses três dias, vou falar resumidamente o que aconteceu em cada um deles.
Na sexta-feira, houve a abertura dos stands, da feira cultural e a entrega do Troféu Falcão de Ouro, quando 31 personalidades e entidades foram homenageadas com o prêmio. Entretanto, nesse dia, também tiveram início as apresentações musicais, e Bob Lelis chegou à Bienal com a Rural do Forró.
No dia seguinte, sábado, aconteceu a exposição e o desfile de carros antigos, numa homenagem a Zé da Baleia, o maior colecionador de carros antigos de Sergipe. O jornalista Ancelmo Gois, que é sergipano de Frei Paulo, Município vizinho a Itabaiana, e colunista do jornal O Globo, realizou um brilhante talk show, com o tema – abre aspas – "O atual momento da comunicação no mundo na era das mídias sociais" – fecha aspas. Além de pertinente, sua análise foi bastante profunda e esclarecedora.
No domingo, último dia da Bienal, a programação teve início no loteamento Luiz Gonzaga, onde aconteceu o café da manhã com os escritores e também a entrega do monumento ao livro. Já à tarde, o evento prosseguiu e contou com a apresentação do ilusionista Pedro Guaraná, que encantou a todos os presentes. No início da noite, quem se apresentou e abrilhantou ainda mais a Bienal foi o cantor George Sants, participante do programa The Voice Brasil, da Rede Globo.
Aliado a tudo que mencionei, Srª Presidente, colegas Senadores, houve diversos lançamentos de livros e sessão de autógrafos, e aqui não posso deixar de mencionar o lançamento do livro do ex-Governador Albano Franco – abre aspas – "Artigos globais & outros esparsos", do qual tive a honra de participar.
Também destaco, entre tantos outros livros, o livro que fala de um ilustre comerciante itabaianense, Elizeu de Oliveira, mais conhecido como Arrojado, do autor Carlos Mendonça e da autora Maria da Conceição Andrade Oliveira, filha de Arrojado.
A cada edição, a Bienal do Livro de Itabaiana torna-se maior e mais abrangente, contemplando, além da literatura, diversas outras áreas artísticas e culturais, dando vez e voz aos artistas da nossa terra.
Por isso, Srª Presidente, Senadora Ana Amélia, digo, sem medo errar, que Sergipe tem jeito, sim. Somos, em essência, um povo dedicado e trabalhador, e nosso Estado tem grande potencial humano e natural. Tenho muita honra de pertencer a essa terra e de ser sergipano. Dessa forma, gostaria também de registrar que hoje é o Dia da Sergipanidade, data que marca o orgulho de um povo por sua cultura, por seus costumes e por suas tradições.
Para finalizar, quero parabenizar os idealizadores e organizadores do evento, a exemplo dos Três Mosqueteiros: Carlos Eloy, Honorino Júnior e Jamyson Machado, chamados, como já disse, de Três Mosqueteiros, que, junto aos curadores Jorge Carvalho, Domingos Pascoal de Melo e Antônio Saracura, colocaram Sergipe no mapa dos grandes eventos literários e culturais do nosso País.
Muito obrigado, Srª Presidente, Senadora Ana Amélia.