Comunicação inadiável durante a 160ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Lamento pela edição da portaria do Ministério dos Transportes que autoriza a reabertura do aeroporto da Pampulha para voos nacionais.

Autor
Aécio Neves (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/MG)
Nome completo: Aécio Neves da Cunha
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
TRANSPORTE:
  • Lamento pela edição da portaria do Ministério dos Transportes que autoriza a reabertura do aeroporto da Pampulha para voos nacionais.
Publicação
Publicação no DSF de 26/10/2017 - Página 57
Assunto
Outros > TRANSPORTE
Indexação
  • CRITICA, GOVERNO FEDERAL, MOTIVO, PORTARIA, AUTORIZAÇÃO, AEROPORTO, LOCAL, BELO HORIZONTE (MG), REALIZAÇÃO, VOO, OPERAÇÃO INTERESTADUAL, PREJUIZO, DESENVOLVIMENTO, ECONOMIA, ENTE FEDERADO.

    O SR. AÉCIO NEVES (Bloco Social Democrata/PSDB - MG. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) – Agradeço a V. Exª.

    O Senador Anastasia, há poucos minutos, usou dessa tribuna para tratar de um tema da maior relevância para o Estado de Minas Gerais.

    Hoje, fomos todos surpreendidos com a assinatura, pelo Presidente da República, de uma portaria que reabre o Aeroporto da Pampulha, no centro de Belo Horizonte, para voos nacionais.

    Na verdade, Sr. Presidente, um dos grandes males da Administração Pública no Brasil, em Estados ou Municípios, é a ausência de planejamento. E o que nós fizemos, a partir do ano de 2003 até o final do ano 2014, foi planejar o desenvolvimento do Estado, nos seus mais variados vetores, e, dentro desse planejamento, fortalecer o vetor norte da capital e permitir, ao mesmo tempo, que o hub, que o centro de distribuição de voos se instalasse em Minas Gerais. Foi talvez um dos grandes, dentre outros avanços, que nós conquistamos naquele período em que governei, por duas vezes, o Estado, sucedido pelo Senador e ex-Governador Anastasia e também pelo Governador Alberto Pinto Coelho.

    Nesse esforço, estava a viabilização do Aeroporto de Confins, para que, a partir do seu fortalecimento, voos internacionais pudessem chegar à capital do nosso Estado. Hoje, são inúmeros, dezenas de voos diários, para as mais diversas regiões do mundo, que partem de Belo Horizonte e aí também chegam.

    Esta decisão de hoje, apressada, sem lastro técnico, como ressaltou o Senador Antonio Anastasia, trará prejuízos de uma dimensão imensurável ao desenvolvimento do Estado, em especial do vetor norte da Capital, mas, de forma ainda mais clara, trará a possibilidade de que atividades econômicas, o turismo em especial, em Minas Gerais, deixem de continuar se fortalecendo.

    Quero dizer, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, que, nos próximos dias, na companhia do Senador Anastasia e, tenho certeza, do Deputado Rodrigo de Castro, que aqui está, do Deputado Alexandre Silveira, dentre vários outros representantes de Minas, vamos voltar ao Presidente da República para ponderar, a partir de dados técnicos do próprio Governo, a impropriedade desta portaria, que, repito, passa a ser um enorme retrocesso no desenvolvimento econômico do Estado de Minas Gerais.

    Portanto, concluo, Sr. Presidente: sem embasamento técnico, de forma apressada, o Presidente da República se equivoca. E equívocos, quando são cometidos, têm que ser revistos.

    Nos empenharemos, em benefício do desenvolvimento do nosso Estado, para que essa portaria seja revista e o Aeroporto da Pampulha continue servindo não apenas à aviação privada, mas também ao fortalecimento da aviação regional, dentro do Estado de Minas Gerais, e o Aeroporto de Confins continue o seu processo de crescimento, que vem acontecendo de forma acelerada a partir dos últimos anos e de inúmeras medidas tomadas pelo nosso Governo.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 26/10/2017 - Página 57