Pela Liderança durante a 166ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Satisfação com os indicadores recentes que revelam a recuperação econômica do País.

Autor
Fernando Bezerra Coelho (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PE)
Nome completo: Fernando Bezerra de Souza Coelho
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
ECONOMIA:
  • Satisfação com os indicadores recentes que revelam a recuperação econômica do País.
Publicação
Publicação no DSF de 02/11/2017 - Página 50
Assunto
Outros > ECONOMIA
Indexação
  • COMENTARIO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, RELAÇÃO, ENFASE, CRESCIMENTO ECONOMICO, PAIS, REGISTRO, MELHORIA, RESULTADO, POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA, GOVERNO FEDERAL.

    O SR. FERNANDO BEZERRA COELHO (PMDB - PE. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu venho à tribuna nesta manhã de quarta-feira, para fazer um comentário daquilo que é notícia nos principais jornais de todo o Brasil. Eu me refiro aqui a O Globo, eu me refiro aqui a O Estado de S.Paulo e me refiro de forma particular à Folha de S.Paulo. Diversas colunas, sobretudo nos cadernos de economia e diversas matérias, inclusive de primeira página, destacam o crescimento do emprego no Brasil.

    Muito se falava que, na economia brasileira, por ter vivido o maior ciclo recessivo da sua história, o emprego iria demorar a voltar, mesmo com os primeiros sinais de retomada do crescimento econômico. É evidente que nós não estamos satisfeitos com os números que o Caged e o Ministério do Trabalho começam a divulgar, sobretudo através dos dados que foram disponibilizados ontem pelo IBGE.

    Mas não há dúvida nenhuma de que os dados que foram divulgados são bastante animadores. Eu poderia aqui destacar a coluna do Vinicius Torres Freire cujo título é: "O emprego na reforma trabalhista". Há uma frase dele que diz o seguinte: "O aumento do número de pessoas ocupadas é expressivo, 1,46 milhão a mais [repito: 1,46 milhão de pessoas a mais] que em setembro do ano passado."

    Ou seja, Sr. Presidente, quando o Presidente Temer assumiu no ano passado, após o processo de impeachment, ali no mês de maio, é evidente que os reflexos da recessão econômica em que o Brasil tinha mergulhado, levando ao desequilíbrio das contas públicas, levando a uma taxa de inflação de mais de dez pontos percentuais, levando a taxa de juros Selic a mais de 14 pontos percentuais, levando o País a pagar de serviço da dívida mais de R$400 bilhões... É evidente que os efeitos dessa crise econômica em que o País foi mergulhado... É evidente que, nos meses iniciais da administração que recolocou a economia brasileira nos trilhos, os números na área do emprego repercutissem ainda no período inicial, mas, se pegarmos os dados a partir de setembro, quando o Presidente Temer é efetivo após a conclusão da votação do processo de impeachment, diversas medidas que foram tomadas pelo Poder Executivo, com o apoio do Congresso Nacional, começam agora a produzir os resultados.

    Eu me refiro aqui à aprovação do limite do teto para os gastos públicos. Eu me refiro aqui à aprovação e à flexibilização da legislação trabalhista. Eu me refiro aqui à reforma do ensino médio. Eu me refiro aqui a tantas iniciativas que mereceram o debate e que mereceram a aprovação desta Casa. Poderia citar, para poder destacar tantas outras medidas que poderia mencionar, a fixação da Taxa de Longo Prazo do BNDES, que veio acabar com os subsídios que foram concedidos a determinados grupos econômicos nos últimos anos no nosso País.

    Pois muito bem, a Folha de S.Paulo, o Estadão, O Globo, todos esses veículos destacam a volta do emprego...

    O SR. LINDBERGH FARIAS (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – V. Exª me concede um aparte?

    O SR. FERNANDO BEZERRA COELHO (PMDB - PE) – Eu estou falando como Líder. Por isso, não posso lhe conceder um aparte, mas teria a maior alegria de poder conceder um aparte.

    O SR. LINDBERGH FARIAS (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – Era tão bom o debate, porque estou com números aqui, Senador.

    O SR. FERNANDO BEZERRA COELHO (PMDB - PE) – Mas eu posso lhe dizer que o IBGE, ao divulgar nesta terça-feira, Senador Lindbergh, mostrou o recuo da taxa do desemprego no Brasil. Ela estava, no trimestre anterior, em torno de 13% e recua agora, para o trimestre encerrado em setembro, para 12,4%.

    E mais, que é algo que eu gostaria aqui de destacar, Sr. Presidente: se nós temos 1,46 milhão de pessoas a mais, comparado com setembro, mantidas as projeções de criação de emprego verificadas no último trimestre, nós vamos encerrar o ano de 2017 com uma geração adicional de quase 2 milhões de novos postos de trabalho, mostrando, portanto, de forma inequívoca, a recuperação econômica, que se verifica pela redução da taxa de inflação.

    A taxa de inflação no Brasil está em torno de 3%. E essa taxa de inflação está permitindo o crescimento da massa de salário real da nossa economia. É ela que está puxando o consumo. E nós tivemos a alegria de poder ouvir o Ministro da Fazenda ontem na Comissão de Assuntos Econômicos dizer que a um trabalhador que ganhava um salário mínimo no período da inflação de 10%, ao comprar a cesta básica, sobravam do salário dele apenas R$100 para o consumo. E agora, com a inflação sob controle, graças à produção agrícola, é bem verdade, graças ao controle da inflação de alimentos, agora, depois de adquirir a cesta básica e as necessidades essenciais, o trabalhador brasileiro, aquele que ganha um salário mínimo tem uma disponibilidade para o consumo de R$300. De R$100 para R$300. Só quem é pobre, só quem é trabalhador, só quem luta no dia a dia sabe o valor de R$200 a mais.

    E é isso a que nós estamos assistindo neste Brasil, que começa a finalizar os primeiros indicadores da sua recuperação. Eu quero aqui manifestar a minha confiança e o meu otimismo com o Brasil que nós teremos em 2018.

    As medidas que estão sendo tomadas – e aqui me refiro às mudanças no marco regulatório do petróleo e do gás – no último leilão da região do pré-sal no Rio de Janeiro e em São Paulo, na Bacia de Santos, permitirão ao Governo brasileiro, ao longo dos próximos 30 anos, investimentos, arrecadação para Estado, para a União, para Municípios, recursos superiores a R$600 bilhões. São mais de R$20 bilhões por ano em média, o que significa um aumento de mais de R$200 bilhões em relação às projeções iniciais feitas pela Agência Nacional do Petróleo. Isso tudo porque, no último leilão do pré-sal, da área 2 e da área 3, houve ágios em relação ao lucro-óleo que foi ofertado pelos licitantes da ordem de 80%, 70%, Sr. Presidente. E, com a chegada de importantes empresas do setor petrolífero, que vêm trazer tecnologia, que vêm trazer investimento, vão ser viabilizados mais de US$30 bilhões de investimento. E um dos Estados que será mais bem aquinhoado de todo esse processo de recuperação econômica é o Estado do Rio de Janeiro, que se encontra hoje quebrado em função da grave crise que se abateu sobre aquele Estado.

    Por isso eu quero registrar com alegria, na manhã de hoje, os dados que surgem da economia.

    Agora, mais importante do que isso, no início do ano...

(Soa a campainha.)

    O SR. FERNANDO BEZERRA COELHO (PMDB - PE) – ... a oposição aqui, nesta Casa, Sr. Presidente, dizia que o Brasil ia de novo ter crescimento negativo. No mês de maio e junho, falava-se que o crescimento iria ser pífio, que não iria dar nem 0,3%. Agora as projeções são de um crescimento entre 0,7% e 1%. E, no ano que vem, as projeções do Banco Central estão na casa de 2,3%, de 2,5%.

    O Ministro da Fazenda está dizendo que brevemente o Ministério da Fazenda vai rever a projeção de crescimento para o ano que vem. E muitas instituições financeiras estão já fazendo projeção de uma taxa de crescimento para a nossa economia da ordem de três pontos percentuais. Isso significará a volta do emprego ainda em maior quantidade. É o que nós queremos, é o que eu quero como pernambucano.

    Pernambuco perdeu mais de 400 mil empregos nessa crise econômica. Fecharam-se postos de trabalho em importantes...

(Soa a campainha.)

    O SR. FERNANDO BEZERRA COELHO (PMDB - PE) – ... setores da nossa economia. E agora, com juros decadentes, com juros caindo, com inflação sob controle, a economia nacional volta e voltará também a economia do Nordeste, porque na crise o Nordeste teve crescimento negativo maior do que o crescimento negativo do Brasil. E o Brasil voltando a crescer é a oportunidade para que o Nordeste possa crescer mais do que o Brasil.

    Por isso, quero renovar aqui a minha confiança, a minha esperança, o meu otimismo de que vão ter valido a pena tantos sacrifícios, tantas medidas duras que foram tomadas aqui, neste Parlamento.

    No ano que vem, quando formos nos apresentar em praça pública para merecer o julgamento da sociedade brasileira, nós haveremos de apresentar ao Brasil a recuperação da sua economia, a volta do emprego, a recuperação dos salários e, sobretudo, a volta do investimento público para que possamos...

(Soa a campainha.)

    O SR. FERNANDO BEZERRA COELHO (PMDB - PE) – ... qualificar e melhorar a infraestrutura do nosso País.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 02/11/2017 - Página 50