Pela ordem durante a 172ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Crítica à invasão de fazenda e destruição das plantações em Correntina (BA).

Autor
Ana Amélia (PP - Progressistas/RS)
Nome completo: Ana Amélia de Lemos
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
SEGURANÇA PUBLICA:
  • Crítica à invasão de fazenda e destruição das plantações em Correntina (BA).
Publicação
Publicação no DSF de 10/11/2017 - Página 52
Assunto
Outros > SEGURANÇA PUBLICA
Indexação
  • CRITICA, INVASÃO, SITIO, DESTRUIÇÃO, PLANTIO, REGISTRO, CRIME, LEITURA, CARTA, AUTORIA, EMPREGADO, EMPRESA.

    A SRª ANA AMÉLIA (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RS. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Eu quero cumprimentar o Senador Wellington também pela referência que fez e dizer que queria registrar a impressão muito positiva que tenho da convivência com o Secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, Paulo Barone, e também o próprio Ministro, Deputado Mendonça Filho, que tem sido extremamente receptivo às demandas para ampliar e melhorar a qualidade do ensino.

    Recentemente, nesta semana, junto com o Deputado Afonso Hamm, estivemos lá para solicitar a criação de um centro tecnológico de inovação, unindo a expertise da Unipampa com o IFSul. Isso é uma otimização dos recursos do ensino superior federal, criando a oportunidade, na metade sul do Estado, para um desenvolvimento integrado e contando com a academia junto com os empreendedores.

    Por falar em empreendedor, Senador Cidinho Santos, que preside, V. Exª conhece muito bem a atividade do campo, a atividade rural, a atividade agropecuária. Na segunda-feira, eu fiz uma referência aqui, no plenário, sobre a criminosa destruição de uma propriedade muito organizada e idônea no interior do oeste da Bahia, em Correntina, às margens do rio que passa naquela região. Foi uma destruição inaceitável, criminosa, violenta. Eu queria dizer a esses criminosos que fizeram aquela ação, que envergonhou não apenas a Bahia, mas o Brasil, que eles agora têm que responder por cem empregos que eram gerados por aquele empreendimento, que foi inteiramente destruído.

    E isso me chamou a atenção, porque recebi, Senador – e aqui venho com a aquiescência do Senador Elmano Férrer, com a gentileza dele e de V. Exª –, uma carta que eu vou ler:

Bom dia Senadora Ana Amélia,

Meu nome é Rogério Aranibar, sou funcionário da Lavoura e Pecuária Igarashi, mas venho aqui como um cidadão comum que conhece um pouco melhor a empresa a qual eu trabalho e foi citada pela senhora.

Como a senhora mesmo mencionou, a Igarashi produz batata, cebola, alho, cenoura, entre outros, produz também ou melhor, este ano estava com projeto de produzir feijão na Fazenda Rio Claro em Correntina [essa que foi destruída, Senador Cidinho].

Foram anos e anos de investimento em mão de obra e financeiro para conseguir TODAS as licenças exigidas, e é a política da empresa, rigorosamente seguida a formalidade e honestidade em [todos os] seus projetos.

    É o que escreve um funcionário da empresa.

Depois de tantos anos, a empresa conseguiu vencer toda burocracia que tanto dificulta o empreendedorismo no Brasil e finalmente este ano começou a plantar o feijão que viria a servir a mesa de famílias brasileiras em [especial] [...] as [famílias] baianas.

Além do importante papel que a empresa assume de alimentar a população brasileira, ela também gera mão de obra e estimula o comércio local, gerando riqueza nas cidades onde não havia nada, como aconteceu em outras fazendas da empresa.

Venho agradecer à senhora por defender a empresa mais correta e honesta em que eu já trabalhei desse ato injusto e covarde. Empresas como esta deviam ser o orgulho de uma região ou [de um] país. Empresa que, por meios próprios, se ergueu sem escândalos, sempre trabalhando duro com honestidade e disciplina, sem cortar caminho com falcatruas como vemos atualmente, alimentando o país e salvando o PIB brasileiro do vermelho como aconteceu em 2016.

Aproveito para pedir à senhora que não deixe esse ataque seja esquecido e os responsáveis sejam impunes, pois os prejuízos não só financeiros se estendem a todo País.

Obrigado, mais uma vez, Rogério Aranibar.

    Faço isso em homenagem aos cem empregados, lá em Correntina, deste grupo, que não tenho o prazer de conhecer pessoalmente, mas todas as informações – inclusive as do Senador Alvaro Dias aqui, que me relatou – são que – a família procede do Paraná –, em empreendimentos e projetos no Paraná, agem dessa mesma forma.

    Então, mais uma vez, é injustificável o que foi feito. E não há como, em um Estado democrático de direito, tentar fazer justiça com as próprias mãos, como se isso fosse justiça em nosso País.

    Existem os meios legais – o Ministério Público, a Polícia Federal –, quando existe algum ato ilegal que esteja sendo praticado por alguma empresa, mas agir dessa maneira, de uma maneira tão organizada, típica de guerrilha... Foram dez ônibus, com cem pessoas em cada ônibus, chegando para destruir tudo o que havia ali dentro: de máquinas agrícolas a instalação elétrica, a instalação para irrigação.

    Aqui, como diz esse funcionário, todas as licenças foram penosamente conseguidas dentro daquilo que a lei exige: com rigor e com honestidade.

    Por isso, faço-o aqui em homenagem não só ao Rogério Aranibar, mas aos cem funcionários que agora estão sem empregos lá em Correntina.

    Muito obrigada, Presidente.

    Obrigada, Senador Elmano Férrer.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/11/2017 - Página 52