Discurso durante a 182ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Elogios à redação da estudante Geysa Berton, do Município de Flores da Cunha (RS), primeira colocada estadual no Programa Jovem Senador.

Autor
Paulo Paim (PT - Partido dos Trabalhadores/RS)
Nome completo: Paulo Renato Paim
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SENADO:
  • Elogios à redação da estudante Geysa Berton, do Município de Flores da Cunha (RS), primeira colocada estadual no Programa Jovem Senador.
Publicação
Publicação no DSF de 29/11/2017 - Página 104
Assunto
Outros > SENADO
Indexação
  • ELOGIO, REDAÇÃO, AUTORIA, ESTUDANTE, ORIGEM, MUNICIPIO, FLORES DA CUNHA (RS), ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), PARTICIPAÇÃO, PROGRAMA, JUVENTUDE, SENADOR.

  SENADO FEDERAL SF -

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28/11/2017


    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, quero registra aqui, a redação da gaúcha de Flores da Cunha, a estudante Geysa Berton, 1ª colocada estadual, no Programa Jovem Senador.

    Ela é aluna da Escola Estadual de Ensino Médio São Rafael, sendo sua professora a senhora Edolesia Fontoura da Rosa Andreazza.

    Diz o texto...

    Uma Nação de Pluralidade Singular.

    A diversidade que caracteriza o Brasil está presente por todos os cantos desta Pátria. Variadas religiões, posições socioeconômicas, estilos musicais e etnias juntam-se, formando uma multiplicidade indubitável e com características únicas de cada um dos 207 milhões de habitantes, tornando o Brasil um país cosmopolita.

    Contudo, ao passo que a Nação brasileira vai em busca da igualdade e união entre contrastes, o preconceito ocupa um lugar na sociedade brasileira contemporânea.

    Esses regidos pela intolerância do cotidiano dever ser combatido a fim de fortalecermos os vínculos entre as diferenças, abolindo a desigualdade.

    A cultura adotada pelo povo brasileiro transcende fronteiras: desde a prática da umbanda até o budismo; do berimbau passando pelas guitarras de rock, à batida do funk; da feijoada ao sushi; do cocar do indígena do Norte à bombacha do gaúcho do Sul; da família patriarcal à família moderna.

    Os limites imaginários do povo brasileiro não possuem início nem fim, caracterizando a pluralidade singular da Nação. Contudo, acentuando diferenças que, inúmeras vezes, trazem consigo a amargura da discriminação.

    A intolerância, provinda de pensamentos conservadores cultivados diariamente por meio de discursos corriqueiros, alcança cada vez mais vítimas.

    A doutrinação e a alienação permitem a visão distorcida de outros pontos de vista, fazendo-nos crer num ideal egocêntrico. Esses fatores naturalizam a violência verbal e física, o bulling e a opressão contra minorias, agravando-as cada vez mais.

    Dessa forma, a liberdade cultural e de expressão, direito contido na Constituição Federal, passa a ser mais limitada, prejudicando a sociedade brasileira e o progresso do país.

    Em síntese, é inquestionável a importância da diversidade e o cultivo da compreensão às diferenças no Brasil moderno. O poeta Otávio Paz escreveu: “O que põe o mundo em movimento é a interação das diferenças, suas atrações e repulsões; a vida é pluralidade, morte é uniformidade”.

    Dessa forma, visando ao bem comum e ao respeito perante os inúmeros contrastes, faz-se necessário o investimento por parte do governo em campanhas veiculadas nas escolas e na mídia, frisando as distintas linhas ideológicas referentes à religião, aos costumes e à importância da igualdade entre todos no país, independentemente de outros fatores.

    Assim, aprenderemos a conviver em uma nação de pluralidade singular, sem pré-conceitos.

    Era o que tinha a dizer.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/11/2017 - Página 104