O SR. OMAR AZIZ (Bloco/PSD-AM. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Cumprimento o Senador Magno Malta, que preside esta sessão; o Ministro da Indústria e Comércio; o Ministro do Trabalho e os Deputados Silas Câmara e Alfredo Nascimento e, na pessoa deles, os Deputados que nos honram com sua presença.

      Quero umprimentar também o Pastor Jonatas Câmara, Presidente da nossa Igreja Assembleia de Deus no Estado do Amazonas, e o Pastor Samuel Câmara, que faz a evangelização em outros Estados brasileiros, mas não deixa de ser nosso companheiro de longa data.

      Quero, ainda, cumprimentar pastores, pastoras, os Vereadores presentes e todos os Parlamentares que vieram do meu Estado.

      Hoje estamos aqui reunidos para comemorar os 100 anos de uma das instituições mais estimadas da história amazonense: a Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Amazonas.

      É importante lembrar alguns fatos da história da Assembleia de Deus em nosso Estado que mostram a enorme contribuição de evangelização e o trabalho social desenvolvido pelas instituições pentecostais.

      Particularmente neste ano em que comemoramos os 500 anos da Reforma Protestante, reconforta os corações cristãos reconhecer que tanto sacrificio, dedicação e compromisso com as grandes causas da humanidade nunca foram em vão.

      Assim, ao abrir esta sessão solene para os depoimentos sobre a heroica batalha da Assembleia de Deus no Amazonas em 100 anos de história, o Senado Federal expressa a gratidão de todos os brasileiros pelos relevantes serviços prestados por essa instituição.

      As grandes obras da Assembleia de Deus frutificaram e continuam a render preciosos frutos em nosso Estado, pelas mãos de pastores, de evangelistas, de diáconos, das mulheres pastoras e de todos que fazem parte da densa história dessa instituição no meu Estado, o Amazonas.

      Assim, homenageio todos aqueles que formam esta bela história missionária, na pessoa do Pastor Jonatas Câmara, que lidera a Convenção do Estado desde 1997.

      A ação da obra evangélica da Assembleia de Deus no Amazonas apoia-se na família e na comunidade, os dois polos fundamentais da experiência religiosa pentecostal. Por isso sua obra lançou raízes tão profundas nessas paragens, disseminando a mensagem evangelizadora nos lugares mais remotos da Amazônia. Aliás, na Amazônia tudo é mais difícil, e evangelizar também não é fácil. É preciso muita fé e muita dedicação, e os pastores da Assembleia de Deus o fazem com muito carinho pelos amazonenses -- isso não é diferente no Acre nem nos demais Estados da Amazônia.

      A história do trabalho missionário da Assembleia de Deus no Amazonas revestiu-se de caráter heroico. Os desafios, os sacrificios, as dificuldades só faziam estimular o comprometimento pessoal dos pastores com a missão, dotando-os de uma força sobre-humana, a começar pela história dos fundadores, o casal de missionários suecos Samuel e Lina Nystron, que, em 1917, organizaram e fundaram a Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Manaus.

      No período da Revolução Russa, em 1917, a Assembleia de Deus fundou, no Estado da Amazonas, uma missão. Poderiam eles imaginar que a semente lançada resultaria na grande obra atual da Assembleia de Deus no Amazonas, que conta com cerca de 3 mil templos em todo o Estado, congregando mais de 2 mil pastores cadastrados, aproximadamente 10 mil líderes de células e 300 mil membros?

      A que se deve, no nosso Estado, o crescimento do pentecostalismo? Além das causas propriamente espirituais, certamente aos enormes serviços prestados pela Assembleia de Deus, sobretudo entre as populações desassistidas.

     Ao renovar e fortalecer os vínculos da comunidade e da família, a Assembleia de Deus difunde os valores positivos da fé cristã. Ao mesmo tempo, auxilia as pessoas em estado de vulnerabilidade econômica e social a superarem as dificuldades, conduzindo-as no caminho correto da vida.

      Podemos estimar, Sras. e Srs. Senadores, senhores convidados, o enorme impacto dessa obra social?

      As instituições pentecostais, ao favorecerem os vínculos entre a comunidade, apoiadas nos valores cristãos, atenuam as pressões desagregadoras de nosso ambiente social, constituindo-se em anteparo contra o caos e a desordem, ameaçadores da própria vida social.

      A extensão da obra social da Assembleia de Deus no Amazonas ainda está distante de ser adequadamente avaliada, Sr. Presidente. Hoje teremos ocasião de conhecê-la melhor, através destes pastores que fazem esse trabalho evangelizador.

      É ainda motivo de mais alegria realizar esta celebração às vésperas do Dia Nacional do Evangélico, comemorado entre nós brasileiros no dia 30 de novembro.

      Por tudo isto, Sras. e Srs. Senadores, felicito o Senado Federal pela iniciativa mais que justa de homenagear os 100 anos da Assembleia de Deus no Amazonas, expressando publicamente nossa gratidão a essa veneranda instituição da vida amazonense pelos relevantes serviços prestados.

      Era o que eu tinha a dizer.

      Quero agradecer a relação de amizade que temos. Eu, pessoalmente, nutro carinho pela Assembleia de Deus e seus pastores e dirigentes. Trata-se de uma relação muito antiga a que tenho com a grande maioria dos que estão aqui presentes, pelo trabalho que, em conjunto, conseguimos fazer.

      Eu me lembro que, quando o Alfredo Nascimento era Prefeito e eu, Vice-Prefeito, era normal haver embates por causa do som de igrejas evangélicas. Permitiam o som alto em bares, que funcionavam até às 3 horas da manhã, com gente bebendo, mas não queriam permiti-lo em igrejas evangélicas, com pastores evangelizando.

      Nós tivemos que, aos poucos, trabalhar pela conscientização de que estas fazem o bem e aqueles não fazem bem nenhum -- pelo contrário, destroem a sociedade, destroem a família, destroem outras coisas.

      Essas lutas vêm de longo, longo tempo, quando a Igreja Assembleia de Deus fazia um trabalho para comprar a Rede Boas Novas. Eu era Presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas em 1993 e fui um dos primeiros signatários do pedido da contribuição para comprarmos essa que hoje é uma grande rede.

      De lá para cá, essa relação se estreitou muito, primeiro, com o Pastor Samuel; depois, com esse magnífico homem, pessoa de bem, pessoa que tem um espírito muito elevado, que é o Pastor Jonatas Câmara.

      Muito me honra, Srs. Pastores da Assembleia de Deus, hoje ser signatário desta que é uma homenagem única, visto que não estarei vivo na comemoração dos 200 anos da Igreja, com certeza absoluta, mas estou vivo agora, que comemoramos seus 100 anos.

      Muito obrigado. (Palmas.)