Discurso durante a 12ª Sessão de Debates Temáticos, no Senado Federal

Sessão de Debates Temáticos em conjunto com a P Reunião, Extraordinária, da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, dedicada a debates sobre o Forúm Mundial da Água.

Autor
Lasier Martins (PSD - Partido Social Democrático/RS)
Nome completo: Lasier Costa Martins
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
MEIO AMBIENTE:
  • Sessão de Debates Temáticos em conjunto com a P Reunião, Extraordinária, da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, dedicada a debates sobre o Forúm Mundial da Água.
Publicação
Publicação no DSF de 23/02/2018 - Página 29
Assunto
Outros > MEIO AMBIENTE
Indexação
  • SESSÃO DE DEBATES TEMATICOS, PARTICIPAÇÃO, COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL, DESTINAÇÃO, DISCUSSÃO, FORUM, AMBITO INTERNACIONAL, ASSUNTO, AGUA, PLANETA.

    O SR. LASIER MARTINS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - RS. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Presidente Jorge Viana, cumprimentando o Dr. Ricardo de Andrade e o Dr. Paulo Salles, cumprimentando-o pela iniciativa desta audiência pública e também entendendo a ausência do nosso Senador Cristovam, porque estive com ele há poucos dias.

    Mas estava acompanhando aqui, Senador Jorge Viana, a descrição do Dr. Ricardo da programação desse magnífico Fórum da Água, que tanto privilegia o Brasil. E acompanhei particularmente quando o Dr. Ricardo disse que nada ficará de fora em torno da água. E falou em tecnologia e falou em inovação. E eu já queria, não pretendendo avançar o sinal, entrar num dos temas que tem me impressionado ultimamente. Pergunto se este tema entrará nas discussões, no debate: a dessalinização.

    E por que faço essa pergunta, Dr. Ricardo? Porque exatamente há três semanas, Dr. Ricardo, estive, em companhia justamente do Senador Cristovam e do Senador Alvaro Dias, em Israel, participando de um seminário político.

    E digo, entre parênteses, Senador Jorge, que fomos sem nenhum custo para o Senado.

    Bom, estivemos fazendo uma visita a uma cidade próxima de Jerusalém, numa enorme usina de dessalinização da água, que seguramente os senhores, a Mesa já conhecem e muitos dos que estão neste plenário também conhecem, uma usina bem próxima do Mar Mediterrâneo. Ali, descobrimos que 60% da água consumida no Estado de Israel é dessalinizada. Uma grande parcela vai para a indústria, uma outra parcela vai para a agricultura. E todos nós sabemos que hoje o solo de Israel, que foi extremamente desértico durante muito tempo, é extremamente fértil. E tivemos oportunidade de, viajando de helicóptero, perceber os extensos pomares de laranja, de banana, as lavouras de trigo etc., tudo graças à água.

    Mas por que estou perguntando isso? Pensando no nosso Nordeste brasileiro. Pelo gigantismo deste nosso território, a água acabou sendo mal distribuída, porque o País é grande demais. Sabemos muito bem, há décadas e décadas, do quanto a seca tem castigado o Nordeste.

    Então, eu pergunto ao Dr. Ricardo, já que é um conhecedor da matéria: nós teremos oportunidade de debater e o que significaria se o Brasil adotasse a tecnologia israelense, que é pioneiro na dessalinização? Teríamos possibilidade de trazer aquela água?

    No Estado de Israel, a água é bem dividida. A água que vai para consumo doméstico tem a adição de propriedades minerais, que tornam a água, para o nosso consumo, igual à água natural que nós temos em nossas casas, com o mesmo gosto. Agora, há uma parcela da água dessalinizada que não recebe as propriedades minerais, e essa não serve para toda a agricultura, mas para uma grande parcela da agricultura, entre elas o trigo, os laranjais etc.

    Então, Dr. Ricardo, para arrematar a minha pergunta: nós teremos este tema? E qual é o seu pensamento?

    No dia em que nós tivermos a água do mar levada para os sertões do Nordeste, o retorno é certo. Haverá muita produção de alimentos, de que o Brasil é o grande celeiro mundial.

    Então, gostaria de um flash, de um avant-première sobre se será isso possível ou não no nosso debate.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/02/2018 - Página 29