Pronunciamento de Roberto Rocha em 08/03/2018
Discurso durante a 23ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal
Sessão Especial destinada a comemorar o Dia Mundial do Rim.
Homenagem pelo Dia Internacional da Mulher.
- Autor
- Roberto Rocha (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/MA)
- Nome completo: Roberto Coelho Rocha
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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SAUDE:
- Sessão Especial destinada a comemorar o Dia Mundial do Rim.
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HOMENAGEM:
- Homenagem pelo Dia Internacional da Mulher.
- Publicação
- Publicação no DSF de 09/03/2018 - Página 88
- Assuntos
- Outros > SAUDE
- Outros > HOMENAGEM
- Indexação
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- HOMENAGEM, COMEMORAÇÃO, DIA INTERNACIONAL, ORGÃO HUMANO.
- HOMENAGEM, DIA INTERNACIONAL, MULHER.
SENADO FEDERAL SF -
SECRETARIA-GERAL DA MESA SECRETARIA DE REGISTRO E REDAÇÃO PARLAMENTAR - SERERP COORDENAÇÃO DE REDAÇÃO E MONTAGEM - COREM 08/03/2018 |
O SR. ROBERTO ROCHA (Bloco Social Democrata/PSDB - MA. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente e mentor desta sessão, Senador Eduardo Amorim, colegas senadores e senadoras, esta sessão acontece graças à sensibilidade do profissional da medicina, conjugada à vivência política do nosso estimado Senador Eduardo Amorim.
Permita-me, Senador Amorim, começar por uma breve reflexão sobre a aproximação entre a política e a medicina, com uma singela pergunta:
Por que tantos médicos migram para a política?
No meu estado, o Maranhão, tivemos um governador médico, o Dr. Jackson Lago. Ele dizia que se lançou na política quando se deu conta de que a maioria das doenças não eram do indivíduo. Eram doenças sociais. E que só através da boa política poderiam ser tratadas.
O médico, afinal, traz na sua cotidiana vivência a experiência de lidar com o sofrimento humano, os limites da vida, a dor anônima dos que padecem. Para quem tem olhos para enxergar o próximo, esse é um dos caminhos que desembocam na atividade política.
E a medicina produziu grandes nomes para a política. Basta lembrar a feliz circunstância de vivermos numa cidade que nasceu do sonho de um médico que se fez político, Juscelino Kubitschek.
Quem sabe não teremos no Brasil, ano que vem, outro médico, comandando os destinos do país?
Evidentemente minha perspectiva ao pedir a palavra nesta sessão, não é a de especialista. Não venho de uma família de médicos. Não tenho nada a dizer sobre o tema desta sessão, que já não seja do conhecimento dos senhores e das senhoras. Mas o destino, com suas trapaças, me obrigou a ter uma compreensão mais profunda das questões relacionadas aos problemas renais.
Nesta mesma data, 8 de março, há exatos 17 anos, morreu meu pai, vítima de insuficiência renal. Eu acompanhei sua longa agonia, as intermináveis sessões de hemodiálise, a sua luta tenaz pela vida.
Ano passado, acompanhei meu irmão até São Paulo, para submeter-se a delicada cirurgia nos rins.
Hoje mesmo, daqui a pouco, tomo um avião para São Paulo, para acompanhar o início do tratamento quimioterápico de meu filho mais novo. Há pouco mais de uma semana ele teve que retirar um rim, envolto por um tumor.
Nessa saga familiar, conheci e dou testemunho de atos e feitos extraordinários. Pude ver a façanha, desconhecida para os brasileiros, que é o trabalho do Hospital do Rim, em São Paulo.
É o centro hospitalar que mais faz transplantes renais do mundo, com cerca de 900 procedimentos por ano. Milhares de pessoas devem a vida a esse trabalho que é referência mundial. E, é preciso destacar, 80% dos pacientes são provenientes do serviço público de saúde, o SUS.
Me sinto no dever de enaltecer, desta tribuna, a figura do dr. José Osmar Medina, diretor do Hospital do Rim. Ele é um desses heróis que mereciam ter o reconhecimento de todos. O Dr. Medina atravessou uma infância pobre para se tornar, por mérito próprio, um dos mais importantes profissionais da nefrologia mundial. Dedicando 12 horas por dia ao seu mister profissional, o Dr. Medina e sua equipe são motivo de orgulho para a medicina brasileira.
Por fim, senhor presidente, finalizo homenageando as mulheres aqui presentes, pelo seu dia. Que este 8 de março seja uma oportunidade para reafirmar a necessidade de reduzir as desigualdades de gênero.
Senador Eduardo, mais uma vez, parabéns pela iniciativa, e desde já, conte comigo, nas próximas edições, para subscrever o requerimento para me associar a esta data tão importante.