Comunicação inadiável durante a 26ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Críticas ao Ministério do Planejamento pela demora no enquadramento dos servidores federais da Secretaria de Segurança Pública do estado de Roraima na carreira de polícia civil.

Autor
Ângela Portela (PDT - Partido Democrático Trabalhista/RR)
Nome completo: Ângela Maria Gomes Portela
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
ADMINISTRAÇÃO PUBLICA:
  • Críticas ao Ministério do Planejamento pela demora no enquadramento dos servidores federais da Secretaria de Segurança Pública do estado de Roraima na carreira de polícia civil.
Publicação
Publicação no DSF de 15/03/2018 - Página 14
Assunto
Outros > ADMINISTRAÇÃO PUBLICA
Indexação
  • CRITICA, MINISTERIO DO PLANEJAMENTO ORÇAMENTO E GESTÃO (MPOG), BUROCRACIA, ENQUADRAMENTO, SERVIDOR PUBLICO CIVIL, SECRETARIA, SEGURANÇA PUBLICA, ESTADO DE RORAIMA (RR), CARREIRA, POLICIAL CIVIL, QUADRO DE PESSOAL, UNIÃO FEDERAL.

    A SRª  ÂNGELA PORTELA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PDT - RR. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão da oradora.) – Obrigada, Sr. Presidente.

    Srs. Senadores, Srªs Senadoras, eu quero registrar, com muita alegria, a presença da nossa amiga querida Danielle Campos, filha do ex-Governador Neudo Campos e da Governadora de Roraima, Suely Campos, que, junto com o Governo do Estado, tem desempenhado um excelente trabalho no combate à violência contra a mulher.

    Quero-lhe dizer, Danielle, que os recursos solicitados pela Governadora Suely para a construção das duas delegacias especializadas nós já obtivemos. Os recursos já estão disponíveis. A Delegada Geral já está preparando o projeto para que a gente possa valorizar, cada vez mais, o trabalho do governo do Estado, no que diz respeito ao combate e à violência contra a mulher e contra os nossos jovens.

    Obrigada por sua presença aqui entre nós.

    Eu queria, Sr. Presidente, falar um pouco também sobre a grande luta dos servidores dos ex-territórios federais de Roraima e do Amapá. E eu queria aqui especificar a questão dos servidores que atuam na Secretaria de Segurança Pública do nosso Estado.

    Gostaria de relatar aqui o que ocorre com um grupo de servidores federais lotados na Secretaria de Segurança Pública de Roraima, que exerceram atividade de natureza policial e têm direito ao enquadramento na carreira de policial civil. Foi assegurado a esses servidores o direito de assumir cargos policiais desde a aprovação aqui, neste Congresso Nacional, da Emenda Constitucional 79, de 2014. No seu art. 6º, garante-se – um texto claro – que eles serão incluídos na carreira policial.

    Consta da Emenda Constitucional 79 prazo de 180 dias para incluí-los nos cargos policiais. Mas o Ministério do Planejamento descumpriu esse prazo. Pior ainda, analisa os processos a passos muito lentos. Com isso, nenhuma portaria com o nome dos servidores foi publicada até o momento.

    Então apresentei a Emenda Parlamentar n° 65 à Medida Provisória 765. Foi aprovada. Já tem força de lei. Dela consta também um prazo de 120 dias para o Governo Federal enquadrar os servidores. Esse prazo venceu em novembro de 2017, e as portarias com a devida concessão do direito, mais uma vez, não foram publicadas.

    Esses servidores não têm mais condições físicas e psicológicas para esperar por esse enquadramento. Estão cansados, e muitos estão doentes, esperando uma medida que deveria ter sido concedida há mais de 30 anos. É uma luta intensa.

    Temos o caso, por exemplo, do querido Antonio, pai careca, que luta por esse direito há três décadas. Temos casos de servidores com doenças graves, como é o caso do Sr. Mario Correia de Almeida e o da Dona Maria Inês Ribeiro.

    Mas o Ministério do Planejamento não se sensibiliza com nenhum argumento e protela, o quanto pode, esse enquadramento.

    Sabemos que a Comissão Especial trabalha muito. Sabemos que os técnicos que lá atuam querem ver o trabalho concluído. No entanto, o aparelhamento do Ministério do Planejamento, para uso político em Roraima, prejudica muitos servidores de todas as categorias. Esse grupo da Secretaria de Segurança Pública é o mais prejudicado, pois a luta é de longa data, vem desde a década de 80.

    Faço aqui um apelo, um pedido ao Ministério do Planejamento, aos técnicos da Comissão Especial...

(Soa a campainha.)

    A SRª  ÂNGELA PORTELA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PDT - RR) – ...ao Secretário de Gestão Pública, para que atendam ao verdadeiro anseio dos servidores, que têm o direito assegurado no art. 6° da Emenda Constitucional 79 e também no art. 6º da Emenda Constitucional 98, e concluam logo esse tão aguardado enquadramento no quadro da Polícia Civil. É um direito deles, Sr. Presidente. Está lá muito claro na emenda constitucional que nós aprovamos aqui.

    Por isso quero cobrar, mais uma vez, do Ministério do Planejamento o enquadramento desses servidores da Secretaria de Segurança Pública, que fizeram um excelente trabalho e continuam trabalhando em prol do nosso Estado.

    Era isso, Sr. Presidente.

    Muito obrigada.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/03/2018 - Página 14