Pronunciamento de Ana Amélia em 15/03/2018
Discurso durante a 27ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal
Considerações sobre o uso da Polícia Federal na investigação do homicídio da ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco.
- Autor
- Ana Amélia (PP - Progressistas/RS)
- Nome completo: Ana Amélia de Lemos
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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SEGURANÇA PUBLICA:
- Considerações sobre o uso da Polícia Federal na investigação do homicídio da ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco.
- Publicação
- Publicação no DSF de 16/03/2018 - Página 17
- Assunto
- Outros > SEGURANÇA PUBLICA
- Indexação
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- REGISTRO, RAUL JUNGMANN, MINISTRO DE ESTADO, SEGURANÇA PUBLICA, UTILIZAÇÃO, POLICIA FEDERAL, INVESTIGAÇÃO POLICIAL, COMENTARIO, NECESSIDADE, INVESTIGAÇÃO, HOMICIDIO, MARIELLE FRANCO, VEREADOR, MULHER, MUNICIPIO, RIO DE JANEIRO (RJ).
A SRª ANA AMÉLIA (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RS. Sem revisão da oradora.) – Eu penso, Presidente, que o Senador Jorge Viana até está, digamos, refletindo aquilo que o próprio Ministro Raul Jungmann, hoje titular do Ministério de Segurança Pública – a Defesa tem outro Ministro – está já decidindo.
Primeiro, foi correta a sua decisão ao cancelar compromissos para cuidar, com a emergência necessária, da questão deste crime e desse atentado.
Segundo, foi ele próprio, o Ministro Raul Jungmann, a admitir o uso da Polícia Federal para fazer uma investigação, como disse V. Exª, com o caráter republicano e com a isenção que tem – não é parte do processo, mas pode ser, seguramente será, parte da solução –, porque o fundamental, agora, é identificar os responsáveis e punir exemplarmente quem cometeu esse crime bárbaro, violento e covarde, porque quase poderia ter feito três vítimas, duas mulheres e o motorista, o Anderson, a Vereadora Marielle, que foi executada, como se viu.
Então, na própria declaração que está hoje posta na imprensa, o Ministro Raul Jungmann está indo para fazer essa coordenação e este planejamento investigatório usando constitucionalmente, legalmente, a Polícia Federal como órgão independente e republicano para fazer uma apuração que seja absolutamente condizente com o que quer a população brasileira.
Não podemos ter medo. Esse ato não pode atemorizar qualquer agente público – nenhum político, nenhum Vereador, nenhum Deputado Estadual, Deputado Federal ou Senador – por mais divergência que tenhamos. Então, acho que esse ato apenas fortalece mais o desejo de que o País... Num ano de eleições, num ano desafiador, em que está em jogo o destino do País, nós estamos vivendo essas contradições terríveis, mas vamos vencê-las, porque o Brasil é maior do que essa crise.