Discurso durante a 38ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Expectativa positiva em torno da posse dos novos ministros da Saúde e dos Transportes, Portos e Aviação Civil.

Registro da abertura da Farm Show no município de Primavera do Leste, Mato Grosso (MT).

Registro da realização do seminário de criação e implantação da Universidade Federal de Rondonópolis, Mato Grosso (MT).

Autor
Wellington Fagundes (PR - Partido Liberal/MT)
Nome completo: Wellington Antonio Fagundes
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ADMINISTRAÇÃO PUBLICA:
  • Expectativa positiva em torno da posse dos novos ministros da Saúde e dos Transportes, Portos e Aviação Civil.
AGRICULTURA PECUARIA E ABASTECIMENTO:
  • Registro da abertura da Farm Show no município de Primavera do Leste, Mato Grosso (MT).
EDUCAÇÃO:
  • Registro da realização do seminário de criação e implantação da Universidade Federal de Rondonópolis, Mato Grosso (MT).
Aparteantes
Cidinho Santos.
Publicação
Publicação no DSF de 03/04/2018 - Página 64
Assuntos
Outros > ADMINISTRAÇÃO PUBLICA
Outros > AGRICULTURA PECUARIA E ABASTECIMENTO
Outros > EDUCAÇÃO
Indexação
  • SAUDAÇÃO, POSSE, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA SAUDE (MS), GILBERTO OCCHI, MINISTERIO DOS TRANSPORTES PORTOS E AVIAÇÃO CIVIL (MTRPAC), ELOGIO, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, TRABALHO.
  • REGISTRO, ABERTURA, FESTA, AGROPECUARIA, LOCAL, MUNICIPIO, PRIMAVERA DO LESTE (MT), ESTADO DE MATO GROSSO (MT).
  • CONVITE, SENADOR, REALIZAÇÃO, SEMINARIO, CRIAÇÃO, IMPLANTAÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL, MUNICIPIO, RONDONOPOLIS (MT), ESTADO DE MATO GROSSO (MT).

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Moderador/PR - MT. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Com satisfação, Sr. Presidente, aqui uso esta tribuna, sob a sua Presidência, para saudar os novos ministros que tomaram posse nesta segunda-feira: o Ministro da Saúde, que tomou posse, Gilberto Occhi, deixou a Presidência da Caixa Econômica Federal; e, no Ministério dos Transportes, também assumiu o Ministro Valter Casimiro, que deixou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Assim eu faço o registro de dois homens, grandes servidores públicos do quadro de excelência do Governo Federal.

    Gilberto Occhi – creio eu – dispensa maiores comentários. Ele, que é servidor de carreira da Caixa Econômica, nos últimos anos, acumulou a experiência como Ministro das Cidades e também, posteriormente, como Ministro da Integração Nacional. Agora ele assume uma pasta complexa, visto que a saúde pública tem sido, ao longo do tempo, um desafio. Cada manhã, seguramente, quando o Ministro adentra aquele Ministério, ali têm que ser tomadas decisões extremamente importantes.

    Seguramente, uma das mais eloquentes reivindicações do povo brasileiro, claro, é a questão da saúde, de todo trabalhador, dona de casa, enfim, porque a cada dia mais a saúde fica mais complexa, tanto nas especializações, através dos profissionais que estão à frente da saúde, como também no custo, através de medicamentos de alto custo e, claro, de equipamentos que exigem alta monta para fazer os exames precisos. E aí eu quero dizer que o competente Ministro Gilberto Occhi, porém, enfrentará um desafio adicional, visto que passa a substituir também um Ministro que demonstrou muita sensibilidade, muito esforço, um esforço permanente, e também criatividade para desenvolver um grande trabalho em prol da saúde pública.

    Eu quero dizer aqui do Deputado Ricardo Barros, que, a partir de hoje, deixa o Ministério e já assume como Deputado Federal. Eu tive a oportunidade de trabalhar em parceria com ele em muitos momentos na Câmara dos Deputados e agora ele, reassumindo, também busca um novo mandato como Deputado Federal do Estado do Paraná. Eu tenho certeza de que ele marcou a sua gestão ao promover a racionalização dos gastos e a eficiência também.

    Quero dizer que, em dois anos, o companheiro Ricardo Barros promoveu uma economia de 5 bilhões em gastos, o que permitiu ampliar o sistema do SUS, reinvestindo todo o recurso, autorizando a publicação de todas as portarias que estavam represadas desde 2014 e, claro, permitindo a habilitação e qualificação de novas equipes, serviços e políticas públicas em áreas prioritárias do Governo Federal, como a Atenção Básica, principal porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi muito aperfeiçoado e, claro, os medicamentos da assistência farmacêutica.

    Nós, da Bancada de Mato Grosso, podemos afiançar que o Ministro Ricardo Barros jamais faltou com a atenção e empenho para as demandas que encaminhamos, como a busca de solução para as obras do novo pronto-socorro municipal de Cuiabá e também para as demandas de liberação de recursos, visando ajudar os hospitais filantrópicos do meu Estado e também os hospitais regionais para que não fechassem.

    Quero dizer – é importante dizer aqui a toda a população, principalmente à população de Mato Grosso – que o Ministério da Saúde está em dia com todos os pagamentos; aliás, sempre esteve em dia. Infelizmente, no meu Estado, a maioria dos Municípios hoje estão com repasses do governo do Estado muito atrasados, levando praticamente a um caos da saúde no meu Estado, em hospitais regionais. No caso, em Cuiabá, as filas nos hospitais; muitas pessoas nas macas, nos corredores dos hospitais, sofrendo exatamente porque ainda temos falta de pagamento, atraso de pagamento por parte do Estado.

    É importante dizer, Sr. Presidente, que o Ministro Ricardo Barros esteve lá no Mato Grosso, onde fomos visitar essas unidades hospitalares. E ele esteve conosco na construção de mais uma obra inacabada, que é o Hospital Universitário de Cuiabá. Nós temos um hospital universitário, que é o Júlio Müller, funcionando há mais de 40 anos em condições precaríssimas e, infelizmente, mesmo o governo do Estado recebendo recursos para ampliação daquela unidade antiga, o atual governo do Estado do Mato Grosso devolveu mais de 5 milhões, não aplicando esses recursos, sendo que lá o Hospital Júlio Müller carece muito de infraestrutura.

    A construção do novo hospital universitário é fruto de um convênio feito pelo Ministério da Educação com a Universidade Federal e o governo do Estado do Mato Grosso do Sul, no governo passado ainda. Nesse convênio, o Governo Federal, através do Ministério da Educação, repassou 100% dos recursos, e, aí, Sr. Presidente, nós temos hoje uma situação no Mato Grosso em que mais de 80 milhões estão parados na conta do governo do Estado há mais de três anos, quase quatro anos, e o governo do Estado atual não consegue fazer a licitação daquela obra; uma obra que está com aproximadamente 4% a 5% iniciada e não se conclui, tendo dinheiro na conta.

    Aí é importante dizer – e até a nossa revolta – que, se esses recursos já tivessem sido aplicados, nós já teríamos ampliado os leitos, melhorado a condição de saúde e atendimento à população. E o mais importante, que é bom dizer aqui à população: os custos para bancar o hospital universitário são do Governo Federal, são do Ministério da Educação.

    Então, se o governo de Mato Grosso tivesse aplicado os recursos que estão lá na conta parados e colocado a contrapartida, nós já estaríamos fazendo uma economia muito grande, podendo ser aplicados recursos em outros hospitais, mas infelizmente – eu sempre tenho dito, Sr. Presidente – uma obra inacabada é pior do que qualquer incapacidade de aplicação dos recursos, porque uma obra inacabada não serve para nada. Além de tudo, ainda se gasta com a manutenção dessa obra que a população não pode utilizar.

    Infelizmente é isso o que está acontecendo no Mato Grosso, mas aqui eu quero registrar que o Ministro Ricardo Barros fez toda a sua parte, liberando os recursos em dia para as prefeituras e fazendo um trabalho extremamente importante naquele Ministério.

    Sabemos que a administração da saúde pública é um setor de difícil solução pelas suas crescentes demandas. Contudo, se enfrentada com prioridade e gestão comprometida com a otimização dos recursos, é possível colher resultados satisfatórios. Nós temos inúmeros exemplos disso. Portanto, ao agradecer ao Deputado Ricardo Barros, ao Ministro Ricardo Barros, desejo, desta tribuna, um êxito em sua investida eleitoral. E, claro, também quero dizer, nessa questão da saúde, da grande parceria que foi feita por nós da Bancada Federal, por todos os seus membros da Bancada Federal. Colocamos, no ano passado, uma emenda coletiva, impositiva, liberando mais de R$100 milhões e mais 70 deste ano, para que o governo do Estado pudesse atender. Infelizmente isso não aconteceu. Aliás, o nosso Governador de Mato Grosso chegou a dizer que não tinha compromissos, que não era obrigação do governo cuidar das filantrópicas.

    Ora, Sr. Presidente, a parceira com as filantrópicas – em todas as áreas – na área da saúde é fundamental. O histórico das Santas Casas de Misericórdia em todo o Brasil é inegável. O custo das filantrópicas é muito mais barato para o Estado brasileiro, para Governo Federal, governo do Estado e Municípios. Então, consegue-se através das filantrópicas prestar um serviço de melhor qualidade a um custo muito menor. E, infelizmente, parece-me que não é essa a visão do atual governo.

    Sabemos, sem dúvida nenhuma, Sr. Presidente, que tudo isso leva à indignação de toda a população mato-grossense.

    Quero aqui, também, falar da posse do Ministro Gilberto Occhi, que passa, sem dúvida nenhuma, a dar sequência e a avançar ainda mais para que o Brasil possa resgatar a dívida social que existe com o povo mais humilde.

    Sr. Presidente, da mesma forma, eu quero aqui enaltecer a escolha feita pelo Presidente Michel Temer, que empossou o nosso companheiro Valter Casimiro Silveira para o cargo de Ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Quero também dizer que assume com ele o companheiro Herbert Drummond como Secretário Executivo daquela pasta. Ele já trabalha no Ministério; é uma pessoa extremamente experiente; um profissional de capacidade, e, claro, com uma responsabilidade muito grande. Então, tenho certeza de que a presença de Herbert Drummond como Secretário Executivo ajudará muito o nosso companheiro Valter Casimiro para fazer um bom mandato frente àquele Ministério.

    E, antes de falar também do nosso novo Ministro, eu quero aqui cumprimentar o companheiro do nosso Partido da República, o Deputado Maurício Quintella, pelo exuberante trabalho que realizou frente a esse Ministério.

    Recebi seu relatório de gestão, que mostra as melhorias quantitativas e qualitativas em toda a cadeia logística nos aeroportos, portos, rodovias e também nas hidrovias, já que o Ministério dos Transportes se transformou praticamente no Ministério da Infraestrutura. E o Ministro Maurício, jovem, mostrou a sua competência, a sua capacidade de assumir esse Ministério com toda a sua complexidade, já que o Ministério dos Transportes, antes, tinha, sob a sua responsabilidade apenas a parte ferroviária, hidroviária e das nossas estradas. Agora, não. Com o Presidente Michel, foi feita essa fusão de ministérios. Então, transformou-se no Ministério da Infraestrutura brasileira.

    E é possível dizer que temos hoje uma gestão organizada, extremamente uniforme.

    Por isso eu quero aqui parabenizar o Ministro Quintella, que deixa um legado de grandes resultados para o desenvolvimento do nosso País, já que a logística é fundamental para que possamos ser mais atrativos, mais competitivos, economicamente fortes e, consequentemente, promover a construção de um Brasil melhor para os brasileiros, meta prioritária de uma gestão.

    E aí quero dizer que, como Presidente da Frente Parlamentar de Logística de Transporte e Armazenagem (Frenlog), e por acompanhar de perto o trabalho que se fez nesse segmento, tenho comigo que a indicação de Valter Casimiro, por sua vez, privilegia a gestão racional e eficiente.

    Está aqui o Senador Cidinho, que é do meu Estado. Hoje também estivemos lá na posse. Agora, de manhã, estivemos aqui em uma reunião, em uma audiência muito importante, com a presença do Ministro Blairo Maggi, para tratar da questão da febre aftosa. O Brasil passou a estar livre – de acordo com a Organização Internacional – de febre aftosa. O Brasil hoje, segundo a OIE, está livre de febre aftosa, com vacinação.

    Mas eu quero aqui, ainda, dizer do Valter Casimiro. Trata-se de um servidor de carreira do DNIT, desde 2006, onde foi Coordenador de Obras Hidroviárias, também Coordenador-Geral de Portos Marítimos e Diretor de Infraestrutura Aquaviária, até chegar à Direção Geral do DNIT. Ao lado do Ministro Quintella e dos demais diretores, entre os quais saúdo o nosso companheiro de Mato Grosso, Dr. Luiz Antônio Garcia, que é Diretor de Infraestrutura Rodoviária, que fez e faz um trabalho de recuperação orçamentária e também um trabalho de recuperação e, principalmente, conservação da malha viária brasileira.

    Em 2015, o DNIT devia quase R$3 bilhões para o setor privado. Nos últimos 2 anos, várias obras foram retomadas, concluídas e ainda vão ser entregues. Além disso, as melhorias realizadas nas rodovias federais, desde 2016, ajudaram na redução de 7,5% do total de acidentes no Brasil. Claro, melhora-se a malha e também diminui-se o número de acidentes.

    Portanto, quero aqui dizer que Valter Casimiro assume sabedor dos desafios e, com toda a certeza, contará com o nosso apoio – o nosso apoio, o apoio do Partido Liberal e também do Líder do Bloco Moderador, pois V. Exª é um dos companheiros eternamente presentes no Bloco. Tenho certeza de que estaremos aqui para apoiá-lo, inclusive agora no Orçamento, pois vamos construir a peça orçamentária. Fui também indicado, eleito pelo meu Bloco, este ano, além de Líder do Bloco, para a Comissão Mista de Orçamento, como membro titular daquela Comissão.

    O desafio de consolidar os projetos para transformar a logística, no Brasil, em sistema multimodal, sem dúvida, é a grande pauta a ser perseguida. Para isso, é fundamental continuar desenvolvendo os modelos para seguir atraindo os grandes investidores internacionais, avançando nos programas de parcerias.

    E aí nos vem uma preocupação, Sr. Presidente: a Câmara dos Deputados, pela segunda vez, rejeitou a medida provisória que trata da prorrogação das concessões rodoviárias. Isso nos causa uma grande preocupação – isso é em relação a todas as concessões brasileiras, principalmente no nosso Estado, porque nós temos a BR-163, com uma concessão feita no trecho da divisa de Mato Grosso do Sul até a cidade de Sinop. São 800km. Parte dessa obra está sendo feita pelo Ministério dos Transporte, através do DNIT, inclusive, tivemos a presença do Dr. Valter Casimiro, por muitas vezes, lá no Estado. Mas o DNIT, o Ministério dos Transportes não estão preparados para reassumir essas obras. Por isso, nos causa muita preocupação.

    As concessões são feitas para melhorar as estradas, para duplicar as estradas, mas também para fazer a sua manutenção e o serviço ao usuário.

    No caso da BR-163, é prevista a colocação de uma fibra óptica ao longo de todo o trecho, com a instalação de mais de 500 câmeras durante todo o trecho da rodovia. Isso traz mais segurança ao usuário. Há o atendimento médico. E a parceria com a Polícia Rodoviária Federal, com a Polícia Federal e com a Polícia Civil é extremamente importante, principalmente porque a BR-163 é hoje, sem dúvida nenhuma, um dos maiores corredores do narcotráfico. Isso nos traz muita preocupação – só uma família que tem uma pessoa envolvida com a questão do uso da droga é que sabe. Infelizmente, nós temos uma situação: a nossa faixa de fronteira é muito pouco guardada. Só o Mato Grosso tem 720km de divisa seca. Isso, claro, sem dúvida nenhuma, facilita com que o narcotraficante possa ir e vir. Por isso, a importância dessa concessão, para que os serviços sejam concluídos e, claro, o atendimento ao usuário seja feito.

    É fundamental continuar desenvolvendo os modelos para seguir atraindo os grandes investidores, sem dúvida nenhuma. E aí há a questão da segurança jurídica. Poucos dias atrás, eu estive em São Paulo na Feira Intermodal. Lá estavam empresários do mundo inteiro, querendo investir no Brasil, sabendo que este aqui é um dos melhores países, ainda, para o retorno do investimento, mas o investidor quer segurança jurídica. Eu sou autor, inclusive, da PEC 39, que está tramitando, mas, infelizmente, hoje, dada a intervenção federal no Rio de Janeiro, nós não podemos analisar nenhuma PEC. Então, esse assunto está parado. Infelizmente, o investidor que quer investir, às vezes, não tem a segurança necessária para fazer investimentos de médio e longo prazo. Eu sempre tenho dito que tem que ser uma política de Estado, não pode ser uma política de governo. Se mudou o governo, muda aquilo que foi assinado, contratado. Isso não pode. O investidor que pensa em investir aqui por 20, 40, 50, 70 anos tem que ter essa política de Estado garantida.

    O Brasil destina atualmente menos de 2% do Produto Interno Bruto por ano...

(Soa a campainha.)

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Moderador/PR - MT) – ... ao desenvolvimento logístico, enquanto o Chile investe 5%; a Índia, 6%; e a China, 13%. É natural que essa carência de investimento esteja prejudicando o desenvolvimento e a competitividade do nosso País. Eu acredito que Valter Casimiro, que é um jovem brilhante, terá, nos meses que restam até o final do Governo, de dar celeridade a essa situação.

    Sr. Presidente, eu aproveito este momento para anunciar que, nesta terça-feira, amanhã, acontecerá também a abertura da Farm Show em Primavera do Leste.

    Primavera do Leste é uma das cidades próximas de Rondonópolis; é uma cidade muito jovem, de 26 anos; já chegou a ser o quarto orçamento do Estado; é uma das cidades de melhor infraestrutura do País; e é hoje administrada pelo jovem Léo, Prefeito que foi eleito agora, em uma eleição suplementar, e que está fazendo um bom trabalho.

    Eu quero parabenizar todos aqueles que estão organizando a Farm Show, que é um evento que busca fortalecer ainda mais o setor agropecuário do Município, um dos mais importantes do Estado e, consequentemente, de toda a região sul de Mato Grosso.

    A Farm Show é uma das principais feiras de negócios do Centro-Oeste brasileiro e também a maior vitrine tecnológica do Brasil. Essa será a terceira edição. No ano passado, o número de visitantes chegou a 17 mil, e a comercialização atingiu R$330 milhões, envolvendo 232 expositores nas diversas áreas da agricultura e também da pecuária brasileira.

    Eu quero aqui, mais uma vez, cumprimentar todos os organizadores. Deverei estar lá na sexta-feira, que é o dia do encerramento. Estarei lá com outros companheiros. Na quinta-feira, a diretoria do Banco da Amazônia estará lá também. O Senador Cidinho também estará lá conosco, fazendo a visita. O Senador e Ministro Blairo Maggi provavelmente lá estará, dados a força e o potencial que representam Primavera do Leste e, consequentemente, essa feira. Por isso, eu quero desejar aqui todo o êxito na realização a todos aqueles que, anonimamente, também ajudam a promover esse grande evento.

    Mais uma vez, Sr. Presidente, eu quero aqui convidá-lo, intimá-lo e convocá-lo para que V. Exª esteja conosco no dia 13 em Rondonópolis, onde vamos realizar o seminário de criação e implantação da Universidade Federal de Rondonópolis. O Ministro Blairo Maggi já confirmou a sua presença, e haverá outros Ministros, como, provavelmente, o Ministro da Saúde. Convidei o Ministro do Planejamento, que agora vai para o BNDES, que é importante, porque o BNDES também pode ser o grande parceiro da Universidade Federal de Rondonópolis, haja vista que, em Rondonópolis, está um dos maiores investimentos do Brasil que é exatamente o maior terminal ferroviário da América Latina. Muitos investimentos estão sendo feitos e foram feitos pelo BNDES, que, sem dúvida nenhuma, pode ser um grande parceiro da universidade. Por isso, aqui reafirmo também o convite ao Ministro Dyogo. É claro que ele, como Ministro do Planejamento, tem toda a importância, porque vamos construir o Orçamento do ano que vem para já incluir a Universidade Federal de Rondonópolis como uma unidade orçamentária, para que aí, no ano que vem, ela já tenha total independência e programação orçamentárias.

    Eu agradeço o...

    O Sr. Cidinho Santos (Bloco Moderador/PR - MT) – Peço-lhe um aparte antes de V. Exª terminar. Primeiramente, é para parabenizá-lo pelo seu pronunciamento sobre a Universidade Federal de Rondonópolis. Nós somos testemunhas do seu trabalho, juntamente com o Senador Medeiros e também o Ministro Blairo Maggi, por serem esses três Senadores oriundos de Rondonópolis, mas eu queria falar, Senador Wellington – V. Exª, como Presidente da frente da logística –, da satisfação que nós tivemos hoje na posse dos nossos novos Ministro dos Transportes, Ministro da Saúde e Presidente da Caixa Econômica Federal. Lá na posse, eu fiquei avaliando que geralmente nós políticos somos muito criticados quando assumimos algum cargo público. E você veja a grata revelação. O Presidente Michel Temer teve a felicidade de escolher Maurício Quintella, um Deputado Federal de Alagoas, e também Ricardo Barros, um Deputado Federal do Paraná, um para o Ministério dos Transportes e o outro para o Ministério da Saúde. Que grande trabalho esses dois Parlamentares fizeram à frente desses dois Ministérios importantes para o Governo que hoje são substituídos por pessoas que são técnicas, conseguindo fazer a mistura...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Cidinho Santos (Bloco Moderador/PR - MT) – ... da política com a meritocracia. Nós não vimos nenhuma crítica por parte da grande mídia tanto em relação à nomeação do Valter, que já estava na Presidência do DNIT, como também do Gilberto, que já passou pelo Ministério das Cidades, pelo Ministério da Integração, pela Presidência da Caixa Econômica Federal e, agora, pelo Ministério da Saúde. Você não vê críticas. Então, o que a população quer é a meritocracia, pessoas que chegam ao cargo por mérito, mas, também, sem esquecer que há aqui no Parlamento – no Senado, há o exemplo do Ministro Blairo Maggi que faz um grande trabalho no Ministério da Agricultura – pessoas que são políticas, mas que têm competência para assumir qualquer área do Governo, tanto em ministérios quanto na Presidência da República e em governos em seus Estados. Fiquei, hoje, bastante feliz com essa posse de que participamos, que mostra que, apesar de estarmos em um Governo que tem a questão política em que os partidos fazem as indicações políticas para os ministérios e para os órgãos, se respeita muito a questão da meritocracia e do trabalho. Acho que nisto o Presidente Michel Temer está de parabéns: ele teve a felicidade de escolher um ministério à altura, um ministério competente. Isso é grande parte do sucesso do seu Governo. Veja que não há interferência do Presidente Temer nos ministérios: cada ministro tem a sua autonomia para fazer o seu trabalho, e o Presidente Temer não se mete. Isso é o contrário do que tivemos no governo da Presidente Dilma, no qual ela não dava autonomia para ninguém e queria se meter em todas as áreas. Ela não tinha conhecimento, e acabamos tendo os desastres que nós tivemos, como, por exemplo, no setor elétrico, que até hoje paga pela intervenção que o governo fez lá – no caso, a própria Presidente Dilma –, que desestabilizou e trouxe uma insegurança jurídica muito grande para o setor. Então, eu fiquei muito feliz, primeiramente, pelo trabalho feito por esses ministros nos ministérios em que se encontravam, como o Ministro Ricardo Barros, que, realmente, para Mato Grosso, foi excelente. Nas audiências em que fomos lá, tudo sempre foi tratado de forma muito ágil: o que dava para fazer dava para fazer, e o que não dava não dava. E, também, o Ministro Maurício Quintella, que é do nosso partido, o PR, fez um grande trabalho no Ministério dos Transportes. Parabéns a V. Exª pelo pronunciamento.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Moderador/PR - MT) – Eu agradeço e incorporo o seu aparte ao meu pronunciamento, Senador Cidinho.

    Ao mesmo tempo, quero aqui também registrar que o Ministro Maurício assume como Deputado, mas deverá também ser candidato a Senador da República por Alagoas e, com certeza, deverá ser eleito, dadas a sua competência, a boa articulação política e a experiência – jovem com uma grande experiência.

    E, por falar em experiência e competência, Sr. Presidente Elmano, eu quero aqui aproveitar também a tribuna para outra questão. O meu nome foi bastante especulado em relação à questão do Ministério dos Transportes, mas eu tenho um compromisso maior ainda com vários partidos no Estado de Mato Grosso, e estamos em uma pré-campanha para Governador do Estado de Mato Grosso. E, por falar em competência e experiência, eu quero aqui, de público, também fazer o convite ao Senador Cidinho para que seja o meu coordenador neste trabalho, porque nós temos um desafio muito grande. E o desafio não é só na articulação política. Ele foi Presidente da Associação Mato-Grossense dos Municípios, e essa associação é muito forte no Estado do Mato Grosso do ponto de vista de prestação de serviços às prefeituras, aos Municípios. Lá, inclusive, há a fábrica de projetos. Só para se ter uma ideia, Senador Elmano, são 80 engenheiros que trabalham na Associação Mato-Grossense dos Municípios, e, em todo esse trabalho, o Senador Cidinho teve um papel fundamental na organização da associação, hoje dirigida pelo Neurilan Fraga, que é um companheiro e tem me apoiado de forma bastante expressiva no trabalho do municipalismo que desenvolvemos em Mato Grosso e aqui junto com a Confederação Brasileira dos Municípios...

(Soa a campainha.)

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Moderador/PR - MT) – ... com o Presidente Paulo, com o atual Presidente também, enfim, com todos eles, nesse trabalho de fortalecimento das ações municipais.

    Pouco tempo atrás, os Municípios recebiam menos de 15% do FPM. Hoje não, já conseguimos aumentar para 16%, 17%, 18%. E, claro, essa luta tem que ser constante e forte por todos nós, porque está previsto na Constituição. É no Município que as pessoas vivem, é lá que existe problema. E a melhor solução, sem dúvida nenhuma, é a melhor divisão do bolo tributário para que chegue à ponta, lá onde estão as pessoas, os vereadores, os prefeitos, com maior facilidade, inclusive, de serem fiscalizados.

    O nosso companheiro Cidinho, sem dúvida nenhuma, tem toda essa experiência. Ele anunciou que não será candidato. Respeitamos isso. Gostaríamos, inclusive, de tê-lo como companheiro na luta da campanha em si, mas, claro, com ele no papel da sua experiência, me ajudando, ajudando todos os nossos partidos, consequentemente, faremos isso de forma organizada e construiremos um projeto de governo que não seja na base do individualismo, no "eu que tenho razão".

    Hoje, por exemplo, eu vi uma declaração do Governador dizendo que ele não sabe onde errou. Em um Governo do Estado que está com uma reprovação de mais de 64%, ele precisava ouvir a população. Eu acho que nada melhor do que a população para dizer onde ele errou. E o erro principal é não ouvir os próprios companheiros, porque praticamente todos os companheiros que o elegeram estão abandonando o barco ou já abandonaram o barco. Hoje, inclusive, recebi a ligação do Vice-Governador de Mato Grosso dizendo que foi comunicar...

(Soa a campainha.)

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco Moderador/PR - MT) – ... ao Governo do Estado a saída do Partido, o PSD, do Governo – o Vice-Governador, como Presidente, anunciando isso ao Governador. E, inclusive, é uma situação difícil. Pelo fato de ele estar como Vice-Governador, ele foi colocar ao Governador que, na pretensão de uma candidatura ao Senado, ele não poderia assumir. Então, ele queria um posicionamento do Governador, mas o Governador adiantou que pode, sim, tirar licença apenas para que traga a inelegibilidade do atual Vice-Governador. Isso é briga interna entre eles, mas eu estou falando aqui, porque já é um comunicado oficial do Carlos Fávaro, o atual Vice-Governador de Mato Grosso.

    Eu agradeço muito, Presidente Elmano, pela sua tolerância. E, claro, V. Exª é também um experiente político no seu Estado e um professor universitário. Eu tenho certeza de que já foi muito importante nesse trabalho, no apoio nosso, para a criação da Universidade Federal de Rondonópolis. O Senador Cidinho, da mesma forma. A presença de V. Exª na nossa cidade natal, no dia 13, será extremamente importante.

    Agradeço muito a todos os brasileiros e a todos aqueles que nos assistem e nos ouvem também.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/04/2018 - Página 64