Discurso durante a 38ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Registro da participação de S. Exa na celebração da Paixão de Cristo no Morro da Capelinha em Planaltina no Distrito Federal.

Homenagem ao Dia Mundial da Juventude.

Autor
Hélio José (PROS - Partido Republicano da Ordem Social/DF)
Nome completo: Hélio José da Silva Lima
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ATIVIDADE POLITICA:
  • Registro da participação de S. Exa na celebração da Paixão de Cristo no Morro da Capelinha em Planaltina no Distrito Federal.
HOMENAGEM:
  • Homenagem ao Dia Mundial da Juventude.
Publicação
Publicação no DSF de 03/04/2018 - Página 90
Assuntos
Outros > ATIVIDADE POLITICA
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • REGISTRO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, COMEMORAÇÃO, FESTA, RELIGIÃO, MUNICIPIO, PLANALTINA (GO), DISTRITO FEDERAL (DF).
  • HOMENAGEM, DIA INTERNACIONAL, JUVENTUDE, IMPORTANCIA, APROVAÇÃO, ESTATUTO.

    O SR. HÉLIO JOSÉ  (PROS - DF. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Quero agradecer a V. Exª, Sr. Presidente Elmano Férrer, o velhinho trabalhador, amigo de Brasília, um piauiense tão experimentado. Quero agradecer à população de Brasília, aos ouvintes da Rádio e TV Senado, que nos ouvem, e cumprimentar a todos.

    Sr. Presidente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, ontem, domingo, dia 1º de abril, Dia da Mentira, mas que foi o dia da verdade, pois se comemorou uma das datas mais importantes para os cristãos, que é exatamente a Páscoa. Então, ontem, foi a comemoração da Páscoa, foi o Domingo de Páscoa. Muito me honra, Sr. Presidente, Senador Roberto Muniz, fazer este pronunciamento sob a sua Presidência, uma pessoa que passou um bom tempo aqui conosco e só nos encheu de alegria, de coração e de fraternidade com a sua participação e com os bate-papos.

    Na verdade, entre as pessoas de fé cristã, a data da Páscoa pode sofrer variação de alguns dias, por conta da adoção do calendário gregoriano, como entre nós, cristãos do Ocidente, ou da adoção do antigo calendário juliano, como entre os cristãos ortodoxos, do Oriente. Há também algumas confissões cristãs protestantes que não a comemoram, nobre Presidente.

    Então, a Páscoa é um momento de fraternidade, é o momento de comemorar a ressurreição de Cristo, é o momento que nós a comemoramos com a distribuição de ovos de Páscoa, de chocolate, e com comida farta inclusive.

    No entanto, para os católicos, para os ortodoxos e para a maioria das crenças protestantes, a Páscoa consubstancia o símbolo religioso maior da renovação. É natural que todo o ato de fé na renovação, na nova oportunidade, na possibilidade de contribuir para que tudo seja melhor, traga dentro de si, preencha e transborde o sentimento inseparável da esperança.

    Então, é muito importante! A Páscoa é um momento de esperança, é um momento de confraternização em família. Eu não poderia deixar de vir aqui falar sobre esse importante momento, ainda mais a minha pessoa, que tem um mandato voltado na defesa das famílias.

    Não foi outro, senão este, o teor da mensagem Urbi et Orbi, para a cidade e para o mundo, proferida pelo nobre Papa Francisco no dia de ontem, nobre Presidente, domingo de Páscoa, que comemora o dia em que Jesus Cristo ressuscitou, após três dias de sua crucificação no Monte Calvário, em Jerusalém.

    Neste momento, eu quero fazer um aparte, Sr. Presidente, para falar sobre uma atividade que tem em Brasília, no Morro da Capelinha, a Paixão de Cristo. Lá tive a oportunidade de participar de toda essa encenação da crucificação de Cristo no Morro da Capelinha. Uma festa linda, com 150 mil pessoas ao ar livre, comemorando esse importante evento.

    Se V. Exª puder, inclusive, no próximo ano, marque uma ida ao Morro da Capelinha, o senhor vai ver que evento emocionante. É a cidade de Planaltina, no Distrito Federal, sendo vista no mundo inteiro, em um grande espetáculo para 150 mil pessoas, feito da forma mais organizada e mais realista possível.

    Por isso, eu quero cumprimentar todos que organizaram a Via Sacra, cumprimentar o Pêpa, que ajudou a coordenar toda a equipe de trabalho, cumprimentar o serviço público, a Polícia Militar, que estava lá presente, o Corpo de Bombeiros Militar, a CEB, a Caesb, o pessoal da Administração Regional, na pessoa do Salgueiro, os políticos que lá foram, a comunidade que lá esteve presente, todos que puderam se emocionar, ver o maior espetáculo ao ar livre do Distrito Federal, e cumprimentar, de forma muito especial, todos os moradores de Planaltina. Uma cidade em Brasília que é sinônimo do folclore e da cultura, porque em Planaltina nós já temos a Festa de Reis, a Festa do Divino, que é um evento que reúne todo mundo na cidade mais antiga do DF. Além disso, temos o grande evento da crucificação de Cristo e da encenação da Paixão de Cristo lá no Morro da Capelinha, quando eu tive a oportunidade de me emocionar e participar dessa vez. Por isso eu não poderia deixar de abrir este parêntese neste momento em que estou fazendo o discurso da Páscoa para cumprimentar a todos de Brasília, do Morro da Capelinha e da cidade de Planaltina por esse grande evento.

    A Páscoa, Sr. Presidente, é renovação, é nova oportunidade, é destino que se cumpre, é esperança.

    Ora, o Papa Francisco tem se notabilizado justamente por trazer renovação à Igreja Católica – disso não resta dúvida –, tanto é que o Papa Francisco é aquele terreno que é um brasileiro adotado por todos nós. O senhor sabe as diferenças que nós temos com a Argentina, mas o Papa Francisco conseguiu superar toda essa questão porque é uma pessoa tão humana, com o coração tão imenso e com a participação tão fraterna entre os povos que conseguiu pacificar os brasileiros e os argentinos em várias das searas existentes. Só temos rivalidade no futebol agora.

    Sua Santidade tem demonstrado extrema coragem para combater, com rigor e com dureza, desvios de comportamento inaceitáveis ocorridos entre sacerdotes católicos. Sua Santidade tem sido, também, arauto de um novo tempo em que preconceitos sociais são deixados de lado em nome de uma Igreja inclusiva que acolha a todos, indiscriminadamente, não importando quem seja, todos que queiram inspirar a sua vida e a sua busca moral e espiritual nos ensinamentos e no exemplo de Jesus Cristo. É um Papa, portanto, a quem é inerente o sentimento da renovação, Sr. Presidente.

    Por isso, eu quero abrir outro aparte para falar aqui do nosso nobre Dom Sérgio, Cardeal de Brasília, nomeado pelo nosso Papa Francisco como Cardeal, uma pessoa que é o Presidente da CNBB, e do Secretário-Geral da CNBB, que é de Brasília, Dom Leonardo, que tem trabalhado de forma efetiva para levar a palavra humana e a palavra da reconstrução e da solidariedade a todas as casas do Distrito Federal. Quero cumprimentar a Cúria: Dom Marcony, Dom Valdir, todos da Cúria, os vários padres e os vários arcebispos que fazem a propagação da fé no Distrito Federal, além dos leigos das igrejas que fazem com que a coisa aconteça de forma mais precisa.

    É também uma característica do Papa o importar-se com as guerras e os conflitos armados que atualmente flagelam o mundo, Sr. Presidente. Ele citou, nominalmente, a interminável guerra civil na Síria, nação a que chamou "amada" e "martirizada". Referiu-se ao conflito, também interminável, na Terra Santa, vale dizer, o Oriente Médio; igualmente, à guerra civil no Iêmen; ao Sudão do Sul; à península coreana; à Ucrânia – então o Papa é um humanista, uma pessoa que realmente está acima das diferenças –; e, finalmente, à Venezuela, nosso país-irmão, ao norte da fronteira brasileira. O país passa por dificuldades que precisam ser resolvidas por meios de atos pacíficos e sem ingerência externa. O Papa fez essas citações.

    Quero dizer que faço minhas as preocupações deste grande humanista que é o Papa Francisco. Faço-me solidário aos que dele, em seu discurso de Páscoa, merecem solidariedade e deixo, por fim, a minha mensagem de esperança na renovação – renovação, que é a mensagem mais profunda da Páscoa – e trilharmos novos caminhos que nos levarão a um mundo melhor, depois de rejeitados os velhos caminhos que se provaram maus. E que essa esperança...

(Soa a campainha.)

    O SR. HÉLIO JOSÉ  (PROS - DF) – ... na renovação e no aperfeiçoamento possa iluminar e inspirar o coração de cada brasileiro.

    Para finalizar, Sr. Presidente, no último sábado foi o Dia Mundial da Juventude. Nós temos uma juventude massacrada, com milhares de jovens perdendo a vida entre quinze e trinta anos. Na maioria deles negros, pessoas das periferias, por não terem oportunidade.

    Eu tive a honra de ser o Relator aqui, neste plenário do Senado, do projeto do estatuto de proteção aos jovens, que foi fruto de uma discussão na CPI contra a violência. Esse projeto foi aprovado por unanimidade aqui no Senado e seguiu para a Câmara dos Deputados. Esperamos celeridade, para que nós possamos de fato ter políticas públicas e políticas inclusivas que venham a resolver o problema da nossa juventude, que não deixem que os nossos jovens fiquem perdidos na droga, fiquem perdidos na falta de emprego e de oportunidade.

    É isso que nós, políticos – V. Exª, como Senador da República tão atuante –, que eu e demais pares precisamos fazer aqui. Por isso, eu não podia terminar a minha fala, principalmente hoje, três dias após o Dia Mundial da Juventude, sem dizer da importância desse ato, desse trabalho que nós fazemos aqui no Senado Federal. Inclusive com a aprovação desse importante estatuto na defesa dos jovens, que agora seguiu para a Câmara dos Deputados, do qual eu tive a honra de ser o Relator, e de aprová-lo aqui por unanimidade.

    Muito obrigado, Excelência. O Brasil precisa de nós. Isso era o que eu tinha a dizer nesse dia de hoje. Muito obrigado.

    O SR. PRESIDENTE (Roberto Muniz. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - BA) – Senador Hélio José, V. Exª finaliza uma tarde/noite de bons debates, bons discursos e traz um fechamento muito importante para as famílias cristãs que estão nos assistindo, lembrando a Páscoa, a questão da simbologia e, mais do que isso, da possibilidade de transformação que a Páscoa traz com a fé que ela produz, principalmente nos que acreditam que a ressurreição é algo vivo e possível hoje através da fé.

    Então, é importante a gente ver esses momentos que às vezes passam pela televisão como um apelo mercadológico, de compra e venda de ovos de Páscoa, de chocolate. Mas, por trás daquilo tudo, há uma simbologia muito forte, que é fazer com que as famílias possam de novo se agregar em torno da mesa, em torno da fé e trazer de volta esse sentimento de futuro, esse sentimento de paz, de convivência, de amor, de fraternidade. Quando isso acontece próximo ao Dia Mundial da Juventude, como V. Exª trouxe aqui, isso tem um brilho especial, porque nada dialoga com o futuro com mais realidade do que a juventude.

    A juventude é o diálogo com o futuro. Quando a gente cuida da juventude, a gente está cuidando das gerações futuras, está cuidando de um melhor momento para a sociedade.

    Então, a Páscoa, essa ressurreição, vinda com a juventude...

    Rever o papel da juventude na sociedade e ampliar esse papel da juventude na sociedade é, sem sombra de dúvida, um dos grandes desafios que o Senado e o Congresso Nacional têm.

    Então, quero parabenizar e dizer que não temos mais oradores inscritos.

    O SR. HÉLIO JOSÉ  (PROS - DF) – Queria só agradecer a V. Exª e dizer que V. Exª é uma pessoa realmente muito sensível, uma pessoa muito especial.

    Para mim, sempre foi e será uma honra conviver com V. Exª nesta Casa. Muito obrigado. E V. Exª descreveu a totalidade do sentimento da irmandade, do sentimento de fraternidade, que é o espírito da Páscoa.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/04/2018 - Página 90