Pela Liderança durante a 35ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem à Região Administrativa de Ceilândia (DF), pelo aniversário de 47 anos de sua fundação.

Autor
Hélio José (PROS - Partido Republicano da Ordem Social/DF)
Nome completo: Hélio José da Silva Lima
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Homenagem à Região Administrativa de Ceilândia (DF), pelo aniversário de 47 anos de sua fundação.
Publicação
Publicação no DSF de 28/03/2018 - Página 81
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, CIDADE, CEILANDIA, DISTRITO FEDERAL (DF).

    O SR. HÉLIO JOSÉ  (PROS - DF. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Obrigado, nobre Senador Ivo Cassol. V. Exª é também uma pessoa dinâmica e amiga de todos nós nesta Casa. É uma satisfação falar sob a sua presidência e ter, ladeando V. Exª, o nosso nobre Senador Dário Berger, um amigo nesta Casa, meu vizinho, bem como o Senador Lindbergh e o Senador Cristovam.

    Venho falar aqui hoje sobre a principal cidade de Brasília, a cidade de Ceilândia, que hoje está fazendo 47 anos de existência. É a maior cidade do Distrito Federal. Uma cidade que abriga um sem número de nordestinos, de sulistas, de pessoas do Centro-Oeste, de mineiros, etc. É a cidade mais dinâmica, Dário. Não se você teve oportunidade de conhecer a feira da Ceilândia, de conhecer os costumes da Ceilândia. Você vai ver que coisa diferenciada, você que foi Prefeito de São José, uma grande cidade ao lado de Florianópolis. Você vai ver que cidade maravilhosa. Você também, nobre Presidente, V. Exª que foi Prefeito de Rolim de Moura, Governador do Estado, Ceilândia é um diferencial.

    Então, Srªs e Srs. Senadores e Senadoras, ouvintes da Rádio Senado, telespectadores da TV Senado, hoje é dia de comemorar uma das joias da nossa capital. A cidade de Ceilândia faz aniversário. É uma história que começou em 1971. Naquele ano, no dia 27 de março, a dona de casa Edite Martins se mudou com os três filhos para a QNM 23, conjunto B, lote 2. Era a primeira família a se mudar para as antigas terras da Fazenda Guariroba. A paisagem iria se transformar. Agora, teria outro nome e o nome seria Ceilândia, a maior cidade do Distrito Federal.

    A promessa feita a D. Edite era de uma vida melhor, a mesma promessa dos pioneiros que foram lá viver. A maioria havia dedicado suor e sangue para erguer a nova Capital no Planalto Central. Em poucos meses, já eram 80 mil pessoas na nova comunidade, que começou lá onde fica a caixa d'água, ícone do Distrito Federal e da Ceilândia.

    Ceilândia é uma síntese do desafio de moradia e de qualidade de vida na cidade.

    Nobres Senadores e Senadoras, o desafio da inclusão urbana é maior. Ceilândia nunca foi a Campanha de Erradicação de Invasões, que é o que significa a palavra Ceilândia: Campanha de Erradicação de Invasões. Ali, na região que sobe para o aeroporto, havia o Morro do Urubu, morro de não sei de quê, Vila do IAPI, um monte de invasões de onde as pessoas foram transferidas para o que é hoje a maior cidade do Distrito Federal, que é a cidade de Ceilândia. Então, o desafio da inclusão urbana é maior. Ceilândia nunca foi a Campanha de Erradicação de Invasões; enfrentou o preconceito da desigualdade e também da segregação e se mostrou uma comunidade vibrante, de gente talentosa e aguerrida, um lugar que cresceu junto com Brasília. Esse é um dos fascínios da cidade.

    Nobre Lindbergh, cadê ele? Está aqui ainda? Já saiu Lindbergh? Ele foi Prefeito de Nova Iguaçu, uma cidade semelhante à Ceilândia.

    Para além do planejamento, da setorização, com muita gente batalhadora, que cresceu e floresceu, Ceilândia começou no Setor Tradicional, com o projeto em forma de barril do grande arquiteto Ney Gabriel de Souza. Depois vieram o Setor O – que era conhecido, meu nobre Senador Ivo Cassol, como a Vila do Cachorro Sentado para um jornalista famoso de Brasília, que era o jornalista Mário Eugênio, que gostava de batizar os setores de Brasília quando eram construídos –, a área de Guariroba, o Setor P Sul, o Setor P Norte, a Expansão do Setor O, a Nova Ceilândia, a Nova Guariroba, o setor QNQ e o setor QNR. Hoje, os Setores Privê, Pôr do Sol e Sol Nascente dão novas cores à Ceilândia.

    Para V. Exª ter uma ideia, meu nobre Ivo Cassol, nosso Presidente, os Setores Pôr do Sol e Sol Nascente são a maior cidade nova do Brasil em construção, que fica exatamente na Ceilândia. O Governo Federal tem investido fortunas de dinheiro no Sol Nascente e no Pôr do Sol. Aqui mesmo nós aprovamos o empréstimo de US$100 milhões para fazer a urbanização, para fazer a captação, com a rede de saneamento básico, e para levar água a todos os moradores do Pôr do Sol e do Sol Nascente, fazendo a urbanização. Isso tudo é com verba do Governo Federal, que hoje está dando a cidadania a esse povo tão importante, que é exatamente o povo da nossa querida Ceilândia.

    A aniversariante do dia 27 de março, que é Ceilândia, é um lugar que acolheu brasileiros de todas as regiões, em especial do Nordeste. Ceilândia é a segunda casa de nordestinos que vivem fora da região natal, apenas atrás do Estado de São Paulo. São muitos sotaques que existem na Ceilândia. A Feira da Ceilândia é uma das maiores feiras de cultura nordestina do País e tem fama internacional. É carne de sol, é rapadura, é mocotó, é sarapatel, é forró, é xaxado, é samba, é repente. São os ritos do Brasil que estão presentes na Feira da Ceilândia. "A Feira da Ceilândia te oferece o que quiser comprar: peixe, sapato, retrato, colar pra te enfeitar", dizem os versos da jovem Ellen Oléria, ela mesma um dos inúmeros talentos que a Ceilândia revelou. Campeã do The Voice Brasil, sua música retrata a diversidade da feira e da comunidade da Ceilândia.

    Quero aproveitar e mandar um abraço ao Presidente da Feira da Ceilândia, o nosso amigo Jonathan; ao nosso Administrador da Ceilândia, meu nobre Vilson; ao meu Coordenador de Ceilândia, meu nobre Ailton, mais conhecido como Maninho; e a todos que convivem e vivem comigo na Ceilândia.

    Antes de Ellen Oléria, Ceilândia era a terra de Roque e Terezinha, repentistas que conquistaram o Brasil; terra do hip-hop, a expressão da juventude, do Câmbio Negro, do Viela 17, do Gog, reconhecidos pela força de seus ritmos e de suas palavras; terra do eterno DJ Celsão, que marcou época nos bailes da cidade. Quero aproveitar para mandar um grande abraço ao meu amigo DJ Jamaika e ao meu amigo DJ Gordão, em homenagem a todos os DJs que vivem na Ceilândia e que trabalham pelo sucesso dessa cidade tão importante.

    Antigas e novas gerações cantam a vida de Ceilândia.

    Não seria em outro lugar que a Casa do Cantador seria estabelecida. Desde 1986, meu nobre Presidente Ivo Cassol, o espaço é um templo da cultura e da música popular. E um monumento do Distrito Federal, o Palácio da Poesia, leva o traço do gênio de Oscar Niemeyer. Há mais de 20 anos, a Casa recebe grandes eventos de cultura popular, como o repente e a literatura de cordel. É um lugar de reflexão, de alegria e de extravasar as dificuldades que temos no dia a dia, cantando e contando a história desse povo trabalhador, incansável e feliz, que acorda cedo e dá duro na vida, como na Feira do Produtor Atacadista de Ceilândia. É a segunda maior feira da região. Por lá, passa a comida que abastece muita gente no Distrito Federal.

    Aproveito a oportunidade para mandar um abraço grande à nossa Deputada Distrital por Ceilândia Luzia, a Luzia Crecheira, nossa querida Deputada Distrital da nossa Ceilândia.

    Ceilândia já é responsável por 10% do Produto Interno Bruto do Distrito Federal, nobre Senador Ivo Cassol. É uma das cidades que mais crescem. Por isso, neste dia de hoje, o aniversário de 47 anos da Ceilândia, eu jamais poderia deixar de vir a este plenário para homenagear a maior cidade do Distrito Federal, que é Ceilândia. São quase 4 mil microempreendedores, como Francisco Pinho, filho de nordestinos que se mudaram para Ceilândia. Com muito trabalho, ele se tornou o Rei do Mocotó, um dos melhores do Distrito Federal.

    É uma gente de muitos talentos não só na música, na cultura e nos negócios, pois, no esporte, Ceilândia produziu muitos campeões. Quem se lembra da arrancada de Joaquim Cruz nas Olimpíadas de 1984? Filho da Ceilândia, muito orgulhou o Brasil inteiro.

    Também quero homenagear o clube do Ceilândia, ao Ari, Presidente do clube do Ceilândia, que está disputando as finais do Campeonato Brasiliense. Que consiga ter sucesso.

    Menino que corria descalço nas ruas de terra de Ceilândia, Joaquim Cruz conquistou o topo do mundo, encheu sua comunidade e o Brasil de orgulho, vencendo os 800m rasos. Hoje, ele tem um instituto que ajuda a revelar nossos talentos do esporte. Investir em sua gente trará mais vitórias no futuro.

    Inclusive, Vitória é exatamente o nome da grande atleta goleadora da seleção brasileira juvenil de futebol moradora da Ceilândia, a quem quero mandar um grande abraço. Estamos juntos com a maior cidade do Distrito Federal, que é Ceilândia.

    O brilho esportivo de Ceilândia não se resume ao atletismo. Campeões mundiais de karatê saíram daquelas ruas. Mestre de jiu-jítsu, Cláudio Careca já formou grandes atletas. É muito a comemorar. Ceilândia se tornou uma riqueza do Distrito Federal e do Brasil. Parabéns a essa grande cidade, uma cidade empresarial, uma cidade que cada vez mais orgulha os moradores de Brasília, por ter talentos como o jovem Delegado Fernando Fernandes, que cuida da Delegacia do Sol Nascente e que hoje é um exemplo de segurança e de ação; talentos que se destacaram, como o Guarda Jânio, que todo mundo da Ceilândia conhece, por ser um cara da Polícia Militar que sempre trabalhou em prol da paz no trânsito, meu nobre Presidente Ivo Cassol. É uma cidade – como já falei – que elegeu a nossa nobre Deputada Distrital Luzia, das creches, cidade que tem um povo que recebe com alegria e sabedoria, que tem uma feira que é orgulho de todos nós brasilienses. Então, orgulha-me muito poder estar aqui comemorando esses 47 anos na Ceilândia.

    E, neste Senado, eu, como Coordenador da Bancada de Brasília, como membro da Comissão Mista do Orçamento, como Senador da República, digo que tudo o que pude fazer e continuo fazendo pela nossa nobre cidade de Ceilândia eu sei que estou fazendo para Brasília, sei que estou fazendo para grande parte da nossa população, porque muitos, inclusive servidores desta Casa, aqui no Senado, são moradores de Ceilândia ou são moradores de cidades vizinhas, como Águas Lindas, como Brazlândia, como Taguatinga, como Samambaia, que têm uma relação direta com Ceilândia, a nossa maior cidade.

    Era isso que eu tinha a dizer, meu nobre Presidente. Agradeço a V. Exª.

    É com muito prazer que subi a esta tribuna para comemorar esse importante aniversário de 47 anos da Ceilândia. Muito obrigado e sucesso a todos de Ceilândia. Contem com o meu gabinete, sempre de portas abertas, gabinete 19 da ala Teotonio Vilela, para atender essa comunidade tão importante de Brasília, que é exatamente Ceilândia.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 28/03/2018 - Página 81