Pela ordem durante a 40ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Defesa do pronunciamento do General Villas Bôas e crítica à atuação do Supremo Tribunal Federal.

Autor
Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
ATIVIDADE POLITICA:
  • Defesa do pronunciamento do General Villas Bôas e crítica à atuação do Supremo Tribunal Federal.
Publicação
Publicação no DSF de 05/04/2018 - Página 59
Assunto
Outros > ATIVIDADE POLITICA
Indexação
  • DEFESA, DECLARAÇÃO, GENERAL DE EXERCITO, MOTIVO, PATRIOTISMO, RESPEITO, DEMOCRACIA, CONSTITUIÇÃO FEDERAL, COMENTARIO, APROVAÇÃO, POVO, CRITICA, IDEOLOGIA, COMUNISMO, AUTUAÇÃO, MEMBROS, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF).

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, gostaria de fazer um registro muito importante.

    O Gen. Villas Bôas escreveu alguma coisa patriótica, democrática no Twitter. Em nada violou aquilo que pensa o pessoal da esquerda, os mais moderados e os esquerdopatas. Eles chiaram logo no primeiro momento. E aí a conversa foi a seguinte: "O general na sua posição não pode falar o que falou." O que ele falou? Que o Brasil precisa de ordem democrática? Que a lei precisa ser respeitada e que o Exército Brasileiro está no seu lugar e sabe qual é o seu papel? Onde, pois, errou o Gen. Villa Lobos – Villas Bôas, mas falou como um lobo uma palavra das boas.

    Villas Bôas Correia falou algo que milhões de brasileiros queriam e querem falar. Agora, os defensores e aqueles que pregaram e lutaram pela ditadura do pro-le-ta-ri-a-do não queriam democracia. Aliás, nenhum deles nunca lutou por democracia. Isso é conversa fiada. Eles queriam era a ditadura do proletariado contra a ditadura militar. Eles todos já se espinharam. Ora, Villas Bôas não disse nada disso. Ele não disse nada de colocar canhões na rua. Por que tanto susto?! Porque isso vira discurso para esses esquerdopatas que nunca brigaram por democracia neste País e contam uma história absolutamente mentirosa.

    Eu estou aqui, Sr. Presidente, para fazer meu registro de felicitações, de solidariedade ao General. General, o senhor pode citar a Constituição, sim. O senhor tem o direito e é dever. O senhor é um homem de caserna e o senhor estava falando em respeito à Constituição.

    Sabe o que é diferente disso, Senador Ataídes? É que eu não vejo nenhum homem corajoso assumir esta tribuna para falar de um Supremo Tribunal Federal que cospe, que rasga, que escarra, que pisa na Constituição Federal. O papel do Supremo é ser guardião, interpretar a Constituição. Diferente disso, cada um deles é uma constituição. Cada um deles se comporta como quer. Não existe foco na lei. Existe foco na oportunidade, no interesse ocasional. Ora, o que estamos votando hoje lá no Supremo? É claro que não havia necessidade disso, pois há uma jurisprudência. O Supremo hoje está se reunindo para se desmentir, para "se auto desfalar", para desmontar aquilo que montou?

    O senhor sabe quantas ações judiciais, quanta gente que foi presa em segunda instância e que o País vai ter que indenizar, quando o Supremo disser: "Nós erramos ou naquele momento criamos aquela Constituição, mas agora resolvemos criar outra." Espero que essa aberração, que essa anomalia, que essa mula de sete cabeças, não se estabeleça hoje ao final desta sessão, para que o Supremo comece a recobrar um pouco o respeito do Judiciário brasileiro.

    Está chegando a hora em que vai ficar difícil ministro de tribunal superior andar na rua. Prestem atenção no que estou falando! Estão zombando do povo, estão rindo das pessoas.

    Sr. Presidente, qual é o tamanho do orçamento da Polícia Federal? Petecão, qual é o tamanho do orçamento do Ministério Público Federal? Qual é o tamanho? Agora, para que gastar dinheiro com a Polícia Federal, para que gastar dinheiro com operação, com investigação, com equipamento, com inteligência, gastar tempo, gastar a vida das pessoas? Para que isso se você leva um ano em uma investigação, desbarata uma quadrilha que rouba, que leva dinheiro público, distribui com seus asseclas e deposita em paraísos fiscais? Para que essa investigação se três dias depois o Supremo solta? Não é jogar dinheiro pelo ralo? Não é fazer piada? Não é fazer brincadeira? Então, que essa mula sem cabeça não se estabeleça, que essa anomalia não se estabeleça. É o que nós esperamos.

    Agora, o Gen. Villas Bôas faz uma colocação serena, inteligente e vira tema das redações de jornalistas esquerdopatas, daqueles que lutaram pela ditadura do proletariado. Nunca lutaram por democracia, agora estão todos assustados como se ele estivesse dizendo: "Amanhã, vamos colocar os canhões na rua!". Não vão colocar canhão na rua, não! Agora, vou dizer uma coisa a vocês: se colocassem, de cada dez brasileiros, oito iriam bater palma.

    General, receba o meu respeito, o meu abraço, a minha solidariedade. O senhor está respeitando a Constituição, diferente do Supremo Tribunal Federal, que cospe, que escarra, que pisa em cima.

    E este Parlamento, ou os Parlamentos, que têm um microfone que poderia abrir e fazer a defesa da Constituição e enfrentá-los, ao contrário, não o fazem.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/04/2018 - Página 59