Pronunciamento de José Medeiros em 18/04/2018
Discurso durante a 50ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Registro da morte do Ex-Presidente do Sindicato da Polícia Rodoviaria Federal no Distrito Federal (DF).
Registro da demissão do Presidente da Fundação Nacional do Indio (FUNAI), General Franklimberg Farias, e comentários sobre o papel da Fundação na construção de rodovias próximas a comunidades indígenas, no Estado de Mato Grosso (MT).
Repúdio à publicação de vídeo na Internet em que a Senadora Gleisi Hoffmann solicita apoio ao mundo árabe contra a prisão do Ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
- Autor
- José Medeiros (PODE - Podemos/MT)
- Nome completo: José Antônio Medeiros
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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HOMENAGEM:
- Registro da morte do Ex-Presidente do Sindicato da Polícia Rodoviaria Federal no Distrito Federal (DF).
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL:
- Registro da demissão do Presidente da Fundação Nacional do Indio (FUNAI), General Franklimberg Farias, e comentários sobre o papel da Fundação na construção de rodovias próximas a comunidades indígenas, no Estado de Mato Grosso (MT).
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ATIVIDADE POLITICA:
- Repúdio à publicação de vídeo na Internet em que a Senadora Gleisi Hoffmann solicita apoio ao mundo árabe contra a prisão do Ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
- Publicação
- Publicação no DSF de 19/04/2018 - Página 94
- Assuntos
- Outros > HOMENAGEM
- Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL
- Outros > ATIVIDADE POLITICA
- Indexação
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- REGISTRO, MORTE, EX PRESIDENTE, SINDICATO, POLICIA RODOVIARIA FEDERAL, DISTRITO FEDERAL (DF).
- REGISTRO, DEMISSÃO, PRESIDENTE, FUNDAÇÃO NACIONAL DO INDIO (FUNAI), COMENTARIO, OBSTACULO, OBRAS, RODOVIA, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), NECESSIDADE, ESTUDO, COMUNIDADE INDIGENA.
- REPUDIO, PUBLICAÇÃO, VIDEO, INTERNET, OBJETO, GLEISI HOFFMANN, SENADOR, MULHER, SOLICITAÇÃO, APOIO, PAIS ESTRANGEIRO, PAISES ARABES, OBJETIVO, DEFESA, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA.
O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PODE - MT. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente.
Primeiramente, quero parabenizá-lo pela condução dos trabalhos nestes dias de ausência do Senador Eunício Oliveira. E não são confetes! V. Exª conduziu os trabalhos da forma como sempre faz, ou seja, de forma muito capaz, o que nos orgulha muito.
Sr. Presidente, eu queria aqui também fazer uma breve comunicação sobre um acontecimento: o ex-Presidente do Sindicato da Polícia Rodoviária Federal aqui do Distrito Federal Nivaldino, infelizmente, veio a óbito após sofrer um AVC. É uma perda muito grande, porque ele estava sempre aqui, era um representante parlamentar que estava sempre aqui e tinha amizade com muitos Parlamentares. Enfim, era uma pessoa extraordinária que deixa um filho de oito anos e a esposa. Eu queria fazer esse registro aqui.
Dito isso, Sr. Presidente – e já encerrando –, eu queria só falar sobre esse tema que o Senador Telmário trouxe e lamentar. Eu também achava o General uma pessoa muito competente. Agora, não é só a Bancada ruralista que reclama a respeito dos travamentos da Funai. Talvez, o General tenha sido vítima do que estava ao seu redor. A Funai é um órgão que está aparelhado, e o que pedimos é que a Funai seja desaparelhada. Eu já disse isso ao Presidente Temer e já disse isso a inúmeros ministros. No Mato Grosso, por exemplo, há várias rodovias, Senador Cássio Cunha Lima, que não saem. Exemplo disso é a BR-174, que não sai. E não sai por quê? Porque, se uma rodovia passa a 40 ou 50km de uma aldeia indígena, dizem que tem que ter o Estudo do Componente Indígena. Acontece que não sai, e não sai por quê? Porque, se o sujeito tiver o azar de contratar para fazer o Estudo do Componente Indígena uma empresa que não esteja aqui com algum relacionamento dentro da Funai, não vai sair o estudo. Então, isso é muito grave. Eu não estou dizendo que o General esteja metido em nada disso, mas que a Funai é um problema, assim como eu tenho dito que o Ibama tem sido um problema, de modo que precisam ser revistas essas coisas todas. Lamento muito a saída do General, mas alguma coisa precisa ser feita.
E terminando, Sr. Presidente – agora de uma vez –, quero lamentar o que houve de ontem para cá, ou seja, a publicação de um vídeo na internet em que uma Senadora da Casa, infelizmente, manda um recado muito estranho. O Brasil, Sr. Presidente, é um país amigo do mundo árabe. Nós temos respeito por todas as religiões. Agora, nós também somos um país que não tem contato com nenhum radicalismo, com nenhum fundamentalismo. E foi muito estranho o vídeo que a Senadora deu. Pareceu-me muito um recado subliminar, Sr. Presidente. A quem era dirigido aquilo? Porque, se fosse para conversar com o mundo árabe, nós temos aqui...
O SR. LINDBERGH FARIAS (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – Perdoe a ignorância desse...
O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PODE - MT) – Eu preciso terminar minha fala, Senador Lindbergh!
O SR. LINDBERGH FARIAS (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – Perdoe a ignorância...
O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PODE - MT) – Eu preciso ter garantida a minha fala...
O SR. PRESIDENTE (Cássio Cunha Lima. Bloco Social Democrata/PSDB - PB) – Senador Lindbergh...
O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PODE - MT) – O senhor não vai tomar a minha fala, não, Senador Lindbergh. O senhor não vai ganhar no grito aqui, não. O senhor está acostumado a ganhar no grito, invadir prisão lá. Aqui, não. Aqui hoje eu vou falar.
O SR. LINDBERGH FARIAS (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – Eu só quero que perdoe a ignorância.
O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PODE - MT) – Eu vou falar...
O SR. PRESIDENTE (Cássio Cunha Lima. Bloco Social Democrata/PSDB - PB) – Senador Lindbergh, por gentileza.
O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PODE - MT) – O senhor não vai tomar a minha fala.
O SR. LINDBERGH FARIAS (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RJ) – É muita ignorância.
O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PODE - MT) – O senhor não é Presidente do Senado Federal, Senador Lindbergh.
O SR. PRESIDENTE (Cássio Cunha Lima. Bloco Social Democrata/PSDB - PB) – Senador Lindbergh, por gentileza, o Senador Medeiros está com a palavra. Por gentileza.
O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PODE - MT) – Eu estou com a palavra. O senhor depois vai ter a oportunidade de me chamar de ignorante e de falar o que quiser, mas agora eu estou com a palavra.
Então, Sr. Presidente, voltando, se quisesse se comunicar com o mundo árabe, nós temos todas as embaixadas aqui, e a Senadora poderia falar inclusive com os embaixadores.
Agora, o recado foi estranho. O recado foi estranho, e eu aconselho que os brasileiros possam ver o vídeo, o perigo que é. Então eu quero dizer: se algum fundamentalista, insuflado por aquele vídeo, cometer algum ato terrorista, está no CNPJ e no CPF dessa Senadora.
Nós temos que ter responsabilidade. Não é de hoje que esse partido vem fazendo esse tipo de apologia. E depois, quando a coisa pega, aí dizem que foi força de expressão. Aquele vídeo não foi força de expressão. Foi um recado muito esquisito, e eu espero que o Partido dos Trabalhadores não queira transformar um País pacífico numa zona de guerra.
Muito obrigado, Sr. Presidente.