Discurso durante a 57ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Reflexão sobre o cenário de atraso da educação no Brasil em contraste às necessidades do País.

Autor
Cristovam Buarque (PPS - CIDADANIA/DF)
Nome completo: Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
EDUCAÇÃO:
  • Reflexão sobre o cenário de atraso da educação no Brasil em contraste às necessidades do País.
Publicação
Publicação no DSF de 27/04/2018 - Página 57
Assunto
Outros > EDUCAÇÃO
Indexação
  • COMENTARIO, ATRASO, SITUAÇÃO, EDUCAÇÃO, REFERENCIA, NECESSIDADE, PAIS, AUSENCIA, UTILIZAÇÃO, METODO, PAULO FREIRE, IMPORTANCIA, ENSINO, OBJETIVO, PRODUTIVIDADE, COMPARAÇÃO, PAIS ESTRANGEIRO, FINLANDIA, IRLANDA, FRANÇA, DEFESA, AMPLIAÇÃO, APRENDIZAGEM.

    O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PPS - DF. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Senador Dário, Senadora Rose, eu quero dizer que vocês não apenas inspiraram, mas provocaram para falar. Nem sei se estava previsto, por compromissos que eu tenho de algumas reuniões, mas é impossível sair daqui sem dizer algumas palavras, dando continuidade ao que o senhor falou e ao que a Senadora Rose falou.

    Primeiro, sobre isso da candidatura. Eu lamento muito que o meu Partido não tenha querido me lançar candidato a Presidente. Eu estava pronto para isso, fiz isso em 2006. Estava pronto para isso. Mas a explicação faz sentido, que é preciso unir e não dividir com mais candidatos. Só que não deu certo: a cada semana, há um candidato novo, e o meu Partido está fora do processo, não está dando o recado que – a meu ver – poderia dar.

    Mas outra coisa que me provoca falar aqui é que ontem tivemos uma audiência na Comissão de Educação na mesma linha do que falou a Senadora Rose de Freitas, sobre evasão e repetência. Em primeiro lugar, eu quero dizer que, no Brasil, repetimos muito, mas os que foram aprovados não seriam aprovados se nós tivéssemos feito uma avaliação séria do que é que essa criança sabe naquele ano. Isso é que é triste. Há muita repetência e aprovações que não correspondem ao que o Brasil precisaria ter ensinado a essas crianças.

    Se fizéssemos provas como o Enem, ou seja, uma só no Brasil inteiro, a repetência, a meu ver, seria de mais de 50%. Vou repetir: 50%, eu creio, não seriam aprovados, se fosse uma prova nacional para a primeira série, segunda série, terceira série, quarta série.

    Mas cada um faz a sua prova, e, na verdade, há uma tolerância pela aprovação mesmo de quem não está sabendo o que deveria saber. Isso é que é trágico. Ou seja, há duas maneiras de evasão: a evasão daqueles que vão embora da escola e a evasão daqueles que ficam dentro da escola, mas não estão aprendendo nada ou quase nada. Isso é uma evasão, uma evasão disfarçada, e que o Brasil prefere se enganar, chamando de aprovação.

    Ontem, Senador, durante a audiência, o Daniel Caro, que é um militante muito ativo na área da educação e que é até candidato ao Senado, em São Paulo, pelo PSOL, contou uma história interessante e triste. Ele disse que estava na Finlândia, que é um país exemplar em educação, e a ministra ou outro funcionário da Finlândia, ao saber da situação trágica da educação no Brasil, perguntou a ele: "Como é possível que o Brasil seja atrasado em educação se aqui nós usamos o Método Paulo Freire, se nós conhecemos educadores brasileiros como Anísio Teixeira?" Como é possível termos Paulo Freire, traduzido lá na Finlândia, que provavelmente ensina os educadores no mundo inteiro, e aqui a educação é tão ruim?

    Eu dei a minha explicação, Senador Dário: é que o Brasil tem ótimos educadores, mas não tem bons educacionistas. Educador é quem diz como deve ser uma sala de aula, como é que a gente pega uma criança e faz com que ela se desenvolva. O educacionista é quem faz com que todas as 50 milhões de crianças tenham acesso à escola tão boa quanto um bom educador formulou.

    Nós temos educadores, não temos educacionistas. O educador é na sala de aula; o educacionista é aqui, Senador Dário, é na Câmara de Deputados, é nas Câmaras de Vereadores, nas Assembleias Legislativas do Brasil, na Presidência da República. É aí que têm que estar os educacionistas, enquanto os educadores, na sala de aula. Na sala de aula, nós temos gente dedicada e preparada, mas na política nós não temos gente dedicada e preparada para a educação.

    Nunca tivemos um estadista educacionista. Tivemos Senadores. Tivemos um, inclusive, do mesmo Estado da Rose de Freitas, que é o João Calmon. Tivemos Darcy Ribeiro aqui, numa dessas cadeiras. Mas não tivemos nenhum que virasse um estadista nacional da educação. Tivemos estadistas da indústria e do desenvolvimento, tivemos estadistas da democracia, tivemos estadistas das fronteiras nacionais, tivemos estadistas de muitas áreas, não tivemos um da educação.

    Não tivemos um que tenha dito que o eixo para o Brasil acabar com a pobreza é a produtividade. E a produtividade depende da educação. O eixo para distribuir a renda é a educação do pobre tão boa quanto a educação do rico, e, aí, pelo talento, a renda se distribui. O eixo para resolver o problema da violência, além de cadeia e punição, é educação, para dar oportunidade a todos, para que ninguém precise cair no crime para sobreviver. O eixo para cada problema é a educação, porque todos os problemas têm duas pontas: a ponta técnica – como há pouco eu falava da água sendo acumulada no açude; engenharia e finanças para construir o açude, para construir a represa –, e a educação para ensinar as pessoas a usarem a água com responsabilidade.

    Os juros não cairão enquanto o Brasil não tiver um programa de educação para que sejamos menos vorazes no consumo e menos anoréxicos na poupança, para que sejamos mais racionais no consumo e mais cuidadosos na poupança. Tudo passa pela educação.

    Não tivemos ainda um educacionista que convencesse o povo, primeiro, de que educação é o caminho fundamental pelo qual passam todos os problemas, como emprego, por exemplo, e que convencesse o povo de que é preciso fazer sacrifícios para construir a educação, para pagar bem o salário dos professores e os professores se dedicarem bem. Para ter dinheiro, vai precisar de sacrifício.

    Aqui, Senador Dário, eu conto uma historinha minha. Eu contei a do Daniel Caro, na Finlândia, e vou contar uma historinha minha num país chamado Irlanda, Senador.

    A Irlanda, até os anos 70, era um país paupérrimo. Vivia dos dólares que os imigrantes mandavam para lá – imigrantes que trabalhavam nos Estados Unidos e em outros países. Era um país paupérrimo, cheio de analfabetismo e com uma educação péssima. Um dia, um grupo de políticos se reuniu com sindicalistas e com homens de negócio. Eles se reuniram durante dias e dias discutindo: "O que nos une, apesar de partidos diferentes? O que nos une, apesar de sindicatos diferentes? O que nos une, apesar de empresas diferentes?" E chegaram a uma conclusão: "O que nos une é a educação do nosso povo. Daqui em diante, por 30 anos, nós vamos pôr educação como eixo central dos investimentos públicos, das cobranças, das exigências." E fizeram isso. Mudava governo, caía governo, subia governo: educação, educação, educação.

    Eu disse ao nosso embaixador lá: "Embaixador, eu quero visitar o lugar onde essa reunião aconteceu." Não havia acontecido na capital; havia sido numa cidade chamada Cork, em um castelo de Cork. Eu disse: "Eu quero ir lá, eu quero sentir o que houve lá 40 anos atrás." E o embaixador me disse: "Não é possível ir lá, porque você só vai ficar três dias e é muito longe."

    Eu disse para ele: "Embaixador, este país não tem nada longe. Isto é uma ilha pequena". Ele disse: "Não, mas as estradas são muito ruins." Aí eu perguntei: "Embaixador, como é possível que, em um país que hoje é um dos melhores do mundo em educação, as estradas são ruins?" Ele olhou para mim bem nos olhos, deixou passar uns segundos e disse: "Caro Senador, é por isso." Eles quiseram fazer educação e não fizeram as estradas, porque tinham que escolher: ou colocava dinheiro em educação ou colocava em estrada, em estádios, como nós fizemos, e em outros gastos. Aí ele disse: "Daqui a dois, três anos, venha aqui que você vai lá, porque as estradas vão estar boas."

    Prioridade!

    A gente precisa de um Presidente que seja um estadista educacionista capaz de convencer o povo de que a educação é importante e convencer o povo a fazer sacrifícios pela educação.

    Eu fui um dos que vieram aqui criticar as Olimpíadas e a Copa no Brasil. Eu disse: "Isso é desperdício de dinheiro". E me diziam: "Vai perder voto, porque o povo quer a Copa". Pior que era verdade. O povo preferia fazer estádio a escola, não por culpa do povo, mas por culpa da falta de um estadista que mostrasse ao povo que não era importante fazer a Copa do Mundo. Importante era ganhar a Copa do Mundo, fazer sete gols na Alemanha em Berlim em vez de gastar 2 bilhões em um estádio aqui para levar sete a um da Alemanha. É isto que está faltando: um estadista educacionista.

    Eu venho aqui e falo, mas isso não é estadista. Estadista é um profeta com votos. Se não tem voto, é só profeta. Aí não acontece. Fica só no discurso. Está precisando de um estadista educacionista que ponha a educação na frente, convencendo o povo de que esse é o caminho e de que vale a pena fazer os sacrifícios necessários. E, para isso – e eu concluo, Senador –, a gente precisa criar um pacto educacionista.

    Todos estão discutindo, falando, comentando que não há um candidato desses candidatos a Presidente que assuma o papel da educação. Há um que diz que vai resolver a violência construindo cadeia. Ele vai terminar preso, porque vai todo mundo, um a um – um a um. Tinha que educar para que não precise de cadeia no futuro.

    Darcy Ribeiro disse, há 30 anos, aqui em uma destas duas tribunas: "Ou a gente faz escolas ou vai ter que construir cadeias." O candidato a Presidente que começa prometendo cadeia vai construir tanta cadeia, que, no fim, vai sobrar pouca gente fora.

    Não há nenhum prometendo escola. Não há nenhum prometendo paz. Está prometendo segurança apenas. Nós precisamos não apenas que os candidatos comecem a falar em educação; precisamos de algo mais. E, se isso fosse possível, o meu Partido teria até razão em me negar – como me negou – ser candidato a Presidente, se a gente construísse um pacto de todos os candidatos, se a gente construísse um pacto pela educação que todos os candidatos assinassem, e qualquer que vencesse faria isso. Esse pacto, Senador, precisa de poucos capítulos. O primeiro é definir metas, metas ambiciosas no objetivo, mas responsáveis no prazo.

    Há que ser uma meta que diga: em 30 anos – não vai ser antes – o Brasil vai estar entre os cinco melhores do mundo em educação. Se disser que vai estar entre os cinco melhores do mundo em educação no espaço de cinco anos é demagogo, é mentiroso. Não vote nele! Mas pode ser em 30 anos.

    Eu defendo 30 anos para o Brasil inteiro. Mas dois anos para uma cidade, para duas cidades, para 100 cidades, para 200 cidades. Depois, para outras 200. Depois, para outras 200, até chegar às 5.564 que nós temos.

    Metas, mas metas ambiciosas.

    Segundo: é assumir que o Governo Federal terá de adotar as escolas nas cidades que não têm condições de pagar um bom salário ao professor, que não têm condições nem mesmo de conseguir um bom professor na sua cidade. Há que trazer de fora, como são os funcionários do Banco do Brasil, da Caixa Econômica, do Ministério Público, da Justiça.

    A adoção das cidades pelo Governo Federal deve ser num ritmo de acordo com a disponibilidade de recurso. Não estou propondo demagogia, gastar mais do que se tem, fazer precipitadamente. Eu não defendo nem mesmo tirar empréstimo, porque aumentará a dívida, aumentará juros, trará inflação.

    O ritmo, a gente define conforme os recursos que existam, mas com a meta. Primeiro, uma meta ambiciosa de chegar a ser um dos países com melhor educação do mundo e que o filho do mais pobre estudará numa escola tão boa quanto o filho do mais rico.

    E, aí, eu conto outra historinha – não aconteceu comigo –, mas eu participei e testei. Eu li uma entrevista um dia do jogador Raí, em que a jornalista, uma mulher, perguntava a ele o que mais o tinha impressionado quando ele jogou no Paris Saint-German.

    Senador Dário, quando eu li, fiquei surpreso. O Raí disse: "O que mais me surpreendeu é que os filhos da minha empregada iam à mesma escola que os meus filhos." Ele disse isso com orgulho, com satisfação, como uma coisa positiva que ele tinha visto na França.

    Eu fiquei tão impressionado com isso que descobri o telefone e liguei para o Raí, que eu não conhecia e não conheço pessoalmente. Liguei e perguntei: "Eu li isso aqui num blog. Isso é verdade?" Ele disse: "É verdade – eu não se se me chamou de Governador ou de Senador –, é verdade".

    Se é verdade na França, por que não pode ser aqui? Não pode ser por milagre aqui ficar. A França levou 100 anos. Foi um Ministro chamado Ferry, no século XIX ainda, que começou isso. Levou 100 anos. Aqui pode-se fazer em 20 ou 30. Mas é preciso um pacto nacional.

    Essas escolas o Governo Federal implantaria nas cidades que não têm condições de garantir salários aos professores. Mas os salários devem ser altos. Devem ser altos, muito altos. Por que só ganham salário algo quem trabalha em certos órgãos públicos e não nas escolas?

    Agora, não pode ser também simplesmente aumentar salário. Há que ser uma carreira nova, em que se exija compromisso de dar aula, se exija compromisso de não parar de dar aula, se exija, a cada cinco anos, três anos, uma avaliação para ver se está produzindo conforme o salário que recebe. E escolas bonitas, confortáveis, agradáveis, em horário integral e com os mais modernos equipamentos.

    Um desses dias me perguntaram o que é uma boa escola. É tão simples dizer o que é uma boa escola, eu achei, na hora pensei. Uma boa escola é aquela em que as crianças entram e ficam lá dentro com gosto. E que saem preparadas para enfrentar o mundo, para entender o mundo, para usufruir com felicidade do mundo e para transformar o mundo para melhor.

    Essa escola é perfeitamente possível saber como, porque os educadores já nos disseram. Até eles têm dúvida se devem ou não usar computador; mas eles sabem, os educadores, o que é uma boa escola.

    Falta não é educador; é educacionista. Falta é político que faça aquilo que os educadores desenham. O desenho está feito. Que a política diga que vai fazer, como fazer, convencer o povo de que esse é o caminho e convencer o povo desse grande pacto que a gente precisa fazer. Um pacto educacionista.

    Talvez o que o senhor lamentou, de o meu Partido não me lançar, talvez possa ser compensado pelo fato de o meu Partido liderar esse pacto nacional educacionista. E convenhamos que talvez seja ainda possível que os candidatos que estão aí todos assinem esse pacto, de tal maneira que aquele que vencer vai ser diferente numa coisa ou noutra, mas vai ter o mesmo compromisso, o mesmo compromisso com isso, que é a base do futuro do Brasil: nossas escolas estarem entre as melhores do mundo, e as dos pobres, tão boas quanto as dos ricos. A da menor cidade do interior, tão boa quanto a da maior cidade. Ninguém depender do CEP de onde mora a família, nem do CPF, da renda do pai, para ter uma boa escola. Vamos rasgar CPF e CEP das escolas. Todas boas. Cada uma com suas características pedagógicas, mas com professores preparados, bem remunerados, bem dedicados e avaliados. Em prédios bonitos e confortáveis.

    Isso é possível. Não se faz de repente. É demagogia prometer isso rápido. Mas um cronograma cuidadoso. E, de preferência, eu proponho fazer rapidamente em uma, duas, três cidades, para que o Brasil veja que é possível. Nós podemos fazer de tal maneira, que o Brasil, de fato, tenha essa perna da solução dos problemas, que é a educação, porque a outra perna é fácil. Essa é que é a mais difícil. Mas mais difícil ainda é convencer que isso é necessário.

    Por isso é importante estarmos aqui, Senador. Por isso, como disse a Senadora Rose de Freitas, não dá para a gente dizer que está cansado, está chateado e não quer mais continuar aqui. É quase que uma obrigação, sabia? Continuar aqui lutando, para que o Brasil desperte para o fato de que todo problema passa pela educação, que todo problema tem duas pernas para caminhar, como nós também: uma perna técnica e uma perna que é a educação.

    Temos que continuar essa luta, e fico feliz que a Senadora Rose tenha vindo falar disso. E lamento que o Brasil está tão ruim, em matéria de educação, que, para falar em educação, ela pediu desculpas, porque ela sabe que esse não é o tema preferido. O tema preferido é o da violência. E as pessoas não percebem que, por trás da violência, está a falta de educação. Não percebem que o problema corrupção é cometido por doutores instruídos, mas por trás está a educação de todos nós, no Brasil.

     Quando você vê, Senador, a lista dos países, em ordem de corrupção e em ordem de educação, você vê perfeitamente: os mais educados têm menos corrupção. Vê perfeitinho, perfeitinho! Não é que corrupto não seja instruído; é instruído, mas não foi eleito por uma massa, por um conjunto, por um país com educação.

    Cada problema tem por trás a educação. Pena – e aí eu concluo – que o problema educação também tem duas pernas: do educador, que diz como é uma sala de aula, e do educacionista, que faz a sala de aula. E aí vem um paradoxo: é que, para termos um Presidente estadista, educacionista, para educar o povo, é preciso que o povo seja educado antes. Aí é um paradoxo. Só vamos ter um Presidente da educação quando o povo for educado no Brasil. Como é que se rompe isso?

(Soa a campainha.)

    O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PPS - DF) – Rompe-se isso sendo um estadista, um estadista que convença o povo que não é educado ainda que ele tem que se educar, porque, sem isso, nem ele tem futuro, nos próximos anos, nem os seus filhos, nas próximas décadas.

    Vamos, pelo menos, se não é possível esperar, rezar, que neste processo eleitoral deste ano surja um estadista desse tipo, que convença o povo de que educação é um caminho, de que educação exige sacrifícios, que esses sacrifícios valem a pena, e nós mostrarmos que é possível fazer, como outros países já fizeram.

    Vamos tentar, vamos esperar, e vamos falar aqui, mesmo que tenhamos que pedir desculpas por falar desse assunto, como a Senadora Rose fez há pouco.

    Era isso, Sr. Presidente. Muito obrigado pelo tempo que me deu.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 27/04/2018 - Página 57