Pronunciamento de José Medeiros em 02/05/2018
Discurso durante a 6ª Sessão Conjunta, no Congresso Nacional
Crítica à ausência de pagamento, por Venezuela, Moçambique, Angola e Cuba, referente aos empréstimos a eles concedidos pelo Brasil.
- Autor
- José Medeiros (PODE - Podemos/MT)
- Nome completo: José Antônio Medeiros
- Casa
- Congresso Nacional
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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POLITICA INTERNACIONAL:
- Crítica à ausência de pagamento, por Venezuela, Moçambique, Angola e Cuba, referente aos empréstimos a eles concedidos pelo Brasil.
- Publicação
- Publicação no DCN de 03/05/2018 - Página 26
- Assunto
- Outros > POLITICA INTERNACIONAL
- Indexação
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- CRITICA, AUSENCIA, PAGAMENTO, CREDOR, BRASIL, BANCO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL (BNDES), DEVEDOR, PAIS ESTRANGEIRO, VENEZUELA, MOÇAMBIQUE, ANGOLA, CUBA.
O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco/PODE - MT. Para uma breve comunicação. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, muito obrigado!
Eu quero iniciar minha fala já concordando com as palavras do Deputado Nilson Leitão. Sr. Presidente, nós estamos vivenciando aqui uma situação sui generis. Veja bem, os partidos que apoiaram esses empréstimos, que apoiaram essa transferência de dinheiro brasileiro, aliás, injeção de dinheiro na veia da Venezuela, de Moçambique, de Angola, de Cuba, são os mesmos que agora não querem que se faça a reposição desse dinheiro ao BNDES. Vejam que incongruência!
Sr. Presidente, nós temos em Mato Grosso a BR-163, que, com metade desse dinheiro que foi para fora, daria para ser duplicada. Todos os anos, morrem quase 300 pessoas naquelas rodovias, mas isso está parado. O BNDES não manda o dinheiro lá para o Mato Grosso, porque agora há uma história de compliance – não pode mandar o dinheiro, porque algumas empresas dessas estariam na Lava Jato; não pode mandar o dinheiro, porque o Ministério Público iria causar obstáculo e, eventualmente, processar. Sr. Presidente, quando foi para fazer essas transferências desses recursos para a Venezuela, para Moçambique, para todo lado, ninguém se lembrou dessa tal compliance, mas, para o Estado de Mato Grosso, aí não pode.
Hoje, nós estamos aqui diante de um calote. Como disse o Deputado Nilson Leitão, está reunido o Congresso para nós, em tese, consertarmos essa bandalheira que foi feita, até porque, como ficou provado e foi amplamente discutido na época do processo de impeachment, esse dinheiro ia um pouco, ficava lá um bocado e voltava outro pouco para a turma de sempre, para esse pessoal que está calado hoje aqui, que não está falando nada – e não está falando, porque sabe que tem culpa no cartório.
Sr. Presidente, é bom que o povo brasileiro saiba que esse pessoal que se propôs a ser o cavaleiro para cuidar dos bens dos brasileiros e para protegê-los contra terceiros, na verdade, se apoderou deles e os tomou para si. Eu digo isso como um legítimo representante do Estado de Mato Grosso, que está lá sem a BR-174, sem a BR-158, sem a BR-242 e sem a duplicação da BR-163.
Eu queria justamente levantar aqui este contrassenso: os que deram calote, os responsáveis pelo calote...
E é bom que o brasileiro saiba que esse dinheiro não foi só para obras públicas, não. É importante que frisemos isto: a casa da mãe do Presidente Santos, de Angola – pasmem –, foi financiada com dinheiro do BNDES. Senador Wilder, foram 100 milhões para construir a mansão – o projeto Minha Casa, Minha Vida da mãe do Presidente Santos.
Agora, recebemos a notícia: calote de mais de R$1 bilhão. E R$1 bilhão, Senador Flexa Ribeiro, dariam para fazer muita coisa lá no Pará, dariam para construir muitas casas para os paraenses, dariam para fazer infraestrutura, dariam para fazer muita coisa lá no Ceará, Senador Eunício Oliveira, dariam para fazer muita coisa em muitos Estados brasileiros. Isso foi para onde? Para os países da Pátria Grande. E nenhum pio sobre esse calote, assim como não ouvimos nenhum pio sobre o Partido dos Trabalhadores e seus puxadinhos, da...
(Soa a campainha.)
O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco/PODE - MT) – ... revoltada Deputada que falou há pouco da tribuna, sobre a tragédia que aconteceu lá em São Paulo.
Aliás, o Presidente do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto se "empirulitou" para Curitiba. Cadê o Presidente do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto? Logo se apressou em dizer: "Esse prédio não é meu". Aliás, essa é uma tônica, não é? "O triplex não é meu", "o prédio não é meu". Acontece que morreram pessoas, acontece que há uma situação lá, pois agora estamos sabendo que eles cobravam R$400 a R$600 de aluguel daquelas pessoas.
Realmente, são partidos que gostam da pobreza, gostam de tirar até o último centavo da pobreza, porque esses R$1 bilhão foram tirados do lombo dos trabalhadores, tirados do povo pobre brasileiro. É muita incoerência!
Muito obrigado, Sr. Presidente.