Pronunciamento de José Medeiros em 22/05/2018
Discurso durante a 73ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Críticas à Funai em razão da política de demarcação de terras indígenas.
- Autor
- José Medeiros (PODE - Podemos/MT)
- Nome completo: José Antônio Medeiros
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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POLITICA FUNDIARIA:
- Críticas à Funai em razão da política de demarcação de terras indígenas.
- Publicação
- Publicação no DSF de 23/05/2018 - Página 75
- Assunto
- Outros > POLITICA FUNDIARIA
- Indexação
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- CRITICA, ATUAÇÃO, FUNDAÇÃO NACIONAL DO INDIO (FUNAI), REFERENCIA, POLITICA, DEMARCAÇÃO, RESERVA INDIGENA, RESULTADO, DESAPROPRIAÇÃO, RETIRADA, PESSOAS, TERRAS INDIGENAS, LOCAL, ESTADO DE MATO GROSSO (MT).
O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PODE - MT. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, ouvi agora há pouco as palavras do Senador Humberto Costa e fiquei preocupado pelo seguinte: no País inteiro estão surgindo – apesar de uma decisão do STF –, capitaneadas pela Funai, diversas ações para a retirada de pessoas que estão nas terras e para a demarcação de novas áreas de territórios indígenas.
Em Mato Grosso, Sr. Presidente, praticamente o território todo já é indígena. Os índios vivem morrendo de fome lá. Eu não vejo políticas da Funai preocupadas com isso, mas são terras, e mais terras, e mais terras. Lá fizeram uma desintrusão de uma cidade de 8 mil habitantes, e havia também, nos mesmos moldes dessa que o Senador Humberto Costa colocou aqui, a promessa do Incra de atender essas famílias que iriam ganhar o seu pedaço de terra. Detalhe: foi feita a desintrusão, patrocinada pela Senadora Gleisi Hoffmann e Gilberto Carvalho, que prometeram, na época, que essas famílias iam ter sua terra, e estão lá: já mais de dez pessoas se suicidaram.
Agora, a minha preocupação não é essa que passou. É que já estão falando em fazer em Jarudore, o Senador Humberto Costa falou que está para acontecer outra: nós precisamos dar um marco zero nisso. O Supremo Tribunal Federal já entendeu que existe um marco legal nisso. Mas, não sei, parece que a Funai não está muito preocupada com esse negócio de lei, com decisão judicial... Onde é que a gente vai parar? Os índios, está sobrando terra e está faltando comida para eles. Eu acho que neste momento o que eles querem é começar uma política que dê dignidade de vida para eles. Agora está se criando conflito, tirando pessoas que estão lá há 20, 30 anos em cima da terra, e jogando na rua, sem possibilidade nenhuma, como foi feito lá em Marãiwatsédé para atender aos desígnios políticos do então Bispo Dom Pedro Casaldáliga.