Pela Liderança durante a 91ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Relato do andamento da construção de fábrica de fertilizantes em Três Lagoas (MS).

Autor
Simone Tebet (MDB - Movimento Democrático Brasileiro/MS)
Nome completo: Simone Nassar Tebet
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
DESENVOLVIMENTO REGIONAL:
  • Relato do andamento da construção de fábrica de fertilizantes em Três Lagoas (MS).
Publicação
Publicação no DSF de 13/06/2018 - Página 22
Assunto
Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Indexação
  • AGRADECIMENTO, PRESIDENTE, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), MOTIVO, PARTICIPAÇÃO, REUNIÃO, OBJETIVO, DEBATE, ASSUNTO, PARALISAÇÃO, OBRAS, FABRICA, FERTILIZANTE, LOCAL, TRES LAGOAS (MS), COMENTARIO, RETOMADA, CONSTRUÇÃO.

    A SRª SIMONE TEBET (Bloco Maioria/MDB - MS. Como Líder. Sem revisão da oradora.) – Obrigada, Sr. Presidente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, ocupo a tribuna, nesta tarde, do Senado Federal apenas para fazer um agradecimento. É tão difícil subirmos aqui e fazermos agradecimentos. Normalmente, estamos mais ou criticando, ou cobrando ou pedindo.

    Na realidade, eu venho fazer um agradecimento ao atual Presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, que já foi Diretor Financeiro da empresa, conhece a empresa como ninguém, e ele tinha hoje uma agenda ao meio-dia com o Presidente do Senado Federal.

    Eu estava no meu gabinete, junto como Senador Waldemir Moka, de Mato Grosso do Sul, junto com o Prefeito de minha cidade natal, Ângelo Guerreiro, e com o Deputado Estadual da região, Eduardo Rocha, quando fiquei sabendo da presença do presidente da Petrobras e, mais do que rapidamente, pedi à assessoria dele um espaço na agenda de cinco minutos para que pudéssemos tratar de um tema relevante não só para minha cidade natal, Três Lagoas, para Mato Grosso do Sul, mas também para o Brasil e para o mundo. Tratava-se e trata-se da paralisação da maior fábrica da América Latina e uma das maiores do mundo de fertilizantes nitrogenados.

    Nós sabemos o quanto o Brasil é dependente de fertilizantes para o agronegócio. O Brasil apenas produz 25% do que usa no campo. Importa, portanto, 75%. Na época em que eu fui prefeita, doamos para a Petrobras uma área de mais de 500 hectares para que essa empresa pudesse construir essa que seria a maior fábrica de fertilizantes nitrogenados da América Latina.

    Pois bem, em função de todos os acontecimentos que nós já sabemos, a Petrobras paralisou a obra, resolveu pelo desinvestimento no setor de gás e, com isso, abriu o processo licitatório. Acontece que, com a mudança da presidência da Petrobras do Pedro Parente para o atual presidente, houve um clima de incerteza no Município e no Estado de Mato Grosso do Sul. Afinal, a fábrica está parada desde 2014 e todo mês, para não dizer quase que semanalmente, a imprensa cobrava, desde aquela época, a continuidade dessa obra que já está com 80% da sua parte de infraestrutura pronta. Ou seja, faltam um pouco menos de 20% para que essa obra seja terminada.

    Nós tivemos, portanto, o conhecimento e solicitamos essa audiência. Rapidamente, o presidente da Petrobras abriu um espaço de dez minutos para nós. Ele estava aguardando ainda o Presidente do Senado. Estivemos eu e o Senador Moka, o Prefeito, repito, de Três Lagoas, e o Deputado Estadual Eduardo Rocha falando com o presidente da Petrobras ainda hoje, na Presidência do Senado Federal.

    E aqui eu quero deixar de público essa minha fala – e com isso finalizo – para dizer a Três Lagoas, a Mato Grosso do Sul e ao Brasil que o presidente nos tranquilizou. Hoje nós já temos uma empresa russa vencedora do processo licitatório, que já esteve em Mato Grosso do Sul negociando os incentivos fiscais que já eram dados para a Petrobras. Já houve um aceno positivo e já está tudo certo em relação aos tributos estaduais. Ele está, nesse momento, na Bolívia, negociando o fornecimento de gás, Sr. Presidente. Consequentemente, esta foi a fala do presidente da Petrobras:

Nem eu, enquanto presidente, poderia mudar as regras do jogo. Isso depende de reunião do Conselho Deliberativo e da administração. Portanto, Senadora, tranquilize a sua cidade, o seu Estado e mesmo o Brasil de que a fábrica de fertilizantes nitrogenados vai ser uma realidade, porque a empresa vencedora, em breve, estará fechando o processo em relação a valores.

    Nesse aspecto, eu finalizo dizendo apenas em números para que possam ver a grandeza e a importância desse empreendimento, Sr. Presidente. Nós estamos falando de investimento de mais de US$2 bilhões, algo em torno de R$6,5 bilhões. Isso em valores da época. Nós estamos falando de uma das maiores fábricas de fertilizantes nitrogenados do mundo, com uma produção anual de 1,25 mil toneladas de ureia granulada e 81 mil toneladas de amônia. Posteriormente, será agregada a produção de nitrogênio e potássio.

    Nós, hoje, dependemos, como disse, de 75% de importação. E fico com esse número para ilustrar a grandeza e a importância, Senadores, desse empreendimento para o Brasil, para a diminuição do custeio da produção, para que fiquemos cada vez menos dependentes de cartéis internacionais, mas, mais do que isso, para que nós possamos, na pior das hipóteses, congelar o preço da cesta básica, do alimento na mesa do trabalhador, e, na melhor das hipóteses, quem sabe, até diminuir o preço em função de termos o produto que é o mais caro na produção sendo fabricado no Brasil, que é o fertilizante. Fico apenas com este número: essa fábrica em Três Lagoas gerará 7 mil empregos no período da sua construção e, sozinha, Sr. Presidente, terá a capacidade de dobrar a produção de fertilizantes no Brasil. Ou seja, se hoje produzimos 25%, estaremos produzindo, em breve, 50% de todo fertilizante nitrogenado que é utilizado no agronegócio.

    Era essa a comunicação que queria fazer a Mato Grosso do Sul e ao Brasil, Sr. Presidente.

    Muito obrigada.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 13/06/2018 - Página 22