Discurso durante a 92ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Comentários sobre a atuação policial nas fronteiras do país.

Autor
José Medeiros (PODE - Podemos/MT)
Nome completo: José Antônio Medeiros
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SEGURANÇA PUBLICA:
  • Comentários sobre a atuação policial nas fronteiras do país.
Publicação
Publicação no DSF de 14/06/2018 - Página 54
Assunto
Outros > SEGURANÇA PUBLICA
Indexação
  • COMENTARIO, AUSENCIA, NECESSIDADE, CRIAÇÃO, POLICIA, FRONTEIRA, DEFESA, AUMENTO, QUADRO EFETIVO, POLICIA FEDERAL, POLICIA RODOVIARIA FEDERAL.

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PODE - MT. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu só queria trazer um assunto à baila aqui para os meus colegas Senadores.

    Eu tenho visto uma discussão em torno de se criar uma polícia de fronteira para o Brasil.

    Eu queria deixar um pouco de esclarecimento sobre esse tema, porque o Brasil já tem polícia de sobra. Nós temos polícia para tudo que é gosto. Nós temos Guarda Municipal, nós temos polícia de trânsito, nós temos Polícia Federal, nós temos Polícia Civil, nós temos Polícia Militar, nós temos Polícia Rodoviária Federal. É polícia para tudo que é gosto.

    O que acontece? Ah, eu me esqueci da Guarda Nacional e ainda tem a Polícia Ferroviária Federal.

    Então, sigla e órgão, Senador Raimundo Lira, nós temos às pampas. O que falta, nesses órgãos, é gente para trabalhar. Qualificação, capacitação, a Polícia Federal tem de sobra; a Polícia Rodoviária Federal também. Então, o problema das nossas fronteiras não é a criação de mais um órgão. O caso das nossas fronteiras é falta de gente, é falta de gente para trabalhar. Se você for olhar nas estatísticas, a Polícia Rodoviária Federal apreende 1% de toda a droga do mundo, de toda a droga apreendida no mundo.

    Então, o que falta é simplesmente efetivo. Eu até elogio o Ministério da Segurança Pública, pois o Governo mandou para cá a Medida Provisória nº 837, que possibilita pagar horas adicionais para que tenha mais gente nas escalas. Mas isso é um paliativo.

    Então, eu queria dizer mais uma vez: a solução não é a criação de mais uma polícia. É a gente poder fazer um planejamento de longo prazo para que, a cada ano em que for morrendo policiais, forem aposentando, isso ir automaticamente sendo reposto e, se possível, nos anos em que houver uma folga orçamentária melhor, poder acrescentar aos quadros. Do contrário, daqui a pouco, se acaba. A PF, por exemplo, já tem menos policiais do que a Guarda Municipal do Rio.

    Daí, de repente, numa crise, falam: "Poxa, vamos criar a polícia tal." Não adianta fazer isso. Nós precisamos é resolver o problema na raiz.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/06/2018 - Página 54