Discurso durante a 92ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Comentários a respeito do acordo de desnuclearização da península Coreana firmado entre os presidentes Donald Trump e Kim Jong-Un.

Autor
Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA INTERNACIONAL:
  • Comentários a respeito do acordo de desnuclearização da península Coreana firmado entre os presidentes Donald Trump e Kim Jong-Un.
Publicação
Publicação no DSF de 14/06/2018 - Página 56
Assunto
Outros > POLITICA INTERNACIONAL
Indexação
  • COMENTARIO, ENCONTRO, PRESIDENTE, PAIS ESTRANGEIRO, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA), COREIA DO NORTE.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Senadores, gostaria de fazer referência ao assunto, ao tema, às imagens, Senador José Medeiros, que o mundo contemplou nestes últimos dias, Senador Raimundo Lira: o encontro do Presidente Donald Trump com o ditador Kim Jong-un.

    Muitos analistas estão debochando do encontro. E normalmente esses analistas fazem as suas falas nas redes de televisão que pensam como eles e acham que o mundo tem de seguir o que eles pensam.

    Hoje pela manhã, eu ouvi um comentário de Boechat e achei muito interessante o que ele dizia. Há uma importância naquele encontro. Até 90 dias atrás, seis meses atrás, quatro meses atrás, já se começava a falar na iminência de uma outra guerra mundial, de troca de farpas de quem tem bomba atômica, de quem construiu gazes nocivos, de quem tem destruição em massa.

    E aí, eles usam o deboche ao Trump, eleito legitimamente, Presidente de uma potência, de um capital, dos Estados Unidos capitalistas, que se encontra com o ídolo dos esquerdistas brasileiros, o ídolo do PCdoB. Há até candidato a Presidente que tem uma aliança com ele e o apoio dele.

    Eu só queria saber, emocionalmente, psicologicamente, como eles se sentiram ao ver o comunista escolado, tratado, criado, resistente, atrevido bajulando o capitalista, andando de mãos dadas. Eu vi com bons olhos, porque o mundo precisa de paz, não precisa de farpas. É um bom sinal para o Brasil.

    Quando os esquerdistas brasileiros, que não gostam dos Estados Unidos no processo eleitoral, nos discursos de tribuna, é o capitalismo agressivo, nocivo; mas gostam muito da Disney, gostam muito de Miami, de lojas de marca. Eles adoram.

    Mas quando viram Kim Jong-un de mãos dadas com o Trump, é um bom sinal. Espero que eles vejam assim, Senador Raimundo Lira, como um bom sinal, porque eles vão ter que conviver momentos pacíficos. Ele está dando uma lição para eles de que a partir de janeiro, eles vão ter que conviver bem com o Capitão Jair Bolsonaro. Eles vão ter que aprender com o comunista, hoje referência do mundo, Senador Flexa, referência do mundo de mãos dadas com o Trump.

    E dizem que eles ficaram uma hora trancados juntos, e o Trump mostrou para ele um filme, uma peça de marketing a respeito da América, e que ele ficou encantadíssimo.

    E o atrevimento dele também me chama a atenção, porque ele se inseriu nesse contexto na marra, na garra, na força, vendendo a sua força para provocar o encontro.

    Eu vejo com bons olhos. O mundo precisa de paz, não precisa de uma terceira, uma quarta guerra, uma quinta guerra. Não precisa matar pessoas. O mundo precisa de paz.

    Esse troço é como discurso do processo eleitoral. Hoje todo mundo estava querendo uma zona franca. Eu estava querendo uma, o Senador Humberto queria também para Pernambuco, Randolfe queria uma também para o Amapá. Todo mundo quer. Todo mundo quer dividir o royalty do petróleo, que é nosso. Na época de eleição pode tudo. Os discursos são os mais variados. E a gente respeita, não é?

    Mas eu espero que essa imagem que o mundo viu e está aí nas mídias todos os dias agora, mãos dadas, o comunista... E eu espero até que a Senadora Vanessa vá dar um esporro nele hoje no discurso dela, porque ela não deve ter achado bonito ele pegar na mão do Trump. Ou espero que ela diga: "Tem que melhorar mesmo, foi um grande sinal", porque eu espero vê-la dando um abraço no Capitão Jair Bolsonaro em 1º de janeiro.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/06/2018 - Página 56