Discurso durante a 92ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Crítica à política de preços de combustíveis adotada pelo Petrobras.

Prestação de contas do mandato de S. Exª.

Autor
Jorge Viana (PT - Partido dos Trabalhadores/AC)
Nome completo: Jorge Ney Viana Macedo Neves
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ECONOMIA:
  • Crítica à política de preços de combustíveis adotada pelo Petrobras.
ATIVIDADE POLITICA:
  • Prestação de contas do mandato de S. Exª.
Publicação
Publicação no DSF de 14/06/2018 - Página 98
Assuntos
Outros > ECONOMIA
Outros > ATIVIDADE POLITICA
Indexação
  • DEFESA, REVISÃO, POLITICA, REAJUSTE, PREÇO, COMBUSTIVEL, AUTORIA, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS).
  • REGISTRO, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, ORADOR, COMENTARIO, LIBERAÇÃO, EMENDA, ORÇAMENTO, DESTINO, ESTADO DO ACRE (AC), AGRADECIMENTO, GRAFICA, SENADO, ELABORAÇÃO, PERIODICO.

    O SR. JORGE VIANA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - AC. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Dário Berger, Senadora Gleisi, queria aqui cumprimentá-la pelo pronunciamento, pelos esclarecimentos e dizer que o Papa Francisco, de fato, é um ser humano extraordinário e sabe muito bem onde está uma injustiça sendo cometida e é sempre solidário com o injustiçado. Foi isso que ele fez, é evidente que ele fez.

    Lamentavelmente, a grande imprensa não dá um tratamento sério. É um gesto importante para a reflexão nossa, porque, no fundo, eu acho que muitas autoridades no Brasil perderam completamente o senso ou o bom senso e estão numa marcha que está todo mundo vendo. Pergunte a qualquer pessoa: "Venha cá, uma pessoa no Brasil que fosse comprar um apartamento que não comprou, em que nunca entrou, em que nunca morou vai ser presa?" É isso que fizeram com o Presidente Lula. A pessoa que mais fez por todos neste País, como Presidente da República, sofre agora uma grande injustiça.

    Mas eu trago comigo um lema, Senadora Gleisi – e concluo com esse comentário elogiando V. Exª e sendo solidário com V. Exª também, porque hoje eu não pude estar aqui, eu estava presidindo uma comissão, e queria me somar a todos os colegas –, e isto vale para a senhora, vale para o Presidente Lula, porque eu sei que você também é cristã, muito religiosa: é melhor sofrer uma injustiça do que praticar uma.

    Força, Senadora Gleisi.

    Queria, Sr. Presidente, cumprimentar todos os que nos acompanham pela rádio, pela TV Senado.

    E o senhor sabe, Senador Dário Berger, é uma coisa impressionante a chegada dessa televisão lá no meu Estado. Lá são duas horas a menos. Lá nós ainda estamos às 5h17 da tarde. São duas horas a menos, mas já deve haver algumas pessoas chegando em casa, depois do trabalho. Na área rural, a TV Senado entra por conta das parabólicas. É impressionante como eles acompanham nos lugares mais distantes.

    Outro dia, eu estava andando no Rio Tejo. O Rio Tejo é o rio mais distante que nós temos – ele, o Breu, a Foz do Breu – da capital do Acre. Estou falando de quase 700km de distância no meu Estado, lá no Município de Marechal Thaumaturgo. As pessoas falaram: "Jorge, eu acompanho o seu trabalho [lá eu só sou conhecido como Jorge], acompanho o seu trabalho direto. A gente o vê direto na TV Senado. Aliás, a gente vê muito você e vê a sua luta." E aí eu falei: "Graças a Deus, porque os que moram mais longe podem acompanhar o nosso trabalho aqui."

    E aí, reconhecendo a nossa batalha para ver se não estourava essa história do combustível com um preço que, para quem é ribeirinho... Eu andei o Rio Envira, lá em Feijó, subi em um lugar que dá quatro dias de canoa. Fui lá, as pessoas disseram: "Puxa vida, a gente comprou um batelãozinho para viajar duas vezes por ano para a cidade, mandar as nossas mercadorias. Agora, a gente fica com o batelão parado, porque não tem dinheiro para o combustível."

    Hoje eu recebi o Prefeito de Porto Walter no meu Município, e o Prefeito falava para mim: "Senador, o programa de transporte escolar [que, no caso do Acre, nesses Municípios de que eu estou falando, é feito por água; não há estrada, as pessoas moram na beira do rio] está agora um absurdo por conta do custo em que ficou do combustível." Quando aqui eram R$3, lá já eram R$7; aqui são R$5, lá são R$10, R$12. É um absurdo. Então, isso danifica a vida das pessoas, paralisa o País. Eu estou me referindo ao preço de gasolina, do óleo diesel e do gás de cozinha, que chega a ser vendido por mais de R$250 na área de fronteira com o Peru, no meu Estado.

    Então, estamos em uma luta, e eu não consigo entender por que o Governo não assume que errou, fazendo o que fizeram na Petrobras. Corrija os erros, anuncie para a população que não vai ficar querendo ganhar dinheiro vendendo a gasolina mais cara do mundo, o óleo diesel mais caro do mundo, o gás de cozinha mais caro do mundo. Anuncie que a Petrobras tem que decidir. Ela não é para crescer ganhando dinheiro, vendendo gasolina. A Petrobras é uma das maiores companhias do mundo de exploração de petróleo, desenvolveu uma tecnologia para o pré-sal. O pré-sal é o nosso passaporte para o futuro.

    No pré-sal, ontem, num debate que fazíamos aqui, o Brasil pode ter – os Municípios e os Estados – trilhões de reais. Já foi descoberto; no governo do Presidente Lula, foi desenvolvida tecnologia. Agora, estão entregando o pré-sal para as petrolíferas e botando uma conta que não existe para o brasileiro pagar, para o taxista pagar, para o caminhoneiro pagar, para o mototaxista pagar.

    Então, eu queria fazer aqui esse agradecimento a todos os que nos acompanham.

    Sr. Presidente, eu não quero me estender, mas eu vim aqui um pouco prestar contas do meu trabalho.

    Eu consegui, como membro da Comissão de Orçamento, junto com V. Exª – e foi muito proveitoso aquele período em que trabalhamos; vi o seu empenho para nos ajudar –, apresentar emenda no valor de R$6 milhões, fora das emendas parlamentares, no entendimento da própria comissão. Eu consegui essa ajuda, V. Exª lembra, para os Municípios do Acre.

    Para não ser injusto, aloquei os recursos, independentemente do partido dos prefeitos, para os sete Municípios mais antigos do Acre. Refiro-me a Rio Branco, Feijó, Cruzeiro do Sul, Brasileia, Sena Madureira, Tarauacá, e Xapuri.

    Desses, há dois Municípios cujos prefeitos são do PT; em Tarauacá, o prefeito é do PSD, Partido do Kassab; Sena Madureira é do PMDB; Cruzeiro do Sul é também do PMDB; Feijó é do PP; Brasileia, já havia dito; e Rio Branco é do PSB.

    Ontem liguei e falei com todos os prefeitos – só está faltando falar com a Prefeita de Tarauacá – pedindo que eles apresentem as propostas: Tarauacá, são R$300 mil; Feijó, também R$300 mil; Rio Branco, R$2 milhões; Cruzeiro do Sul, R$300 milhões, para melhoramento das ruas. As ruas dos Municípios estão muito danificadas, e os prefeitos não têm recursos para fazer a sua manutenção. Então, eu apliquei tudo na manutenção urbana. E eles ficaram muito agradecidos.

    Estou fazendo aqui esse registro.

    Sr. Presidente, outro dia, um jornalista queria fazer uma matéria sobre quais políticos do Acre – somos 11, três Senadores e oito Deputados e Deputadas – que mais empenharam e liberaram emendas de 2015 para cá. V. Exª sabe que a minha labuta é muito grande. Com a minha vivência de ex-Prefeito, ex-Governador, sinto-me na responsabilidade de trabalhar dobrado, mas eu cuido das minhas coisas com zelo, porque eu tenho que ser um Senador que ajuda o Brasil a enfrentar os seus problemas, mas eu tenho que ser um Senador de todo o povo do Acre, até de quem não votou em mim, até daqueles que não gostam do PT, até daqueles que têm críticas. Eu sinto que é assim que a política boa, a ética, a nova política, a boa política tem que acontecer. E eu estou aqui prestando contas.

    Graças a Deus, num levantamento oficial feito pelo Diário Oficial, com dados, fui o Parlamentar que mais conseguiu empenhar e liberar recursos nesse período a que estou me referindo, 2015, 2016 e 2017.

    Então, fui o campeão de liberação de emendas e recursos para os Municípios do Acre, exclusivamente para os Municípios, são 22 Municípios. E, óbvio, não discriminei nenhum deles. É da oposição? Mas eu tenho uma boa relação com todos os prefeitos, por incrível que pareça, e não há nenhum que me trate mal, não há nenhum que não me trate com acolhimento, com muito respeito, com muita consideração.

    E eu fico pensando: por que o Brasil não é assim? Todo mundo tem divergência, mas temos que ser tolerantes uns com os outros, mais compreensivos uns com os outros. Há horas em que acho que está todo mundo meio contaminado, parece que estamos doentes. As pessoas estão se matando nas ruas, os políticos se xingando também nas tribunas. Não precisa xingar ninguém. Podemos cobrar, podemos pedir mudança, podemos até exigir as coisas, mas tolerando também, porque, do outro lado, há outro ser humano.

    É esse ambiente que acho que tem que voltar para o Brasil sob pena de seguirmos piorando.

    E aí concluo minha fala, Sr. Presidente, apresentando aqui na tribuna do Senado – não sei qual a câmera – a minha nova revista. Eu vou fazer chegar uma no gabinete de V. Exª, Senador Dário Berger. É uma revista na qual presto conta do mandato de Senador, tem 120 páginas e foi feita na gráfica do Senado – e quero agradecer a todos que trabalham na gráfica, a todos que trabalham na área de comunicação do Senado –, mas feito pela minha equipe. Eu contratei uma empresinha de diagramação, do Maxtane, que sempre trabalha comigo. É a quinta revista do meu mandato. E nós fizemos com o trabalho de equipe.

    Quero agradecer ao Antônio Alves, ao Marcos Vinicius, à Mariama, que trabalha comigo aqui, que se empenhou tanto nesse trabalho, ao Olímpio, e eu também estou na equipe aqui de texto, de organização. E hoje eu liguei para o meu amigo Sebastião Salgado. A capa da revista é um rio do Acre fotografado pelo Sebastião Salgado, um dos maiores fotógrafos do mundo. E ele doou à revista. Ele vive na Amazônia, vou sempre com ele para as aldeias, está fazendo um trabalho muito bonito, e a revista se chama Os Desafios do Tempo.

    É uma revista em que eu presto contas. Aqui estão todos os discursos, quantos discursos eu fiz, quantos projetos de lei apresentei, quantas vezes a mídia do Senado divulgou algum trabalho, as comissões de que participei, e faço isso com os Senadores do Acre. Aqui não há denúncia, aqui não há crítica, aqui há os números oficiais. O povo do Acre vai poder ver quem é que estava se esforçando mais e que o Acre precisa muito de todos nós para trabalharmos. E faço aqui um relato de todas as agendas que vivemos.

    Fiz também aqui um relato Município a Município, todos eles, botando aqui quanto de emenda consegui liberar, quantos recursos foram empenhados, porque eu acho que, se prestarmos contas do trabalho, se conseguirmos dar transparência para o mandato, ajudamos a trazer de volta o respeito, a confiança das pessoas com a política.

    A política tem que ser feita com ética, com honestidade, com sonho. Eu fui Prefeito e Governador. Fizemos tanta coisa boa! Porque o dinheiro rende quando trabalhamos honestamente. O dinheiro chega nos lugares mais distantes, quando trabalhamos com planejamento, com metas estabelecidas, quando andamos, vamos lá, conversamos com as pessoas.

    É o que eu sempre fiz. Por isso que eu estou tranquilo! Está chegando agora o período das eleições. Fica todo mundo apavorado querendo montar esquema, esquema de dinheiro de novo. Eu estou vendo um monte de gente comprando gente, tentando montar os esquemas de fechar apoio.

    Eu estou tranquilo! Estou andando nas cidades, pedindo obviamente que apreciem a minha pré-candidatura – eu não tenho candidatura oficial ainda, mas pré-candidatura ao Senado, porque eu não posso disputar outro cargo –, andando nos rios, nos seringais, nas comunidades, nos mercados, como sempre faço – lá eu não sou Senador, sou apenas o Jorge –, e pedindo às pessoas que voltem a sonhar com um Brasil melhor, que voltem a sonhar que o Acre também vai começar uma fase nova, que temos condição de, com compreensão, com amadurecimento, ajudar o Brasil a sair da crise e não piorar, agredindo uns aos outros, atacando todo mundo. Então, para mim não tem...

    A revista ficou muito bonita. Ela tem aqui as fotos do Sebastião Salgado e dentro tem uma prestação de contas de trabalho. Eu fiquei sete anos como um dos cabeças do Congresso, por sete anos seguidos o Diap me colocou como um parlamentar, entre Deputados e Senadores, de destaque. Isto é uma coisa rara – para a Região Norte, sete anos seguidos –, é muito difícil. E eu procuro trabalhar aqui, conversar – V. Exª sabe –, para ver como é que ajudamos o Brasil a sair desse atoleiro, dessa crise danada e como é que eu posso ajudar o Acre.

    Então, hoje eu estou levando a revista para o Acre. Segunda-feira vou estar na querida Cruzeiro do Sul, devo fazer uma apresentação dela. E, a partir de agora, vou fazer chegar na casa das pessoas como uma maneira de prestar contas do meu mandato de Senador, de pedir compreensão por erros que eu possa ter cometido, porque certamente cometemos muitos erros.

    Mas é claro que também é a hora de a gente falar de tudo aquilo que a gente fez ou tentou fazer de bom, porque para mim ser ético é trabalhar pelo bem comum, é a gente procurar servir às pessoas, e não se servir. É aquilo que eu falava ainda há pouco. Aí, quando vem alguém me atacando, eu vejo outros candidatos xingando, eu falo: gente, eu não vou responder. Eu não vou responder. Eu não vou perder tempo com isso. O Brasil já está tão ruim por conta disso, eu prefiro sofrer uma injustiça do que praticar uma.

    Então, mais uma vez eu agradeço a todos que me ajudaram. E eu vou fazer chegar ao gabinete de cada Senador e Senadora daqui um exemplar dessa revista. Mas o que eu quero mesmo também é, Município a Município, poder entregar para os colegas Parlamentares, para as autoridades, para as pessoas simples do nosso povo e todas que têm muito carinho por mim, que têm muito respeito por mim, uma prestação de contas do meu mandato de Senador, que esteve, está e, enquanto eu tiver um mandato, estará sempre à disposição do povo do Acre, do meu Estado e também do Brasil.

    Acho que neste momento o Brasil, o Acre, precisa de cada um de nós o que temos de melhor, e tudo o que eu quero é poder emprestar a minha experiência, a minha vivência, a minha capacidade de dialogar com todo mundo aqui. Não tenho um inimigo, não tenho um adversário, não tem um Senador aqui com quem eu não tenha uma boa relação. Eu acho que construir isso é bom, porque se isso acontecesse de maneira geral no País, o País estaria muito melhor.

    Então, se Deus quiser, com esperança, com fé, com trabalho e com compreensão, nós haveremos de vencer esses tempos de dificuldades.

    Que Deus nos ajude a todos.

    Obrigado, Sr. Presidente.

    O SR. PRESIDENTE (Dário Berger. Bloco Maioria/MDB - SC) – Eu quero cumprimentar o Senador Jorge Viana...

    O SR. JORGE VIANA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - AC) – Eu vou deixar esse exemplar contigo, Presidente, para V. Exª dar uma olhada.

    O SR. PRESIDENTE (Dário Berger. Bloco Maioria/MDB - SC) – ... e, rapidamente, colaborar com V. Exª, reafirmando que tudo o que V. Exª falou é verdade.

    O SR. JORGE VIANA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - AC) – Obrigado.

    O SR. PRESIDENTE (Dário Berger. Bloco Maioria/MDB - SC) – V. Exª é um dos Senadores mais estimados nesta Casa. E mais empenhado também.

    O SR. JORGE VIANA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - AC) – Obrigado.

    O SR. PRESIDENTE (Dário Berger. Bloco Maioria/MDB - SC) – E, na Comissão de Orçamento, não foi só o empenho; o desempenho de V. Exª também foi muito importante. V. Exª sabe que eu tenho pelo senhor admiração, apreço.

    O SR. JORGE VIANA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - AC) – É recíproco, Senador.

    O SR. PRESIDENTE (Dário Berger. Bloco Maioria/MDB - SC) – O líder máximo que eu tinha, que era o Senador Luiz Henrique...

    O SR. JORGE VIANA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - AC) – Pois é, um grande amigo.

    O SR. PRESIDENTE (Dário Berger. Bloco Maioria/MDB - SC) – ... tinha adoração...

    O SR. JORGE VIANA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - AC) – Os senhores são do PMDB, são históricos, mas têm esse reconhecimento comigo, eu fico muito grato.

    O SR. PRESIDENTE (Dário Berger. Bloco Maioria/MDB - SC) – ... tinha adoração por V. Exª.

    O SR. JORGE VIANA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - AC) – E eu por ele também.

    O SR. PRESIDENTE (Dário Berger. Bloco Maioria/MDB - SC) – E então é com muito prazer que vejo essa prestação de contas, e eu tenho absoluta certeza de que o Acre vai saber reconhecer, no momento certo, o seu desempenho aqui no Senado Federal.

    O SR. JORGE VIANA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - AC) – Muito obrigado. Ouvir de V. Exª, Senador de Santa Catarina, do PMDB, colega aqui, essas palavras, me conforta e me estimula a trabalhar ainda mais.

    Obrigado, Senador Dário.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/06/2018 - Página 98