Discurso durante a 103ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Pesar pelo falecimento do Sr. Edson Machado Sousa.

Autor
Pedro Chaves (PRB - REPUBLICANOS/MS)
Nome completo: Pedro Chaves dos Santos Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Pesar pelo falecimento do Sr. Edson Machado Sousa.
Publicação
Publicação no DSF de 04/07/2018 - Página 46
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, MORTE, EDSON MACHADO DE SOUZA, ELOGIO, VIDA PUBLICA.

    O SR. PEDRO CHAVES (Bloco Moderador/PRB - MS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o nosso boa-tarde.

    É com imenso pesar que ocupo esta tribuna para compartilhar o falecimento de meu amigo Edson Machado de Sousa, ocorrido no dia 20 de junho, do corrente ano, aqui em Brasília.

    Edson morreu aos 78 anos, após uma vida dedicada à educação. Formado em Matemática, foi um intelectual brilhante e deixou um legado de conhecimentos após trabalhar em diversas instituições da capital, como o Ministério da Educação, a Secretaria da Educação Superior, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e foi Ministro do Ministério de Ciência e Tecnologia.

    Natural de Ponta Grossa, no Paraná, formou-se em Matemática, mas fez sua carreira acadêmica como professor e pesquisador do tema educação e planejamento. Foi professor na Faculdade de Filosofia do Paraná, professor no Departamento de Economia da Universidade de Brasília e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no curso de Especialização em Planejamento de Educação.

    Conheci Edson Machado no final da década de 1960, quando ele coordenava o Centro de Recursos Humanos do Ipea, onde eu também trabalhava como consultor. Logo nos tornamos muito amigos.

    Quando fui cursar o Mestrado em Economia no programa Fipe, da USP, ele me ajudou muito. Inclusive recomendou ao Prof. Marcos Pereira Vieira que me concedesse uma bolsa de estudo porque minhas pesquisas atendiam às demandas teóricas do Ministério do Planejamento.

    Terminei meu mestrado e voltei a Campo Grande para ajudar os meus irmãos a consolidar nosso projeto de ensino fundamental e médio na Escola Mace.

    Sempre em contato com meu amigo Edson Machado, acompanhei suas conquistas e sua brilhante trajetória em cargos cada vez mais importantes e desafiadores, tanto no Brasil como no exterior.

    Depois do Ipea, ele foi Diretor Nacional, no governo brasileiro, do Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD), no Projeto de Planejamento de Recursos Humanos, concomitantemente foi Secretário Executivo do Centro Nacional de Recursos Humanos da Secretaria de Planejamento da Presidência da República.

    Foi convidado a dirigir o Departamento de Assuntos Universitários do Ministério da Educação (DAU); a Secretaria de Educação do Paraná; a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); e a Secretaria de Ensino Superior do MEC.

    Ocupou o cargo de Secretário de Ciência e Tecnologia com prerrogativas de ministro, no governo do Presidente Fernando Collor, de 1991 a 1992, e foi Chefe de Gabinete do Ministro da Educação Paulo Renato, de 1995 a 2001.

    Edson Machado também contribuiu com a iniciativa privada por meio do Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), e como consultor na área de economia da Ergo – Consultoria Econômica e Estatística, importante empresa com sede no Rio de Janeiro.

    Na segunda metade da década de 70, eu e meus irmãos decidimos construir um Centro de Ensino Superior em Campo Grande, o Cesup, com uma estrutura moderna e focada no desenvolvimento das forças produtivas do sul de Mato Grosso.

    Como não tínhamos experiência com o ensino superior, procurei o meu amigo Edson Machado para me orientar. Ele foi receptivo, como sempre, e me indicou o caminho certo.

    Mais tarde, em 1996, também decidimos construir a Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (Uniderp). Mais uma vez, procuramos orientações do amigo Edson Machado, que se revelaram pontos importantes, fundamentais para o sucesso que alcançamos.

    Após sua aposentadoria do serviço público, Edson foi Diretor-Adjunto do Iesb, que, desde sua criação, em 1998, já preparou mais de 30 mil profissionais e cidadãos em Brasília.

    Edson deixa saudade, principalmente para os amigos e familiares. Ele deixa também um profundo vazio no campo da educação superior nacional. Sua importância para a educação brasileira será sentida por muitos e muitos anos. Seu legado no ensino superior é reconhecido por todos que acreditam na força transformadora da educação.

    Que Deus o coloque em lugar de luz e de paz.

    Eu e minha esposa, Reni Domingos dos Santos, enviamos nossas condolências à família enlutada e aos amigos, neste momento de saudade e de muita dor.

    O Edson, na verdade, é um ícone da educação brasileira. Graças a ele, muitas mudanças foram feitas, e o ensino superior realmente encontrou o seu verdadeiro caminho.

    Um abraço saudoso a toda a família, mais uma vez.

    Obrigado pela oportunidade.

    Um abraço.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 04/07/2018 - Página 46