Pela Liderança durante a 112ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Comentário sobre a importância da construção da Ferrovia do Centro-Oeste para o escoamento e exportação de grãos, que poderá atingir 70 milhões de toleladas até 2020.

Autor
Rodrigues Palma (PR - Partido Liberal/MT)
Nome completo: Manoel Antônio Rodrigues Palma
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
TRANSPORTE:
  • Comentário sobre a importância da construção da Ferrovia do Centro-Oeste para o escoamento e exportação de grãos, que poderá atingir 70 milhões de toleladas até 2020.
Publicação
Publicação no DSF de 10/08/2018 - Página 26
Assunto
Outros > TRANSPORTE
Indexação
  • COMENTARIO, IMPORTANCIA, INVESTIMENTO, CONSTRUÇÃO, FERROVIA, CERRADO, ORIGEM, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), LIGAÇÃO, DISTRITO FEDERAL (DF), ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), MOTIVO, NECESSIDADE, ESCOAMENTO, PRODUÇÃO, GRÃO, AGRICULTURA, REGIÃO.

    O SR. RODRIGUES PALMA (Bloco Moderador/PR - MT. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, meu amigo, companheiro José Medeiros, Srs. Senadores e Srªs Senadoras aqui presentes, telespectadores da TV Senado e ouvintes da Rádio Senado, eu quero, Medeiros, falar aqui, um pouco, sobre a importância de um pedido que foi feito, outro dia, ao Ministério dos Transportes, que é a abertura do procedimento de manifestação do interesse público da ferrovia do cerrado, que está no Plano Nacional de Viação, identificada como EF-262. É um trecho de 671km entre Alto Araguaia, em Mato Grosso, e Uberlândia, em Minas Gerais.

    Essa ferrovia teve seu traçado proposto originalmente no Projeto Ferronorte, em 1989, e deveria funcionar como eixo transversal estruturador do transporte ferroviário na região central do País. Tudo isso para apoiar o agronegócio e a agroindústria no Centro-Oeste brasileiro.

    Senhoras e senhores, sabemos que o modal de transporte ferroviário é pouco explorado no Brasil. No entanto, faz-se cada vez mais pertinente investimento para expansão da nossa malha ferroviária, como alternativa real e eficaz para o escoamento da produção agrícola. Temos uma perspectiva de que, apenas em Mato Grosso, as exportações de grãos atinjam 70 milhões de toneladas até 2020.

    A ferrovia do cerrado seria uma alternativa importante para esse escoamento, pois une o sul do Estado com Uberlândia e dali, até o Porto de Vitória. Esse traçado passa em locais de alta produção em Mato Grosso e Goiás e agrega muita carga, além de passar em um grande centro atacadista de concentração e distribuição de carga, que são as cidades de Uberlândia e Uberaba. Uma vez implantada, essa ferrovia transportará tranquilamente de 8 a 12 milhões de toneladas de carga por ano.

    O grande diferencial desse trecho proposto, Sr. Presidente, é que, em termos comparativos com outras ferrovias, o custo de implantação é muito competitivo, pois ela corre basicamente em planalto. Além disso, não atravessa nenhuma reserva indígena ou reserva ambiental, o que facilita sobremaneira o licenciamento ambiental.

    Srªs e Srs. Senadores, é muito importante o apoio desta Casa na busca de novos modais de transportes que não o rodoviário, até mesmo para que Governo e população não se vejam novamente reféns de um setor que hoje é responsável por mais de 80% do transporte de carga no Brasil e para que não fiquem naquela situação que aconteceu com a greve dos caminhoneiros no primeiro semestre deste ano.

    A Ferrovia do Centro-Oeste será um grande passo e uma alternativa viável para o comércio intrarregional e externo, através do acesso ao Complexo Portuário de Vitória, para o excedente da produção de graneis agrícolas produzidos em Mato Grosso e a carga do valor agregado do sudoeste goiano reunida em torno de Rio Verde, considerando as dificuldades de atendimento dos portos do Sul e Sudeste.

    Sr. Presidente, nessa mesma perspectiva de buscar alternativas viáveis para o escoamento da safra no Centro-Oeste, temos a EF-364 – que também foi motivo de um pedido de liberação para abertura de procedimento de interesse público –, que faz a ligação Rondonópolis ao Porto de Santos, que é a Ferrovia Vicente Vuolo. Para finalizá-la, falta a extensão até Cuiabá.

    A chegada dessa ferrovia ao Distrito Industrial da capital possibilitará a captação de grãos dos Municípios de Diamantino, Campo Verde e Primavera do Leste, que são Municípios altamente produtores de grãos. A construção do trecho da EF-364 entre Rondonópolis e Cuiabá e, posteriormente, do trecho da EF-170, Santarém-Cuiabá, com 1,8 mil quilômetros, possibilitará a ligação de norte a sul do Estado de Mato Grosso por ferrovias.

    Isso é o Brasil rumo ao futuro, senhoras e senhores.

(Soa a campainha.)

    O SR. RODRIGUES PALMA (Bloco Moderador/PR - MT) – O sucesso e o crescimento da produção agrícola passam, necessariamente, pela logística de transporte. E, quanto mais alternativas tivermos, melhor será o nosso desempenho.

    Obrigado, Sr. Presidente, por me ter dado a oportunidade de trazer ao conhecimento do Brasil que uma ferrovia desse porte em Mato Grosso é de extrema importância não só para Mato Grosso, mas para o Estado brasileiro.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/08/2018 - Página 26