Comunicação inadiável durante a 111ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Reflexões quanto à decisão do governo norte-americano em transferir a Embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalém e reconhecer essa cidade como a capital de Israel.

Comentários sobre decisões judiciais favoráveis a S. Exª.

Autor
Valdir Raupp (MDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Valdir Raupp de Matos
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
POLITICA INTERNACIONAL:
  • Reflexões quanto à decisão do governo norte-americano em transferir a Embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalém e reconhecer essa cidade como a capital de Israel.
PODER JUDICIARIO:
  • Comentários sobre decisões judiciais favoráveis a S. Exª.
Publicação
Publicação no DSF de 09/08/2018 - Página 17
Assuntos
Outros > POLITICA INTERNACIONAL
Outros > PODER JUDICIARIO
Indexação
  • ANALISE, DECISÃO, TRANSFERENCIA, EMBAIXADA, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA), TEL AVIV, DESTINO, JERUSALEM.
  • COMENTARIO, DECISÃO JUDICIAL, VOTO FAVORAVEL, ORADOR.

    O SR. VALDIR RAUPP (Bloco Maioria/MDB - RO. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Senador Antonio Carlos Valadares, Srªs e Srs. Senadores, senhoras e senhores ouvintes da Rádio Senado, telespectadores da TV Senado, minhas senhoras e meus senhores, no final do ano passado, o Presidente norte-americano, Donald Trump, reconheceu Jerusalém como a capital de Israel e anunciou que transferiria a Embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalém nos meses seguintes.

    A notícia, Sr. Presidente, provocou fortes ondas de protesto ao redor do mundo, mas também de apoio à decisão do Presidente Trump, que cumpriu o prometido em maio deste ano, quando a Embaixada foi inaugurada no mesmo espaço antes ocupado pelo Consulado dos Estados Unidos em Jerusalém.

    É inegável que a geopolítica daquela região é uma das mais complexas do mundo. São conflitos que misturam dimensões territoriais, étnicas, culturais, econômicas e religiosas de dificílima solução. Uma mudança de postura desta magnitude, por parte do governo norte-americano, concordemos ou não com ela, tem consequências de curto e longo prazo ainda desconhecidas, pois é grande o potencial de acirramento dos conflitos na região, como já se pôde perceber pelos protestos e confrontos que aconteceram no dia da inauguração da Embaixada.

    Porém, não é com receio do futuro que se estabelecem avanços. Não podemos deixar de registrar, em primeiro lugar, a coragem da atitude dos Estados Unidos da América em apoiar o pleito israelense nessa questão. São países irmãos que se apoiaram em vários momentos da história e que guardam uma relação de amizade e cooperação em vários níveis – do cultural ao militar.

    A decisão do Presidente Trump deve ser entendida, desse ponto de vista, como um estreitamento ainda maior da relação entre Estados Unidos e Israel, já que Jerusalém representa para o povo israelense muito mais do que uma cidade: é o próprio cerne de sua identidade enquanto coletividade cultural e religiosa – principalmente religiosa.

    A noção de que um Estado soberano como Israel tem a prerrogativa de determinar, dentro de seu território, sua própria capital é perfeitamente defensável, e assim pensa também o Presidente Donald Trump.

    Em segundo lugar, é importante registrar que os Estados Unidos não estão isolados nessa movimentação. Guatemala, Honduras e Paraguai, entre outras nações, também avançam na transferência de suas embaixadas de Tel Aviv para Jerusalém, e outros países estudam seriamente essa possibilidade. Entre eles, inclusive, se inclui o Brasil. Por que não o Brasil? Vários grupos vêm se manifestando favoravelmente à transferência da Embaixada brasileira em Israel para Jerusalém. Evidentemente, organizações judaicas e sionistas, como a Confederação Israelita do Brasil e a Associação Sionista Brasil-Israel, são favoráveis à transferência, e nada mais natural que elas se manifestem publicamente a favor dessa tendência.

(Soa a campainha.)

    O SR. VALDIR RAUPP (Bloco Maioria/MDB - RO) – Mas cresce também, Sr. Presidente, o número de apoiadores entre pessoas e grupos não necessariamente vinculados à causa israelense, como é o caso de importantes grupos evangélicos em todo o Brasil.

    Na Câmara dos Deputados, vários Parlamentares do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Israel já se organizam para pressionar o governo brasileiro a seguir o exemplo do Presidente Donald Trump, e, em Rondônia, diversas lideranças religiosas e políticas têm manifestado a mim o apoio ao reconhecimento de Jerusalém como capital israelense e a defesa da transferência da nossa Embaixada para aquela cidade, o que é por mim defendido, pois, conforme está nas Escrituras, foi lá onde o primeiro foi constituído pelo Rei Salomão...

(Interrupção do som.)

(Soa a campainha.)

    O SR. VALDIR RAUPP (Bloco Maioria/MDB - RO) – Dois minutinhos, se fosse possível.

    E onde a história do povo judeu começou.

    Eu creio, Sr. Presidente, que se aproxima o momento em que teremos que nos posicionar sobre esse tema, que, embora envolva uma região geograficamente distante de nós, é muito presente para milhares ou milhões de brasileiros.

    Que tenhamos a sabedoria de tomar a decisão correta de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, e que ela contribua para mais um passo na direção da pacificação daquela região, que, para nós, cristãos, representa os próprios pilares da nossa fé.

    Sr. Presidente, como ainda tenho agora, com a generosidade de V. Exª, um minuto, eu gostaria... Não sei se vou poder falar aqui, como o Senador Paim bem falou, antes das eleições...

(Soa a campainha.)

    O SR. VALDIR RAUPP (Bloco Maioria/MDB - RO) – ... antes do dia 7 de outubro. Espero que sim, que tenhamos ainda alguns esforços concentrados, para que possamos aqui votar projetos importantes para o País.

    Mas quero pedir a Deus que nos ilumine nesta caminhada, uma caminhada difícil, talvez uma das mais difíceis da nossa história, talvez, pelo menos para mim, uma das mais difíceis, devido às injustiças, às perseguições que tive nos últimos três, quatro anos.

    Mas, graças ao bom Deus, graças à generosidade de Deus e à justiça também daqueles brasileiros que estão hoje investidos nos tribunais superiores, estão chegando à conclusão de que nada devemos. E eu tenho tido sucessivas vitórias através dos nossos apelos principalmente a Deus. E que a Justiça realmente faça justiça no nosso País. Eu tenho tido, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, sucessivas vitórias na Justiça brasileira. E, assim, espero, confiando em Deus...

(Interrupção do som.)

    O SR. VALDIR RAUPP (Bloco Maioria/MDB - RO) – ... com a generosidade do nosso povo... (Fora do microfone.) que a gente possa prosseguir com mais uma caminhada lá no meu Estado, o Estado de Rondônia. Que essa seja a vontade soberana de Deus e do nosso povo, o povo do Estado de Rondônia.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/08/2018 - Página 17