Discurso durante a 118ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Considerações sobre os trinta anos da Constituição Federal e apoio à eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República.

Autor
Raimundo Lira (PSD - Partido Social Democrático/PB)
Nome completo: Raimundo Lira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS:
  • Considerações sobre os trinta anos da Constituição Federal e apoio à eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República.
Publicação
Publicação no DSF de 10/10/2018 - Página 35
Assunto
Outros > ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS
Indexação
  • COMENTARIO, ANIVERSARIO, CONSTITUIÇÃO FEDERAL, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, ELABORAÇÃO, ELOGIO, POPULAÇÃO, REGIÃO NORDESTE, DECISÃO, VOTO, CANDIDATO, ELEIÇÃO.

    O SR. RAIMUNDO LIRA (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - PB. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Senador Hélio José, Sras. e Srs. Senadores, quero, nesta oportunidade, inicialmente, lamentar o fato de V. Exa. não ter sido eleito Deputado Federal, apesar do trabalho constante, permanente, ao longo destes quatro anos de mandato. Mas as eleições de 2018 foram eleições diferentes. Portanto, temos que aceitar a forma como o eleitor escolheu os seus candidatos.

    Quero falar aqui da nossa Constituição, que completou agora, em outubro, 30 anos. E eu quero dizer que fui Senador Constituinte, que participei da elaboração desta nossa Constituição. Apresentei 22 emendas e aprovei 11 emendas, das 22 emendas apresentadas.

    Confesso que não saí satisfeito com a elaboração da Constituição. Acho que nós fizemos uma escolha que não foi das melhores. Escolhemos um modelo português. Naquela época, a Constituição portuguesa já estava impondo a Portugal 11 anos de recessão. Mas o fato é que já fizemos 99 emendas. Portanto, esta Constituição não pode mais ser substituída por outra Constituição. Então, ela está amadurecendo.

    À proporção que o tempo vai passando, as emendas vão sendo apresentadas, e não temos por que fazer comparação com os Estados Unidos, que têm uma Constituição com 229 anos e apenas 23 emendas. A nossa Constituição é uma Constituição longa, detalhada, diferentemente da Constituição americana, que é uma Constituição extremamente pequena e reduzida, em que, portanto, não cabem muitas emendas.

    Então, era essa a avaliação que eu queria fazer aqui para todos.

    E quero aproveitar para agradecer ao povo nordestino, que, nessas eleições, escolheu de forma independente, de forma coerente, os seus candidatos.

    E aqui eu falo em nome do candidato Jair Bolsonaro, que nas capitais teve um resultado extraordinário. Em Recife, Bolsonaro teve 43% dos votos contra 30% de Haddad; em Salvador, Haddad teve 47% e Bolsonaro 28%; em Aracaju, Bolsonaro 40% e Haddad 28%; em Maceió, Bolsonaro 53% e Haddad 24%; em Natal, Bolsonaro 45% e Ciro Gomes 25%; em Fortaleza, Ciro 40% e Bolsonaro 34%. E na minha terra, Campina Grande, Bolsonaro tirou mais de 50% dos votos válidos. Portanto, eu quero agradecer aos nordestinos o seu voto, a sua decisão, o seu empenho, e, com certeza, essas capitais vão influenciar, de forma positiva, as cidades do interior do Nordeste brasileiro.

    Quero também dizer aqui o seguinte: que o décimo terceiro e as férias são absolutamente intocáveis. Ninguém tem o direito de mexer com esses direitos do trabalhador, e o Presidente Bolsonaro tem reafirmado que, em função de o décimo terceiro estar nas cláusulas pétreas, não pode ser mexido e, portanto, é uma coisa, é um assunto que não deve ser mais usado por nenhum dos companheiros, por nenhum dos candidatos.

    Eram essas as palavras, as poucas palavras que eu queria dizer aqui, e reafirmar que o décimo terceiro não vai ser mexido de maneira nenhuma, e dizer que nós estamos aí, nessa votação do dia 28.

    Temos dois modelos distintos: um modelo capitalista, de livre mercado, em que o Brasil vai procurar fazer acordo com todos os países, independentemente da cor ideológica, e, do outro lado, nós temos um tipo de governo mais ligado à força do Estado. Então, são duas correntes diferentes. Uns defendem uma, outros defendem a outra.

    Eu sou defensor da corrente do liberalismo, que é o que deu certo no mundo, o que deu certo para a Alemanha, o que deu certo para a Inglaterra, o que deu certo para a Austrália, o que deu certo para o Canadá, o que deu certo para os Estados Unidos, o que tem dado certo para a Coreia do Sul, para a Nova Zelândia... Enfim, para esse mundo de países em que o capitalismo tem dado bons resultados.

    Então, essas são as colocações que eu queria fazer, e quero agradecer, naturalmente, ao Senador Hélio José, pelo tempo que V. Exa. me destinou.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/10/2018 - Página 35