Discurso durante a 119ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Agradecimento ao povo do Estado do Amapá (AM) pelos votos recebidos e pela possibilidade de participação no segundo turno da eleição para o governo daquele Estado.

Autor
João Capiberibe (PSB - Partido Socialista Brasileiro/AP)
Nome completo: João Alberto Rodrigues Capiberibe
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS:
  • Agradecimento ao povo do Estado do Amapá (AM) pelos votos recebidos e pela possibilidade de participação no segundo turno da eleição para o governo daquele Estado.
Publicação
Publicação no DSF de 11/10/2018 - Página 35
Assunto
Outros > ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS
Indexação
  • AGRADECIMENTO, POVO, ESTADO DO AMAPA (AP), MOTIVO, VOTO, CANDIDATO, ORADOR, RESULTADO, POSSIBILIDADE, PARTICIPAÇÃO, SEGUNDO TURNO, DISPUTA, CARGO, GOVERNADOR, CRITICA, INJUSTIÇA, DECISÃO, TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL (TRE), DECLARAÇÃO, NULIDADE.

    O SR. JOÃO CAPIBERIBE (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PSB - AP. Pela ordem.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, Sras. Senadoras, eu uso da palavra, neste momento, para agradecer ao nosso povo resistente, persistente, um povo de fé, que, independentemente da insegurança gerada por uma decisão do TRE no sábado da eleição, sufragou e confiou o seu voto para que nós pudéssemos estar no segundo turno neste momento - nós estamos disputando a eleição para o Governo do Amapá no segundo turno.

    Sr. Presidente, nós lideramos, durante todo o processo de campanha - todas as pesquisas nos colocavam como líder -, e a minha companheira de vida e luta, Deputada Federal Janete Capiberibe, seria eleita na segunda vaga para o Senado. No entanto, no sábado, o TRE do Amapá, sem nenhuma causa que justificasse, declarou os nossos votos nulos. Antes da eleição, nós fomos afastados do pleito, tanto eu como a candidata Janete ao Senado.

    Veja, Sr. Presidente, quando eu falo de eleitor resistente, eleitor persistente, eleitor de fé, é o meu eleitor, porque, mesmo sem ser candidato... Eu deixei de ser candidato no dia da eleição. Como é possível concorrer a uma eleição em que, na véspera, o Tribunal Regional Eleitoral declara nulos os seus possíveis votos que seriam colhidos no dia seguinte? Sr. Presidente, essa atitude, essa decisão é de uma injustiça profunda. Ela estilhaça a alma de quem passa por um momento tão injusto e deixa o cidadão impotente, porque você acredita na Justiça como a última instância a que você recorre pelos seus direitos. E, na verdade, essa injustiça veio de uma instância do Judiciário. Isto é o que mais dói: saber que uma instância do Judiciário, que deveria zelar pela Justiça, pelo direito e pela lei, toma uma decisão que intervém diretamente no processo democrático.

    O domingo foi um dia em que só se falava se eu e Janete éramos ou não candidatos. Nós tivemos que montar um sistema de comunicação em todo o Estado para se contrapor aos nossos adversários que espalharam, de ponta a ponta, que os nossos votos seriam anulados e que votar, sufragar os nossos nomes seria perda de tempo. De tal forma que nós perdemos em torno de 15% dos nossos votos.

(Soa a campainha.)

    O SR. JOÃO CAPIBERIBE (Bloco Parlamentar Democracia e Cidadania/PSB - AP) - Portanto, Sr. Presidente, eu queria registrar essa injustiça praticada por uma instância do Judiciário que interveio diretamente num processo eleitoral e na democracia.

    Eu espero que o Tribunal Superior Eleitoral reconheça a autoridade do povo do Amapá em escolher o seu Governador, em escolher aqueles que o representam. O povo já escolheu, já está definido quem está no segundo turno. E eu espero que isso seja respeitado em nome da democracia, em nome do povo do Amapá que nos escolheu para disputar esse segundo turno.

    Portanto, meus agradecimentos a esse povo resistente do Oiapoque ao Laranjal do Jari. Em todos os lugares, fizemos uma campanha belíssima, uma campanha com o povo na rua. Nós temos uma aliança profunda com o povo do Estado e agora nós estamos conversando com as Lideranças para que possamos engrossar com essa aliança popular e fazer o Amapá voltar a acontecer de novo, voltar a trilhar um caminho de desenvolvimento. Nós vamos industrializar o Amapá, nós vamos adensar as cadeias produtivas dos grãos - agora, nós somos produtores de milho e de soja - e aí vamos produzir a ração e adensar a cadeia agroalimentar. Esta é a minha proposta: desenvolver a indústria do Amapá para gerar 78 mil empregos, porque os nossos jovens estão aguardando ansiosos a partir do ano que vem.

    Vou estar na linha de frente nesses próximos dias, debatendo nosso programa de governo como fizemos no primeiro turno. Nada muda no segundo turno: vamos explicar detalhadamente cada passo que daremos para desenvolver o nosso Estado.

    Era isso, Sr. Presidente. Muito obrigado.

    E aqui vai, mais uma vez, meu agradecimento ao povo do Amapá.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/10/2018 - Página 35