Discurso durante a 120ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Regozijo pelo aniversário de 154 anos de emancipação política da cidade de Campina Grande (PB), com destaque para o desenvolvimento da economia, da educação e do turismo do município.

Agradecimento à população de Campina Grande (PB), pela excepcional votação ao candidato Jair Bolsonaro, sendo mais de 50% dos votos da capital.

Autor
Raimundo Lira (PSD - Partido Social Democrático/PB)
Nome completo: Raimundo Lira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Regozijo pelo aniversário de 154 anos de emancipação política da cidade de Campina Grande (PB), com destaque para o desenvolvimento da economia, da educação e do turismo do município.
ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS:
  • Agradecimento à população de Campina Grande (PB), pela excepcional votação ao candidato Jair Bolsonaro, sendo mais de 50% dos votos da capital.
Aparteantes
Ana Amélia.
Publicação
Publicação no DSF de 12/10/2018 - Página 6
Assuntos
Outros > HOMENAGEM
Outros > ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, CAMPINA GRANDE (PB).
  • AGRADECIMENTO, POPULAÇÃO, CAMPINA GRANDE (PB), MOTIVO, VOTAÇÃO, ELEIÇÃO, CANDIDATO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, JAIR BOLSONARO.

    O SR. RAIMUNDO LIRA (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - PB. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Senador Presidente, Sras. e Srs. Senadores, caros e caras ouvintes da Rádio Senado e telespectadores da TV Senado, hoje, 11 de outubro, a minha querida Campina Grande, a Rainha da Borborema, completa 154 anos de emancipação política. Esta cidade, como todos já sabem, tem um lugar especialíssimo no meu coração: foi onde meus pais passaram a residir em 1960, onde vivi a maior parte da minha vida e constituí minha família.

    Casei-me com a campinense Gitana Maria da Silveira Figueiredo, Professora Titular da Universidade Federal da Paraíba, filha do saudoso Bento Figueiredo, agropecuarista e ex-Prefeito de Campina Grande. Gitana e eu somos pais de quatro filhos, também campinenses com muita honra: Rodolfo, Isabela, Eduardo e Rogério.

    Portanto, é natural que o aniversário de Campina Grande seja, para mim, um motivo de alegria e mais uma oportunidade, como faço todos os anos, para usar a tribuna do Senado Federal para homenageá-la.

    Neste aniversário, gostaria de destacar alguns aspectos que são muito importantes para Campina Grande e exemplos para as demais cidades do interior brasileiro.

    Em termos econômicos, é a segunda maior cidade da Paraíba e constitui-se em quase 15% do Produto Interno Bruto do Estado. Com uma população estimada em 420 mil habitantes, é a cabeceira de uma região metropolitana formada por dezenas de Municípios e com uma população superior a 1 milhão de habitantes. Os motores de seu crescimento são o comércio e a educação, destacando-se o importante polo tecnológico local.

    Já ocupei variados e importantes cargos de representação empresarial no meu Estado e no Brasil. Portanto, posso garantir, Sr. Presidente, que a economia local é marcada pela força e pelo dinamismo, superando os índices de crescimento regionais e nacionais.

    A vitalidade da economia, a existência de uma base educacional forte, o estímulo à inovação fizeram com que, ao longo dos anos, fosse constituído na região um importante e impressionante polo tecnológico – 71% das empresas do parque tecnológico da Paraíba são de Campina Grande.

    Ressalvo o fato de que gravitam em torno de Campina Grande 60 Municípios, o que a faz merecidamente receber o título de capital do interior do Nordeste.

    Campina Grande tornou-se um importante centro estudantil, contando com diversos estabelecimentos de capacitação de nível médio e escolas técnicas, além de dezenas instituições de ensino superior, entre elas quatro universidades, numa das quais, a Universidade Federal da Paraíba, atualmente Universidade Federal de Campina Grande, tive a oportunidade de me formar em Ciências Econômicas, no ano de 1968.

    Se a economia tem se destacado...

    O SR. PRESIDENTE (Hélio José. Bloco Maioria/PROS - DF) – Senhor orador, Senador Lira, queria destacar que sou um engenheiro eletricista. Campina Grande tem uma das melhores universidades de Engenharia Elétrica do Brasil. Conheço profundamente a capacidade tecnológica, a qual V. Exa. destaca aqui.

    Então, fico muito lisonjeado em poder presidir uma sessão em que o senhor homenageia uma cidade da importância de Campina Grande, reconhecendo fatos como esses.

    Obrigado e me desculpa pela interferência.

    O SR. RAIMUNDO LIRA (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - PB) – Muito obrigado, Senador Hélio José, pela sua interferência.

    Gostaria de conceder um aparte à Senadora, que agora está me pedindo.

    A Srª Ana Amélia (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RS) – Caro Senador Raimundo Lira, todos cantam a sua terra, e V. Exa., agora, está cantando a sua, falando sobre Campina Grande, uma cidade referência, não só reconhecidamente na região nordestina, mas o Brasil todo olha para Campina Grande e lembra das suas festas juninas. Mas não só isso: pela referência, pelas lideranças políticas que ali nasceram e se destacaram na política brasileira.

    Eu queria dizer que, como cidadã pessoense, porque, para minha honra, sou cidadã da capital João Pessoa – cidadã pessoense –, por iniciativa do Vereador Marco Antonio, do PHS, numa cerimônia em que esteve lá, para minha alegria, o Senador José Maranhão. E eu tive a alegria, lá, naquele momento, de perceber as identidades históricas entre o Rio Grande do Sul e a Paraíba e também de dizer ao senhor que eu quero conhecer Campina Grande.

    Então, parabéns. Eu me associo à homenagem que V. Exa. está prestando a toda a Paraíba, que tanto filhos ilustres deu para a história brasileira e, agora, para o Congresso Nacional, com três grandes Senadores que honram a tradição paraibana.

    Então, cumprimento o Senador Raimundo Lira.

    O SR. RAIMUNDO LIRA (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - PB) – Muito obrigado, Senadora Ana Amélia.

    V. Exa. será convidada para conhecer o São João da Paraíba logo mais. E quero dizer que, dos dois Senadores de Campina Grande aqui da Casa, Senador Cássio Cunha Lima e Senador Raimundo Lira, eu resolvi não concorrer às eleições, como fez V. Exa. O Senador Cássio concorreu, não teve sucesso, mas foram eleitos dois Senadores de Campina Grande, o Senador Veneziano Vital do Rêgo e a Senadora Daniella Ribeiro. Portanto, Campina Grande continua com representação robusta aqui nesta Casa.

    Se a economia tem se destacado nacionalmente, o outro pilar do desenvolvimento campinense é a educação.

    Hoje, Campina Grande é considerada uma referência na pós-graduação, notadamente na área da tecnologia, como falou V. Exa., Senador Hélio José. Exporta alunos para empresas de várias partes do mundo, tem uma incubadora de empresas nas diversas áreas da tecnologia e é uma exportadora de programas para computador. A cidade foi destaque na revista americana Newsweek, como o mais importante polo de produção tecnológica da América do Sul e um dos dez mais importantes do mundo.

    Apontada como uma das 20 metrópoles brasileiras do futuro, a cidade tem aparecido em posição de destaque em rankings que quase estabelecem as melhores localidades para trabalhar e desenvolver uma carreira em nosso País.

    O turismo também brilha no quadro da economia campinense, contando com um calendário de eventos que movimenta o setor de serviços e a economia, sobretudo nos festejos juninos de São João e São Pedro, entre os meses de junho e julho.

    A festa atrai mais de 2 milhões de pessoas, gerando um impacto financeiro da ordem de R$240 milhões, segundo dados divulgados pelo Ministério do Turismo. Campina Grande tem o título de "O maior São João do mundo".

    No aniversário dessa grande cidade, quero, mais uma vez mais, expressar toda a minha admiração, o meu carinho, a minha gratidão por Campina Grande e pelo seu povo trabalhador, caloroso e muito empreendedor.

    Desejo a Campina Grande, ao seu povo, muito sucesso. Que se possa assegurar prosperidade para essa terra, que é motivo de muito orgulho para todos os paraibanos e para o Brasil.

    Muito obrigado.

    Mas eu queria aproveitar ainda a oportunidade para agradecer Campina Grande pela excepcional votação que teve no dia 7 de outubro, em que deu ao candidato Jair Bolsonaro mais de 50% dos votos, a exemplo da capital, que também deu 50% dos votos a Jair Bolsonaro. Portanto, eu quero agradecer à Paraíba, dizer que essas duas grandes metrópoles vão, com certeza, influenciar o voto das cidades do interior, porque o interior, à medida que visualizar essa votação expressiva da capital, vai também dar uma votação expressiva a Bolsonaro. Portanto, eu quero não só agradecer a Campina e a João Pessoa, mas também agradecer ao povo nordestino, que, das nove capitais, cinco capitais deram a vitória a Jair Bolsonaro nessas eleições de 7 de novembro.

    É uma situação em que o Nordeste merece ser, portanto, agradecido, porque deu ao candidato opositor ao Bolsonaro 10 milhões de votos a menos do que teve o candidato do PT nas últimas eleições, no primeiro turno.

    Com a palavra a Senadora Ana Amélia.

    A Srª Ana Amélia (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RS) – Senador Raimundo Lira, esses dados derrubam um pouco a narrativa de que o Nordeste todo é petista. Esses números são muito expressivos para revelar uma nova realidade e o desejo do eleitorado da região nordestina, beneficiada por programas sociais, que continuarão – sem dúvida, qualquer governo responsável manterá, por exemplo, o Bolsa Família e outros programas que são importantes para a população mais vulnerável.

    Quero dizer também que V. Exa. fez uma referência sobre a composição aqui, no Senado Federal, da representação de Campina Grande, especificamente. Daniella Ribeiro é do meu partido, do Progressista, do 11, e ela, irmã do Ministro, Deputado Federal Aguinaldo Ribeiro, também terá um papel relevante. Ela entra na cota da representação feminina, e é importante que mais mulheres entrem para o Congresso Nacional, seja no Senado, seja na Câmara Federal, seja nas assembleias legislativas, como pode se ver a votação que teve a Advogada Janaína Paschoal, que liderou aqui.

    Uso esse aparte porque V. Exa. presidiu precisamente a Comissão Especial do Impeachment no Senado Federal, e eu tive participação direta e pude testemunhar a isenção republicana e a condução que V. Exa. fez naquele momento crucial da vida nacional. Estávamos trabalhando no estrito limite da Constituição. Nós fizemos aquilo que a Constituição, o termo constitucional determinava. Então, V. Exa. pode, de cabeça erguida, dizer: "Eu cumpri o meu dever, respeitando a Constituição." E agora a gente pode perceber que as coisas estão mudando, e, nesse cenário, com esses números, V. Exa. agora acaba de reafirmar que o eleitor sabe distinguir aquilo que é paternalismo daquilo que pode ser uma realidade melhor para a vida dos nordestinos.

    Parabéns pelo pronunciamento.

    O SR. RAIMUNDO LIRA (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - PB) – Muito obrigado, Senadora Ana Amélia.

    Mas, antes de concluir o meu pronunciamento, eu gostaria de dizer que, no dia 9 de novembro de 1989, na queda do muro de Berlim, quando milhões de pessoas saíram de carro ou a pé dos países da cortina de ferro, especialmente da Alemanha Oriental, naquele momento, eu pensei, eu disse: o Brasil está isento de virar novamente, como aconteceu em 1964, uma república comunista. E eu pensei, no íntimo da minha mente, que, por mais que a pessoa não goste de liberdade de imprensa, por mais que a pessoa não goste de liberdade das outras pessoas, jamais surgiriam com uma nova ideia de querer transformar o País em país comunista. E nós estamos vendo o que está acontecendo com a Venezuela.

    E o Lenin dizia: "Quando você quiser acabar com a democracia, você fale sobre democracia, você fale, insistentemente, de manhã, à tarde e à noite, em democracia, na defesa da democracia." E, aí, nós temos aqui dois exemplos que são importantes nessa teoria: a República comunista da Alemanha, que foi uma das repúblicas do comunismo mais fechado, que tinha uma cortina de ferro, um muro de concreto de 160km, mais um muro de arame farpado, mais outra cerca, com 30 mil soldados revezando a fiscalização desse trecho, para não deixar as pessoas passarem, com mais milhares de cachorros cuidando disso... E como era o nome da República? Era República Democrática Alemã! República Democrática Alemã. Então, isso mostra exatamente o uso da palavra democracia numa ditadura de esquerda de extrema violência. E como é o nome da República da Coreia do Norte? É República Popular Democrática da Coreia! República Popular Democrática da Coreia. O que é que tem de democrática a Coreia do Norte? O que é que tem de popular a República da Coreia do Norte? Não tem nada! Então, eles usam a palavra "democrática" de uma forma, assim, para enganar as pessoas.

    E o que nós verificamos hoje na Venezuela, o que aconteceu na Venezuela foi exatamente o socialismo cultural.

    Começou destruindo todas as estruturas culturais, sejam de famílias, sejam religiosas... E a Venezuela, que era o país mais progressista, mais rico da América Latina, hoje é um país absolutamente miserável, em que apenas 2% ou 3% formam a elite dirigente da Venezuela. O salário médio da Venezuela, hoje, é em torno de US$4; ou seja, menos de R$16, em torno de R$15. Os venezuelanos diminuíram em média 11kg, por falta de comida. A inflação deste ano vai ser de um 1.390.000% – 1.390.000%! E o FMI está dizendo que, se não houver nenhuma mudança na estrutura econômica da Venezuela, a próxima inflação, de 2019, vai ser de 3 milhões – 3 milhões! –, portanto, uma inflação absolutamente brutal, em que a moeda se desvaloriza minuto a minuto.

    Então são essas coisas que eu gostaria aqui de citar, para que nós estivéssemos atentos à defesa da democracia em nosso País.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/10/2018 - Página 6