Discurso durante a 120ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Registro do dia de São Francisco de Assis, comemorado em 4 de outubro.

Agradecimentos ao eleitorado de S. Exª , candidato a Deputado Federal pelo Distrito Federal (DF), pelos votos recebidos.

Registro do dia de Nossa Senhora de Aparecida, comemorado em 12 de outubro.

Críticas a Jair Bolsonaro, candidato a Presidência da República.

Autor
Hélio José (PROS - Partido Republicano da Ordem Social/DF)
Nome completo: Hélio José da Silva Lima
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Registro do dia de São Francisco de Assis, comemorado em 4 de outubro.
ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS:
  • Agradecimentos ao eleitorado de S. Exª , candidato a Deputado Federal pelo Distrito Federal (DF), pelos votos recebidos.
HOMENAGEM:
  • Registro do dia de Nossa Senhora de Aparecida, comemorado em 12 de outubro.
ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS:
  • Críticas a Jair Bolsonaro, candidato a Presidência da República.
Publicação
Publicação no DSF de 12/10/2018 - Página 14
Assuntos
Outros > HOMENAGEM
Outros > ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS
Indexação
  • REGISTRO, FERIADO RELIGIOSO, SANTO PADROEIRO, MEIO AMBIENTE.
  • AGRADECIMENTO, VOTO, ELEITOR, DISTRITO FEDERAL (DF), DESTINATARIO, ORADOR, CANDIDATO, DEPUTADO FEDERAL, CRITICA, CANDIDATO ELEITO, POSIÇÃO.
  • REGISTRO, FERIADO RELIGIOSO, SANTO PADROEIRO, NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO.
  • CRITICA, JAIR BOLSONARO, CANDIDATO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, MOTIVO, DISCRIMINAÇÃO, POSIÇÃO, OPOSIÇÃO, MULHER, APOIO, DITADURA, DEFESA, GESTÃO, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA, SOLICITAÇÃO, AUXILIO, CONFERENCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL (CNBB), CONSELHO NACIONAL, PASTOR, ORIENTAÇÃO, POPULAÇÃO.

    O SR. HÉLIO JOSÉ  (Bloco Maioria/PROS - DF. Pronuncia o seguinte discurso.) – Meu nobre Senador Paulo Paim, eu agradeço imensamente ao Rio Grande do Sul e a Deus por terem permitido a permanência do senhor nesta Casa. Pelo menos, parte da garantia dos direitos democráticos, das pessoas e do bom senso, eu sei que permanecem nesta Casa.

    Que Deus abençoe o senhor na nova caminhada que se iniciará a partir do dia 2 de fevereiro, no novo mandato. O povo lhe deu a garantia de estar aqui, representando todos nós, todas as diversidades e todas as pessoas que têm opiniões, de fato, democráticas – com D, E, M, O, C, R, A, T, I, C, A, maiúsculas, e não minúsculas, começando pelo D. Então, que Deus ilumine o senhor nessa caminhada!

    Quero cumprimentar o nosso povo brasileiro que nos ouve pela TV Senado, cumprimentar a população do Distrito Federal, cumprimentar todos os colegas Senadores e Senadoras.

    Inicialmente, meu nobre Senador, no meu pronunciamento, quero dizer que o dia 4 de outubro, que passou nesta semana, foi o Dia de São Francisco, o exemplo da humildade, o exemplo daquele que soube abrir mão do salto alto, da riqueza, dos interesses individuais, que soube abrir mão da nobreza para dar comida, paz e espaço aos desassistidos, aos descamisados, aos animais, às pessoas. Então, São Francisco é um exemplo para todos nós.

    Todo dia 4 de outubro o mundo celebra São Francisco de Assis, padroeiro do meio ambiente, quando se comemora o dia dos animais. A defesa dos animais e da natureza tem sido uma bandeira muito destacada no meu mandato, a ponto de termos sido promotores do lançamento de um selo dos Correios em homenagem à causa, no último mês de março.

    Naquela oportunidade, salientei o ganho de importância que a defesa dos animais tem experimentado, ano a ano, no mundo inteiro, com o Brasil em posição de vanguarda. Várias palavras eu poderia dizer sobre São Francisco, mas só quero que fique o seu exemplo: a humildade, a humanidade e a defesa aos nossos animais, aos direitos dos animais, sobre os quais falarei mais em outro momento.

    Meu nobre Presidente, amanhã é Dia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a padroeira do nosso País, a padroeira do Brasil. Nossa Senhora da Aparecida, que apareceu, em São Paulo, para pescadores humildes e famintos, e que vem ser consagrada a padroeira da nossa Pátria, por representar também todos os desígnios cristãos. Eu sou cristão. Como cristão, eu não poderia deixar de dizer da importância de Nossa Senhora Aparecida.

    Eu queria aproveitar a oportunidade para fazer um agradecimento e um apelo.

    O agradecimento vai, em primeiro lugar, meu nobre Presidente, para os 16.529 mil eleitores do Distrito Federal que apoiaram a minha candidatura a uma vaga na Câmara dos Deputados, como um que acabei de encontrar ali, com a sua colinha toda amassadinha, mas que fez questão de me mostrar. Está lá 9090, que era o meu número, e um outro candidato, lá na cédula dele, que ele fez questão de mostrar. Então, tenho um agradecimento muito grande.

     Nesta Casa aqui eu sei que os servidores, sejam da limpeza, sejam do nosso meio aqui, de apoio administrativo, sejam os servidores públicos concursados do Senado, todos que me conheceram no dia a dia, em sua maioria absoluta, votaram comigo. Eu não tenho dúvida disso e agradeço profundamente a todos que, eu sei, ficaram na contabilidade desses 16.529 mil votos.

    Então, queria agradecer a todos pela confiança e pelo voto. Receba, cada um, o meu afetuoso abraço, o meu muito obrigado. Não foi desta vez, mas a minha luta e o meu compromisso com o DF, com certeza, continuam, indiscutivelmente.

    Agradeço também, meu nobre Presidente, muito especialmente, a todos os que participaram ativamente da minha campanha e aos muitos que conheci e com quem pude interagir ao longo de todo esse processo. Aprende-se muito no corpo a corpo da disputa eleitoral. Tudo isso nos fortalece e nos torna mais determinados.

    O meu muito obrigado a todos vocês que reconheceram, acompanharam e acreditaram no meu trabalho ético, rente, em defesa do trabalhador, em defesa das coisas corretas, contra a corrupção, contra os maus feitos e contra qualquer tipo de boquinha, porque a turma da boquinha tem de ser presa pela Lava Jato e fazer tudo para pagar os crimes que comete contra o nosso País e contra o nosso povo.

    Lamentavelmente, Brasília optou por uma Bancada totalmente atípica – já falei e não vou repetir – , conservadora e contra, na maioria, esses princípios. Lamento, mas foi uma opção democrática, com D maiúsculo, que nós respeitamos. Não tem problema.

    Como dizia, meu nobre Presidente, amanhã é Dia de Nossa Senhora Aparecida. A data assinala não apenas a consagração da Basílica de Aparecida, em 1980, pelo Papa João Paulo II, mas sobretudo a descoberta, em 1717, nas águas do Rio Paraíba do Sul, primeiro do corpo e depois da cabeça da pequena imagem, de terracota, de Nossa Senhora da Conceição, imagem que, durante os últimos três séculos, vem sendo reverenciada, no alto do Morro dos Coqueiros, ao oferecer alívio para os que sentem dor, consolo para os que precisam de abrigo, esperança para os que precisam de fé.

    Esse é o princípio democrático que nós aqui usamos, Sr. Presidente. O Brasil que sai desta última eleição precisa de tudo, senhoras e senhoras: precisa de alívio, precisa de abrigo, precisa de fé. Por isso, faço este pronunciamento em homenagem a dois santos da humildade: São Francisco e Nossa Senhora Aparecida.

    Assim como a imagem de Nossa Senhora da Conceição, aparecida das águas, o Brasil que emergia das urnas, no último domingo, é um País divido ao meio, meu nobre Presidente. Quantas amizades não se desfizeram no calor de uma das disputas políticas mais polarizadas de nossa história? Quantos irmãos não vêm deixando de falar com irmãos por uma disputa totalmente atípica? Quantos amigos de longa data não vêm trocando insultos em nome de candidatos que conheceram ontem, e não em nome de uma vida inteira que a família representa?

    Que Nossa Senhora Aparecida possa restaurar a paz e a fraternidade entre todos esses corações. Que nossa Senhora Aparecida opere, uma vez mais, o milagre da multiplicação dos peixes; que nos dê abrigo; que nos cubra, a todos, com o manto azul da fartura, para que as gerações futuras possam herdar um País em que se come, em que se cresce, em que se é feliz. Esse é o nosso desejo.

    Por fim, tal como o Brasil de 1717, o Brasil de 2018 é ainda um País espoliado, perdido em disputas intestinas, instrumento da vaidade política, incapaz de prover os seus próprios filhos, lamentavelmente. E não por nossa culpa, a gente tem feito aquilo que pode para ajudar.

    Que Nossa Senhora da Conceição, mãe desta Pátria, possa novamente renovar a nossa esperança e a nossa fé neste País imenso; que ilumine a todos os eleitores, que ilumine a todos os eleitos para que possam encontrar as soluções de que precisamos todos, porque precisamos delas, senhoras e senhores eleitos.

    É esse o meu apelo, Sr. Presidente. Eu não teria jamais condição de não fazer essa fala, onde constam esses dois exemplos para o mundo, para a humanidade: São Francisco, que, do alto da sua riqueza, abriu mão de tudo para dar novos caminhos; Nossa Senhora, que com imenso amor por seu filho, Jesus, que mostrou o sacrifício na terra do ser humano, por acreditar em uma sociedade mais justa, mais igualitária, por acreditar em uma sociedade sem discriminação, em uma sociedade sem racismo, em uma sociedade onde as pessoas não tomem partido pela riqueza que têm no banco, e sim que tomem partido pela justiça.

    Eu me decepciono muito com algumas falas que acabei de ouvir hoje aqui, quando pessoas que tiveram o privilégio, Senador Paulo Paim, que 99% dos brasileiros não tiveram exaltam posições totalmente antagônicas, totalmente antipovo, totalmente antidemocráticas de defender um fascista tal qual o Bolsonaro.

    Sinceramente, povo brasileiro, povo cristão, se você confia na Bíblia, se você acredita na Palavra, se você acredita na irmandade entre os povos, se acha que valeu a pena o exemplo de Jesus de vir viver a crucificação e a mutilação para demonstrar humildade, para demonstrar a racionalidade, não vote em Bolsonaro. Olhe o que eu estou falando: não vote em Bolsonaro para não se arrepender depois. Vão se arrepender amargamente!

    Eu quero passar pela história dos últimos três meses que eu tenho neste Senado, todos os dias que eu puder, alertando a cada brasileiro e a cada brasileira sobre a situação desse fascista: que discriminação, que nazismo, que posição contra mulheres, preconceituosas, comprovadas... O seu vice, da ditadura militar, colocou para o Brasil – ele colocou, não foi ninguém que falou que ele colocou, não – que tem que tirar o décimo terceiro do trabalhador, que tem que massacrar as sociedades organizadas. O seu vice colocou as questões, agora vem o fascista mentindo para o povo brasileiro, falando demagogicamente que não vai fazer. Escreva que vai ver que não vai fazer, que vai dar décimo terceiro para o Bolsa Família. Uma pessoa antipovo, antissociedade, ditatorial, igual a Bolsonaro.

    Então, meu jovem, eu sou de classe pobre, consegui me formar com meu sacrifício, passei em cinco concursos públicos, tudo que tenho foi conquistado com suor, com trabalho e com muita luta. Não preciso de boquinha nenhuma. Se você povo brasileiro quer vencer, quer ter condições de ter uma vida melhor, não caia nessa conversa fiada. Não vai ser por falta de eu poder falar aqui não.

    Não há história de Venezuela! Quem viveu o Governo dos oito anos do Lula sabe que só houve cinco aumentos de combustível durante o Governo do Lula. Quem viu o Governo do Temer viu o desandar de tanto aumento de combustível. O Governo de Bolsonaro vai ser pior do que o do Temer, ninguém tenha dúvida disso. Vai ser um governo para cortar direitos, vai ser um governo para massacrar os trabalhadores, para massacrar o servidor público e para beneficiar banqueiros, os milionários que o apoiam, para beneficiar a Rede Globo, para beneficiar os sonegadores da Previdência Social e para beneficiar todos aqueles que discriminam preto ou negro, todos aqueles que são 70% da nossa população – eu sou negro, o senhor é negro –, todos aqueles que nos discriminam serão beneficiados com o Governo de Bolsonaro.

    Todos aqueles que não respeitam a sociedade organizada serão beneficiados com o Governo de Bolsonaro. Por isso que fiz um apelo, Senador Paulo Paim, para que a CNBB, como órgão que é – amanhã é dia de Nossa Senhora da Aparecida, essa semana foi dia de São Francisco –, não se acovarde, posicione-se, oriente a sua base em cada Igreja Católica do Brasil, cada cristão, que não caia nesse engodo, nessa mentira, nesse fascismo chamado Bolsonaro, que não caiam nessa questão. Antifamília, antipatriota chamado Bolsonaro, que é parte de uma fraude e de uma mentira.

    Que o Conselho Nacional de Pastores tenha a hombridade de discutir com a sociedade brasileira, respeite a Bíblia, respeite a palavra, discuta com essa turma que representa o preconceito, o racismo e a perseguição contra as mulheres e contra as minorias e não permita que isso prevaleça no Brasil.

    Que a ABI (Associação Brasileira de Imprensa) vá a fundo e informe para todos os brasileiros o que significam as pessoas e quem está por trás de Bolsonaro, para ninguém votar enganado.

    Que a OAB, Sr. Presidente, que tem o dever de exigir que a Constituição brasileira seja respeitada, que tem o dever de exigir que as leis sejam respeitadas, faça um esclarecimento a toda a classe brasileira do que significa essa máfia que está do lado de Bolsonaro – para ser eleito –, para o Brasil. Há muita gente enganada, muita gente boa que está enganada, Sr. Presidente, muita gente boa.

    Por isso, quero deixar claro a todos os brasileiros que nos ouvem, não estou aqui pondo um "s" em todo mundo. Eu estou fazendo um apelo ao esclarecimento, um apelo a quem tem filho, a quem tem vida, a quem tem situação, que opte por um Brasil com dificuldade, mas um Brasil que pelo menos tenha proposta, projeto, para que possa sair dessa dificuldade. É esse o apelo que eu estou fazendo!

    É melhor você ter o certo do que ter o duvidoso de um abismo, da escuridão e de uma situação que está prevista, o Brasil nas ruas com gangues e milícias armadas fazendo assalto à luz do dia a quem desce de ônibus, porque a proposta é distribuir arma para a população.

    Eu mesmo, o senhor sabe, nesta Casa, fui e sou Relator de projetos importantes do direito ao porte de arma para defender a vida do policial do Detran, a vida do policial do socioeducativo, para defender a vida de pessoas preparadas, do oficial de justiça, que estão fazendo a sua tarefa. Agora, distribuir arma para a população comum poder começar a assaltar qualquer trabalhador que ganha um salário mínimo, porque temos 14 milhões de desempregados, é um descalabro! Isso é uma antítese a tudo o que prega a CNBB, a tudo que prega o Conselho Nacional de Pastores, a tudo que prega a ABI, a tudo que prega a OAB. Por isso que a essas quatro entidades eu faço um apelo: que eles se posicionem sobre essa situação.

    Fazer apologia à discriminação, ao racismo contra as pessoas, perseguir mulheres, perseguir as pessoas, isso não é de Deus, isso não é Divino, esse não é o Brasil que nós queremos – esse não é o Brasil que nós queremos!

    Então, Senador Paulo Paim, quero agradecer ao senhor por essa oportunidade de estar falando essas questões importantes aqui, porque o Brasil precisa nos ouvir. Nós estamos tendo a oportunidade de Deus de poder estar aqui para falar algumas coisas que outros não poderiam fazer, e falo aqui com a imunidade Parlamentar que tenho de Senador da República para abrir os olhos de cada um que possa estar sendo enganado, porque, como falo ao senhor, há muita gente boa enganada, há muita gente boa que diz: "Ah, eu vou votar no Bolsonaro, porque não vou votar no PT, porque o PT do Haddad vai ser uma Venezuela". O senhor viu o discurso aqui. Isso é de uma ignorância, isso é de uma falta de responsabilidade tão grande que é inadmissível nós ouvirmos uma palhaçada dessa!

    O que tem a ver a eleição do Haddad com Venezuela? A Venezuela tem seus erros, seus equívocos, que têm que ser corrigidos. O que tem a ver a eleição do Haddad com Lava Jato? Eu e o senhor somos os principais defensores de que todos os ladrões têm que ser presos, têm que ser colocados no xadrez e têm que pagar a sua conta. E eu nunca vi o Haddad fazendo nada ao contrário disso. 

    Então, é esse tipo de situação que nós não podemos aceitar. As fake news mentindo, mentindo, mentindo, mentindo e mentindo para a população brasileira. E qualquer fake news que colocam, é verdade.

    Então, é um absurdo tão grande que a gente tem que ter oportunidade – eu e o senhor temos, outros têm aqui – para dizer para o Brasil. Nós estamos a 16 dias de escolher um Brasil que opte pela escuridão, pelas trevas, pela perseguição, pelo racismo, pela perseguição a mulheres, homens e a associações e um Brasil da normalidade, com dificuldade que pode ser superada, que tem programa para poder fazer, que vai respeitar a lei, que não vai trazer ditadura militar. Então, esse é o Brasil que tem que se escolher.

    Eu já optei, eu vou votar com o Haddad, e vou votar com o Haddad com todas as críticas que eu tenho a alguns que estiveram, no passado, em governos envolvidos. Com o Haddad. Tenho críticas, não concordo, mas, entre ter um Brasil da normalidade e entre ter um Brasil das trevas, eu prefiro apostar num Brasil da normalidade. É no Haddad, nº 13, que vou votar. E acho que toda pessoa de bom senso deve votar no Haddad, 13. Se fizer um mínimo de análise, olhar para a sua família, olhar para a sua casa, olhar para as coisas que tem e olhar para o Brasil que nós temos, se fizer essa análise, vai votar com o Haddad, não vai votar nas trevas da escuridão, do preconceito, da guerra santa que essa turma armou, comandada pela Rede Globo e por mais alguns setores do preconceito.

    Senador Paulo Paim, para concluir, eu quero falar sobre Brasília. Acabamos de ver uma disputa dura no Distrito Federal, e eu já agradeci os meus 16.570 votos. Sei de tudo o que nós fizemos aqui. Eu fui o camarada que fiz a Lei 13.465, a Lei da Regularização Fundiária, que, para Brasília, é importantíssima, porque nós temos, em Brasília, 1,5 milhão de pessoas que não têm escritura pública, que precisam ter escritura pública para viver com tranquilidade, para não serem perseguidas pela Agefis.

    Em Brasília, nós vivemos um período em que a Agefis perseguia Igreja Católica, Igreja crente, Católica, Evangélica, derrubando – derrubou mais de 30 Igrejas Evangélicas e Católicas – condomínios, perseguindo as pessoas. Esse é o Governo Gestapo, Governo nazista. Por isto é que eu não posso apoiar Rollemberg de forma nenhuma no Distrito Federal, por causa dessa prática de perseguir pessoas humildes, que, durante o dia, construíram todas as suas casas, viveram numa situação de normalidade. Brasília tem um problema demarcatório, que vai desde a época da fundação de Brasília, e o Rollemberg não teve a hombridade de compreender essa questão. Fez foi usar a Agefis para perseguir esse grupo. Então, jamais posso apoiar Rollemberg, por causa disso.

    Além dessa questão, há também a questão do descalabro da saúde. Em Brasília, se alguém ficar doente, Senador Paulo Paim, e correr para o hospital... Reze para que isso não aconteça, porque não há médicos, não há material de atendimento – um caos total em todos os hospitais de Brasília, um caos total nos centros de saúde. O camarada, quando ganhou o Governo, a primeira coisa que fez foi perseguir os servidores públicos da saúde, da educação e da segurança. Então, não posso votar em Rollemberg por causa disso.

    Em Brasília, nós vivemos uma situação: a Polícia Civil de Brasília, que é uma das melhores polícias do Brasil, que sempre teve paridade com a Polícia Federal, Rollemberg deixou com 40% a menos no salário em relação à Polícia Federal. Para o senhor ter uma ideia, o número de policiais da Polícia Civil hoje é tão pequeno que nós temos 12 delegacias de polícia de Brasília que fecham todos os dias às 18h, porque não têm efetivo para funcionar, e fecham nos fins de semana, além da crise salarial do efetivo da Polícia Civil. Então, um Governador que faz isso não pode ter o meu apoio nem o apoio de ninguém. Por isso que eu sou contra o Rollemberg, está certo?

    A PM, a Polícia Militar de Brasília, Senador Paulo Paim, está com 7 mil homens a menos. Falta Polícia Militar em todos os lugares. A Polícia Militar é uma corporação maravilhosa, preparada, de pessoas boas. O que eu pude fazer aqui como Parlamentar – e ainda farei – em prol da PM (Polícia Militar) e do Corpo de Bombeiros eu tenho feito, mas faltam ali 7 mil homens do efetivo. Ela não tem condições de fazer todas as coberturas que precisaria fazer. E o Rollemberg está aí. Por isso que eu não posso votar no Rollemberg.

    O Rollemberg não respeita a educação. Temos cidades inteiras, Senador Paulo Paim, tipo Paranoá Parque, que – não sei se o senhor conhece –, da noite para o dia, trouxe 40 mil pessoas para as cidades do Paranoá e Itapoã. Não há escola para os alunos estudarem. Não há condição estruturante para poder fazer. Os meninos da Estrutural, uma cidade antiga já aqui de Brasília, estão tendo que estudar no Guará e no Cruzeiro, desmaiando dentro dos ônibus por falta de escola. Então, não posso apoiar o Rollemberg por causa disso. Há a questão do Riacho Fundo II, aonde, da noite para o dia também, 40 mil pessoas chegaram, e o Centro de Ensino do Riacho Fundo II não comporta os meninos. E uma série de problemas em várias áreas da educação. Então, o Rollemberg não pode ter o meu voto nem de ninguém de Brasília por causa disso.

    E quero dizer, Senador Paulo Paim, declarar aqui, em alto e bom som, que o meu candidato para Governador do Distrito Federal é o Ibaneis Rocha, com todas as dificuldades que possam ter algumas pessoas que estão junto com o Ibaneis, mas o Ibaneis é um homem de bem, foi Presidente da OAB, fez um mandato extraordinário na Ordem dos Advogados de Brasília, nem sequer foi candidato à reeleição, porque o Ibaneis é um cara que veio para trabalhar, como ele tem falado aqui em Brasília: ele quer ter a oportunidade, em quatro anos, população do Distrito Federal, de fazer o que outros não fizeram em vários anos. Então, por isso que meu apoio incondicional é à candidatura de Ibaneis Rocha, 15, para as eleições de Brasília, porque eu quero que a saúde volte a funcionar. Por isso que eu estou com o Ibaneis. Eu quero que a educação de Brasília funcione e tenha condição de trabalho.

    Eu quero que os servidores públicos de Brasília, Senador Paulo Paim, tenham vez e paz para poder trabalhar. É por isso que eu estou com Ibaneis Rocha. Eu quero que os moradores dos condomínios que não têm escritura pública, tenham sua escritura. É por isso que eu estou com Ibaneis Rocha, porque ele vai aplicar a Lei nº 13.465. Ao se aplicar a Lei nº 13.465, respeita-se a Constituição e nós garantimos as escrituras públicas para as pessoas.

    Então, quero concluir meu pronunciamento pedindo, primeiro, desculpa pelo peso de algumas palavras, mas é necessário que alguns equivocados ouçam opiniões divergentes. Eu não estou aqui querendo ser o senhor da razão. Todo mundo tem direito à livre escolha – escolha quem quiser! A democracia que nós tanto defendemos garante isso. Eu só não acho justo utilizar tantas fake news e tanta mentira para pregar uma antítese numa situação contra o povo do Brasil.

    Eu disse algumas palavras duras, isentando uma massa, porque creio, Senador Paulo Paim, que, da massa dos "x" votantes que votaram nesse candidato cujo nome eu nem quero mais dizer, mais ou menos 50% de quem votou nesse cara votou equivocadamente, votou sem saber o que está fazendo. Que essas pessoas olhem um pouquinho para o umbigo, pensem um pouquinho na sua família, pensem em São Francisco, pensem em Nossa Senhora, pensem na humildade, pensem na vida e façam uma escolha diferente. Não é que Haddad seja santo, não. Haddad não é santo, mas a proposta que Haddad está colocando é muito melhor para o Brasil do que a proposta que esse cidadão está colocando – é muito melhor para a família, é muito melhor para os povos.

    E quero, para fechar mesmo, falar que, no caso de Brasília, Ibaneis Rocha é segurança para termos uma proposta também construtiva, uma proposta que nos dê uma esperança de recuperar a Brasília que nós tanto queremos.

    Então, muito obrigado ao senhor.

    Que o povo de Brasília e do Brasil tenha um ótimo feriado de Nossa Senhora amanhã, que o Brasil possa refletir um pouco sobre essas palavras que aqui eu disse e que a gente possa escolher o caminho da humildade, o caminho da família, o caminho da racionalidade, que eu acho que é muito mais claro com Haddad, Presidente, 13, e com Ibaneis, Governador, 15.

    Muito obrigado ao senhor.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/10/2018 - Página 14