Pronunciamento de Cidinho Santos em 23/10/2018
Pela Liderança durante a 123ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Considerações acerca de melhorias futuras para a logística ferroviária de Mato Grosso, que contribuirão para o desenvolvimento do estado.
- Autor
- Cidinho Santos (PR - Partido Liberal/MT)
- Nome completo: José Aparecido dos Santos
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Pela Liderança
- Resumo por assunto
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL:
- Considerações acerca de melhorias futuras para a logística ferroviária de Mato Grosso, que contribuirão para o desenvolvimento do estado.
- Publicação
- Publicação no DSF de 24/10/2018 - Página 28
- Assunto
- Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL
- Indexação
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- COMENTARIO, PROJETO, CONSTRUÇÃO, FERROVIA, LOCAL, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), MOTIVO, NECESSIDADE, ESCOAMENTO, PRODUÇÃO AGRICOLA, PRODUTO, VALOR, AGREGADO, SOLICITAÇÃO, EMPENHO, SERVIDOR, AGENCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES (ANTT), TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (TCU).
O SR. CIDINHO SANTOS (Bloco Moderador/PR - MT. Como Líder.) – Sr. Presidente, Senador Jorge Viana, meu amigo, hoje, destoando um pouco dos assuntos até aqui agora tratados com relação à eleição, à fala do filho do Bolsonaro quanto ao Supremo Tribunal Federal, que todos nós lamentamos, eu venho falar um pouco de logística e da questão das ferrovias para o Estado de Mato Grosso. Todos somos conhecedores da pujança do Estado do Mato Grosso e das nossas fraquezas, digamos assim, em relação à logística, especialmente à questão da ferrovia.
Nos próximos meses, estaremos dando passos importantes para consolidarmos, em Mato Grosso, num futuro não tão distante, três traçados ferroviários importantes para adequarmos a infraestrutura ao processo de desenvolvimento.
Eu tive oportunidade de coordenar a campanha do Governador eleito Mauro Mendes, no Mato Grosso. Um dos compromissos do Governador eleito Mauro Mendes é com a questão da logística, de melhorar as nossas rodovias, de investir nas ferrovias também, no Mato Grosso.
Essas três ferrovias que estão projetadas no Mato Grosso são privadas, estão definidas e serão interligadas futuramente.
A Ferronorte, cujo traçado já foi implantado, tem o percurso de Rondonópolis, no sul de Mato Grosso, até Santos. Uma vez resolvida a ampliação dos prazos de concessão (trecho da malha paulista), em análise no Tribunal de Contas da União, a empresa Rumo estará apta a avançar, num espaço de tempo adequado às exigências, até Cuiabá e, em um segundo momento, para todo o médio-norte do Estado do Mato Grosso.
A FICO (Ferrovia de Integração Centro-Oeste) – parte da Bioceânica, do Porto do Açu, no Brasil, até o Porto de Ilo, no Peru –, com traçado definido de Campinorte, em Goiás, até Porto Velho, em Rondônia, tem projeto executivo, além de licença ambiental no trecho de Campinorte a Água Boa e a destinação de recursos assegurada por lei para implantação, oriundo da renovação da Ferrovia Carajás. Mais adiante, superados os trâmites legais das autarquias, dos ministérios e do Tribunal de Contas da União, poderá ter início o trecho da implantação no segundo semestre do próximo ano. Esse projeto será um novo alento às regiões que necessitam ser integradas ao processo de desenvolvimento nacional.
Uma vez iniciada e resolvidos os problemas de licença, além da conclusão de projeto executivo, poderá avançar de Água Boa até o Município de Lucas do Rio Verde, fazendo os grandes comboios ferroviários apitarem no médio-norte de Mato Grosso em, no máximo, seis anos.
Temos ainda a Ferrogrão, com estudos concluídos de Sinop até Miritituba, margem esquerda do Rio Tapajós, localidade onde modernos portos fluviais estão instalados e que deve ser um exemplo de ousadia, com tradings associando-se a produtores rurais e fundos internacionais, numa parceria de capitais, para disputar a concessão, cuja finalidade será a implantação e a operação da malha num prazo máximo também de seis anos.
O tempo urge, e é fundamental o papel dos diretores e técnicos do Ministério dos Transportes, da ANTT e, num breve espaço de tempo, do Tribunal de Contas da União.
Sr. Presidente e Srs. Senadores, essas ferrovias terão a função principal de atender às demandas crescentes e contínuas do fluxo de carga. Não é só a expansão das áreas de plantio e do aumento da produtividade de soja, milho e algodão...
(Soa a campainha.)
O SR. CIDINHO SANTOS (Bloco Moderador/PR - MT) – ... que acrescentam mais volume, mas também a entrada de novos produtos com valor agregado, como carnes, etanol de milho e uma variedade de produtos industrializados. Somam-se, inclusive, alimentos importantes para o mundo, como feijão-caupi, feijão-mungo, lentilha, sorgo e grão-de-bico.
Precisamos das ferrovias para transportar 100 milhões de toneladas de cargas, especialmente do agro mato-grossense, que irão se configurar através de novas colheitas e dos produtos de valor agregado, entre os anos de 2022 e 2028, tanto para a exportação quanto para o mercado interno. Isso exige, portanto, que as três ferrovias estejam interligadas e com capacidade operacional, numa integração logística que irá propiciar ao Estado de Mato Grosso e ao Brasil um sem-número de novos empreendimentos, postos de trabalho e oportunidades individuais.
A palavra que cabe aqui, nobres colegas, é "fantástico". Refiro-me a todo esse planejamento e ao que está para acontecer em termos de logística na questão ferroviária no Estado de Mato Grosso.
As transformações não param aí; elas avançam pela piscicultura, gado de leite e extensões de outras regiões de reflorestamento. Tudo vai se compondo na matriz de transporte, onde o caminhão é necessário, porém, sem as ferrovias, vamos padecer em nível de competitividade internacional.
Sobre o minério – Mato Grosso tem um potencial inesgotável nessa área –, teria que escrever um capítulo à parte, mas, sem ferrovias, não há como haver a exploração, nem mesmo dos minerais mais nobres, como níquel, cobre, cassiterita, etc.
A superação será ultrapassarmos a barreira insana da burocracia. Cabe aqui, sim, um pedido especial aos servidores dos ministérios, especialmente do Ministério dos Transportes, das autarquias – ANTT, especialmente – e do Tribunal de Contas da União: que envidem todos os esforços para que, juntamente com a iniciativa privada, deixem o Brasil seguir seu destino de sucesso, sem atrapalhar, e o Mato Grosso continue crescendo em desenvolvimento, transformando-se nesse Estado pujante, que já chega, nos próximos anos, a 100 milhões de toneladas de grãos produzidas, quase equivalendo à Argentina.
São essas as minhas palavras.
Presidente, obrigado pela oportunidade.