Comunicação inadiável durante a 124ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Agradecimento ao Senador Pedro Chaves pelo apoio à relatoria de S.Exa sobre projeto que viabiliza exame para diagnóstico do câncer de mama.

Comentário a respeito da questão do nepotismo.

Autor
Ana Amélia (PP - Progressistas/RS)
Nome completo: Ana Amélia de Lemos
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
SAUDE:
  • Agradecimento ao Senador Pedro Chaves pelo apoio à relatoria de S.Exa sobre projeto que viabiliza exame para diagnóstico do câncer de mama.
PODER LEGISLATIVO:
  • Comentário a respeito da questão do nepotismo.
Publicação
Publicação no DSF de 25/10/2018 - Página 28
Assuntos
Outros > SAUDE
Outros > PODER LEGISLATIVO
Indexação
  • AGRADECIMENTO, PEDRO CHAVES, SENADOR, MOTIVO, APOIO, ORADOR, RELATOR, PROJETO, ASSUNTO, POSSIBILIDADE, REALIZAÇÃO, EXAME, DIAGNOSTICO, CANCER, MULHER, JUVENTUDE.
  • COMENTARIO, AUSENCIA, RELEVANCIA, ASSUNTO, NEPOTISMO, MOTIVO, ESCOLHA, POPULAÇÃO, UTILIZAÇÃO, VOTO, ELEIÇÃO.

    A SRª ANA AMÉLIA (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RS. Pela ordem.) – Senadora Kátia Abreu, queria fazer apenas uma observação.

    O Senador Reditario Cassol, que acabou de deixar a tribuna, fez uma cobrança dos Senadores sobre a obrigação de estar no trabalho. Eu penso que cabe à consciência de cada Parlamentar fazer isso. Se não estão aqui, certamente estão nos ofícios.

    Estamos às vésperas de uma decisão histórica para o País: a eleição em segundo turno. Então, é natural que nesse período, até encerrarmos a votação, nós estejamos fazendo isso.

    Também queria agradecer ao Senador Pedro Chaves, que gentilmente fez um pronunciamento falando da minha relatoria em um projeto que à bancada feminina... V. Exa. também participou ativamente dessa ação, Senadora Kátia Abreu, em relação a uma portaria do ex-Ministro da Saúde que, equivocadamente, limitou a idade das mulheres para a mamografia, exame para diagnóstico de câncer de mama.

    A movimentação da bancada feminina aqui no Senado e na Câmara prevaleceu, e nós inviabilizamos que aquela portaria prevalecesse, numa iniciativa da Deputada de Santa Catarina que tem tido um trabalho extraordinário em relação a essa matéria. Queria também dizer que fui Relatora, com muita honra, na CCJ, e anulamos essa portaria, porque a mamografia... Hoje, mulheres cada vez mais jovens estão registrando câncer de mama, mulheres com 20 anos e até com menos idade do que isso. Nós não podemos abrir mão desse direito à mamografia, embora, como os médicos falem, sejam necessárias outras iniciativas: vida mais saudável, vida com menos estresse, menos preocupação e hábitos alimentares que contribuam na questão do câncer.

    Então, queria agradecer pela manifestação do Senador Pedro Chaves e sei que seu gabinete está atento a esta manifestação.

    E foi feita aqui uma manifestação anterior sobre a questão do nepotismo. Sinceramente, Senadora, eu acho que isso não tem uma relevância na política, e o próprio eleitorado... Eu tenho uma irmã que é Vereadora em Lagoa Vermelha. Ela está até aqui junto com o Prefeito da minha cidade. É minha irmã, lá fazendo aquilo que a população quer. E o eleitorado sabe fazer a escolha. Ela já decidiu que fará apenas um mandato. É o meu caso também fazendo este mandato aqui.

    Então, essa questão do nepotismo precisa ser vista sob outro aspecto. Ela não tem a gravidade que têm as mudanças que foram feitas na lei.

    E quero dizer que, às vezes, penso, Senador Reditario Cassol, que é pai do Ivo Cassol, que não há gravidade, porque aqui ele tem uma atividade transparente. A população fica acompanhando o que ele está fazendo. E, se ele se meter numa encrenca, a Justiça está aí, há polícia para investigar, porque nós temos uma vida pública. Então, eu acho que a vigilância da sociedade, Senador, é maior do que em relação àquele pai que é líder político e que enriquece os filhos.

    O que aconteceu? O que nós tivemos com o Lula? Os filhos do Lula não eram políticos. Não havia nepotismo com os filhos do Lula, só que os filhos dele enriqueceram porque o pai era Presidente e tinha forma de favorecer os filhos! Então, a gente tem que ver essas coisas na visão que elas têm, porque uma oradora que subiu à tribuna falou muito dessa questão como um grande prejuízo.

    Hoje, a fiscalização da sociedade é a que honra... E o eleitor é soberano nas escolhas que faz. Então, não considero... Não estou defendendo porque minha irmã é Vereadora. Qual é a relação, ela lá no meu Município, o que tenho a honra de dizer, de Lagoa Vermelha, em relação a essa questão, que foi tratada quase como uma criminalização da política?

    Mas acho que é mais perverso, é muito pior fazer essa ajuda, essa forma de beneficiamento dos filhos...

(Soa a campainha.)

    A SRª ANA AMÉLIA (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RS) – ...ou dos parentes através do uso por subterrâneos, por baixo do tapete, fazer esse estímulo ao enriquecimento ilícito, como aconteceu com os filhos do Lula, pois está aí provado que foram gênios na aplicação financeira, porque enriqueceram, e, claro, acho que essa é a percepção que a sociedade tem.

    E a Lava Jato veio para provar, Senador, que nós estamos sob fiscalização permanente.

    Então, faço este registro para dizer que estamos aqui cumprindo nosso dever, todos, e aqueles que não estão talvez estejam cumprindo o dever nos seus partidos, ou indo às comissões, ou indo a audiências públicas, também. E cada um tem que responder mais para defender esta Casa que nós representamos. O Senado Federal é uma instituição.

    Nós passamos, Senador Reditario, nós passamos, mas a Casa fica, a instituição fica, e é ela que nós temos de respeitar.

    Obrigada ao senhor.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/10/2018 - Página 28