O SR. PRESIDENTE (Hélio José. Bloco/PROS - DF) - Agradeço à nobre Fátima Maria de Freitas Mosqueira.

    Quero reverberar as palavras dela. "Cuidem do Brasil!"

    Sou servidor público concursado; sempre fui. Depois que me formei na UnB, passei em concurso público da ELETRONORTE, onde trabalhei 3 anos e meio; passei no concurso público da CEB, onde trabalhei por 27 anos; passei no concurso público da Polícia Civil para perito criminal -- não assumi porque preferi ficar na CEB, embora tenha feito a Academia; passei no concurso público para engenheiro sênior da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, fui aprovado e chamado, mas preferi assumir o cargo de analista de infraestrutura do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, cargo federal que ocupo há 10 anos.

    Servidores públicos, uni-vos. A Sra. Fátima acabou de dizer que nós somos 12 milhões.

    Você quer dar uma carta branca para acabarem com o seu 13º salário? Quer dar carta branca para acabarem com as suas férias? Quer dar carta branca para ser chamado de privilegiado e criminoso porque trabalha para o Brasil?

    Servidores públicos municipais que estão nos ouvindo, servidores públicos estaduais, servidores públicos da União e das estatais, uni-vos! Ainda há tempo de dizer "não" a Bolsonaro, "não" ao preconceito, "não" às pessoas que são contra o povo, "não" àqueles que mentem o tempo inteiro para enganar a população.

    O servidor público que vota em Bolsonaro está dando dois tiros no pé e dois no ouvido. É isso que vai acontecer. E isso vai ser provado no próximo ano. Depois não adianta se arrepender.

    Então, o servidor público tem uma chance: nós somos 12 milhões e, se cada um sair à rua, pode garantir que o Bolsonaro não ganhe as eleições. Pode garantir! É só o servidor público criar vergonha na cara, sair de casa, calçar o chinelo da humildade e deixar claro que não vai votar por preconceito, por racismo, por falta de responsabilidade, por esse negócio de cura gay, de Venezuela. Onde já se viu uma situação desta, de o servidor público cair nesse engodo, tendo um resultado previsível?

    O servidor público precisa reagir. Uni-vos. Ainda há tempo. Faltam 2 semanas e pouco para evitar o mal pior.

Concedo a palavra à Deputada Erika Kokay.