Fala da Presidência durante a 13ª Sessão Solene, no Congresso Nacional

Encerramento da sessão solene destinada a comemorar os 30 anos do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União - Sindilegis.

Autor
Hélio José (PROS - Partido Republicano da Ordem Social/DF)
Nome completo: Hélio José da Silva Lima
Casa
Congresso Nacional
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Encerramento da sessão solene destinada a comemorar os 30 anos do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União - Sindilegis.
Publicação
Publicação no DCN de 18/10/2018 - Página 37
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • ENCERRAMENTO, SESSÃO SOLENE, CONGRESSO NACIONAL, OBJETIVO, HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, SINDICATO, REPRESENTAÇÃO, SERVIDOR PUBLICO CIVIL, LEGISLATIVO, SENADO, CAMARA DOS DEPUTADOS, TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (TCU).

    O SR. PRESIDENTE (Hélio José. Bloco/PROS - DF) - Meus agradecimentos ao Petrus Elesbão, nosso Presidente do SINDILEGIS, e a todos que aqui estiveram presentes.

    Esta foi uma sessão muito importante e esclarecedora. Quero deixar claro a todos os brasileiros que nos ouvem que as posições ora colocadas aqui, mesmo no exercício da Presidência, não são da Presidência do Senado, são posições individuais minhas, do Senador Hélio José, do alto da sua imunidade parlamentar de colocar as suas posições, assim como o fizeram o Senador Paulo Paim e a Deputada Erika Kokay.

    Eu quero deixar claro ao Brasil que esperamos que novos dias e novos rumos venham, que os ares da democracia permaneçam, que as pessoas possam minimamente raciocinar e analisar os fatos e falar: "Sou um ser racional: analiso, avalio, vejo o presente e o passado de cada um".

    Ninguém aqui está fazendo retórica do que ouviu dizer. Quando nós falamos que as empregadas domésticas do Brasil inteiro correm risco de perder todos os seus ganhos, foi porque ele próprio falou que votou contra a matéria em primeiro e segundo turnos e que assim votará quantas vezes for necessário. Quando nós falamos que no Brasil inteiro o direito dos trabalhadores está em risco, é porque ele próprio falou que quanto mais direitos o trabalhador tiver, menos condições de trabalho o trabalhador terá. Quando nós falamos que o negro será discriminado -- há 70% de negros no nosso País --, é porque essa foi a atitude dele. Ninguém está falando do que ele fez ou deixou de falar, foi a relação que ele fez. Quando nós estamos colocando que as mulheres serão discriminadas e que não terão seus direitos garantidos porque o machismo prevalecerá, é porque essa é a prática dele. E todos a conhecem, não é porque nós estamos falando. Nós colocamos ainda que os direitos sociais estão ameaçados, que a Previdência Social -- eu e o Senador Paim lutamos tanto para provar a verdade -- está ameaçada.

    Aposentados e aposentadas do nosso País, se querem ter tranquilidade, é melhor o previsível do que o abismo da escuridão de quem já falou que quanto mais direitos o aposentado tiver é pior para o País. É a política do Estado mínimo, a política da mais valia que vai prevalecer.

    Então, ninguém aqui está fazendo nenhum tipo de ataque apaixonado, até porque é como o Senador Paim falou: "A eleição já passou." Não estamos mais em período eleitoral. O povo já escolheu quem queria escolher. Seria muito mais cômodo para mim ouvir alguns que me aconselham a ficar calado. Eu já disse: não sou gente da boquinha. A turma da boquinha tem que estar no lugar que merece estar. A minha prerrogativa democrática de dizer o que eu penso e constatado na verdade será exercida sempre, doa a quem doer. No que depender de mim, o povo não vota enganado, vota sabendo o que está fazendo -- vota sabendo o que está fazendo!

    O Senador Paim falou do silêncio das fábricas, do silêncio das repartições, do silêncio em várias áreas, do silêncio daqueles que, equivocadamente, se deixaram fazer a cabeça por questões caluniosas de Venezuela, por questões caluniosas de que chutaram a imagem de Cristo -- eu sou cristão, sempre fui cristão, defensor da família e jamais deixarei de defender a família --, por acusações caluniosas de cura gay, acusações caluniosas de outras questões. Povo brasileiro, atentai bem, como dizem alguns. Saiba o que está fazendo.

    Mais uma vez, esclareço o seguinte: esta palavra é por prerrogativa do Senador Hélio José, e não da Presidência do Senado. Eu estou aqui fazendo o papel de Presidente do Senado nesta sessão.

    Quero cumprimentar todos pela presença e todos que nos ouviram no Brasil inteiro. Quero ainda dizer que muito nos honrou fazer esta homenagem a um sindicato de luta, que eu espero que prevaleça por muitos e muitos anos. Que nós possamos nos organizar para defender nossos filhos, nossa família, nossa vida e o bem-estar social para todos! Afinal, a única coisa que nos interessa e que possamos ter um amanhã. A preocupação toda é podermos ter um amanhã. Nós gostaríamos que todos tivessem um amanhã, principalmente os mais humildes do nosso País.

    Então, eu encerro minhas palavras, louvando o pobre do nordestino, que, mais uma vez, mostrou sua honradez para o Brasil burguês, para o Brasil classe média alta equivocado, que vai sofrer junto com o pobre do nordestino e com as pessoas pobres as consequências desse descalabro que está por vir. Agradeço ao povo nordestino que, com a sua sabedoria, com o seu sofrimento, mostrou para o Brasil que vale mais a pena apostar na segurança do que no abismo e na escuridão das incertezas.

    Muito obrigado.

    Que Deus os abençoe! (Palmas.)

    Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a sessão.


Este texto não substitui o publicado no DCN de 18/10/2018 - Página 37