Discurso durante a 126ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro de apoio ao candidato eleito Presidente da República, Jair Bolsonaro, pós eleição, e defesa da moral e dos bons costumes.

Autor
Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS:
  • Registro de apoio ao candidato eleito Presidente da República, Jair Bolsonaro, pós eleição, e defesa da moral e dos bons costumes.
Publicação
Publicação no DSF de 31/10/2018 - Página 53
Assunto
Outros > ELEIÇÕES E PARTIDOS POLITICOS
Indexação
  • REGISTRO, APOIO, ORADOR, DEPUTADO FEDERAL, JAIR BOLSONARO, CANDIDATO ELEITO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, DEFESA, FAMILIA, MORAL, COSTUMES.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Srs. Senadores, Sras. Senadoras, Brasil que nos vê pelas redes sociais e pela TV Senado, há muito, desde o início do processo eleitoral, eu não volto a esta Casa. Pela primeira vez, após o início do processo eleitoral, estou de volta a esta Casa e quero fazer alguns registros, Senador Cássio, Senador Randolfe, Senador Tasso.

    Há seis anos e meio, Senador Ricardo Ferraço, quando nós fomos surpreendidos com este fato que não é fake – e reafirmo à Ministra Rosa Weber que é uma verdade – que é o chamado kit gay, fizemos um grande movimento, Senador Paim, em frente ao Ministério da Educação. O Ministro era o ex-candidato ao Governo Fernando Haddad. Uma emenda de 4 milhões foi colocada por um Deputado do PT, de Mato Grosso, chamado Abicalil, para que pudessem confeccionar... E, a partir dali, as nossas crianças passariam ao processo de aprendizado...

    Quando terminou aquele movimento, Senador Eunício, há quatro anos e meio, eu fui à Câmara – a minha esposa, Lauriete, era Deputada Federal – e, no corredor, deparei-me com um Deputado Federal. Alguém me puxou pelo ombro, eu olhei para trás, Senador Cássio, e era o Deputado Jair Bolsonaro. Ele me puxou pelo ombro, olhou no meu olho e disse: "Olha, um de nós dois tem que ser candidato a Presidente ou eles vão destruir as nossas famílias pela via da escola". Eu disse uma coisa a ele: "Bolsonaro, você é baixo clero aqui e é tido como doido; eu sou um Senador que já tem uma certa visibilidade, mas essa mídia esquerdista, parte dela, me trata como um Senador folclórico". Eu falei com ele: "O nosso único caminho é orar". A partir daquele dia, eu passei a orar com Jair Bolsonaro, duas vezes por semana, no meu gabinete, Senador Flexa. Em 2014, ele verbalizou isso para fora e disse pela primeira vez na tribuna: "Lendo a Bíblia, eu li João 8:32: 'Conhecereis a verdade, e ela vos libertará'".

    Começamos a andar o Brasil, não falamos em ferrovia, não falamos em rodovia e em duplicação, não falamos em contrato, não falamos em infraestrutura, só falamos em proteger as nossas crianças na escola, em proteger a Pátria, em enfrentar a violência, fazer polícia ser polícia e bandido ser bandido, levar a Pátria a voltar a cantar o Hino Nacional e ter amor pela sua Bandeira, porque a essa altura a Bandeira brasileira era urinada em praça pública, queimada em praça pública.

    O País estava literalmente amarrado por um viés ideológico. Jamais qualquer partido, por mais novo, por mais velho, com o seu programa de governo, iria desamarrar os vieses ideológicos que amarraram esta Nação, seja para roubar, seja para saquear, para destruir, atacar valores de família e valores da fé.

    Nos últimos tempos... Vimos, em dezembro do ano passado, Senador Cássio, naquele museu, o MAM, de São Paulo, as crianças sendo levadas para tocar em um homem nu e um artista que entrou com a imagem da Virgem Maria em cima do pênis. Ralou a imagem da Virgem Maria, jogou em cima do pênis. Lá naquele museu, as crianças entraram para ver a Virgem Maria com um pênis na mão, o Cristo crucificado com um pênis e um vibrador, a hóstia sagrada dos católicos cheia de palavrão, dois homens estuprando uma ovelha, dois brancos estuprando um negro e uma criança sendo estuprada por dois adultos.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – Atacaram todos os valores, amarrados por um viés ideológico e cultural, destruindo a mente de nossos filhos, porque somos uma cultura judaico-cristã neste País. Só fomos falar isso para o Brasil e dizer que o cidadão não pode ficar desprotegido, nem o seu patrimônio, nem a sua família.

    O Brasil acordou, Senador Anastasia. As pessoas voltaram a se apaixonar pelo Hino Nacional, a chorar nas ruas, verde e amarelo – meninos, adultos, anciãos. As pessoas vieram para a rua, multidões e multidões.

    Dizia-se assim: "Eles têm militantes, têm MST, têm CUT, as ONGs, que mamam no Governo. Ninguém tira eles". Mas o Brasil virou militante de si mesmo. O Brasil militou em favor de si. Ninguém votou em Bolsonaro, o cidadão votou nele mesmo. O cidadão não votou em Bolsonaro, ele "desvotou" nos outros. Só verbalizamos isso.

    E ontem, a Nação brasileira... No domingo, às 18 horas, as avenidas, as ruas, as vielas foram inundadas de verde e amarelo. O povo voltou a cantar o Hino Nacional. É a libertação da Nação de um viés ideológico, desamarrada do viés ideológico.

    Eu quero abraçar os Senadores que não vão retornar a esta Casa, como eu. Quem escreve a história é Deus, não somos nós. Um dia seremos ex-alguma coisa, Senador Ricardo. Um dia seremos ex-alguma coisa. Passou. Deus escreve. A história não é nossa, é dele. Urna é só um detalhe.

    Você me pergunta... Eu não. Eu poderia dizer: "Olha, apareceu uma facada no caminho". Senador Randolfe, tentaram matar Jair Bolsonaro. Por causa de quê? Porque Jair Bolsonaro era o único instrumento para acabar com o viés ideológico. O que é que esse cara falou de tão ruim, de tão errado, para matarem Bolsonaro esfaqueado em Juiz de Fora? Lá na UTI, sem voz, sem força, uma lágrima descendo dos olhos – eu, do lado dele, orando, como sempre –, ele falou: "Meu irmão, eu estou aqui. Não me mexo, meus braços não mexem, eu não falo. Agora é contigo".

    Eu voltei ao meu Estado duas vezes. Está ali meu companheiro, Senador Ricardo Ferraço. Voltei duas vezes ao meu Estado, mas isso não é desculpa. Se não tivesse acontecido facada, teria acontecido do mesmo jeito, porque quem dirige a história é Deus, e Deus não tem derrota para os seus, para aqueles a quem ele ama, aqueles que o servem e o honram com dignidade.

    Ontem, ao vivo para mundo, ao vir a vitória, abraçamos lá dentro. Eu disse: "Bolsonaro, agora é hora de orar. É assim que começamos, é assim que vai ser". Ele falou: "Eu vou orar na live. Vamos orar na live. Vou fazer uma live primeiro". Fez a live, encerrou a live, olhou para mim: "Era para orar na live. Vamos orar lá fora". Sinceramente, eu não sabia que aquilo estava ao vivo. Eu achei que era gravado, mas era um pool para o mundo todo. E ele me dá a palavra, e eu começo a repetir essas palavras.

    O Brasil está livre de um viés ideológico do qual ninguém poderia livrá-lo, senão a mão de Deus. Os mais céticos têm que entender que foi a mão de Deus. Os mais incrédulos têm que entender que foi a mão de Deus, ou então achem uma explicação e falem para mim.

    Quando nós começamos a orar ao vivo, depois eu soube, Senador Eduardo, que alguns comentaristas da Rede Globo diziam: "isso é um mau sinal para o mundo". Mau sinal? O País é laico, mas não é laicista. Se ele fosse alguém de candomblé, podia cantar um ponto ali que estava no direito dele. A Constituição diz que nós podemos confessar a nossa fé em qualquer lugar. Ele poderia ter rezado um terço ali, não teria problema nenhum. Agora, por que essa coisa contra, querer tutelar a nossa fé, e não o mundo receber um sinal de uma Nação cristã, de um Presidente da República que não se cansa de dizer que o Brasil precisa de um homem de mãos limpas, que tenha Deus no coração e seja patriota? Eu quero dizer a esses comentaristas que, quando Jesus foi chamado de viado em um show em Salvador, eles podiam ter feito muita reclamação, dizendo que desrespeitaram as pessoas que foram ao show.

(Soa a campainha.)

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) – Alguns gostam e outros, não. Mas não falaram nada. "Jesus, a rainha do céu", "Jesus é viado" – ninguém fez nada. Agora, porque nós oramos, faremos isso muitas vezes. Vocês vão ter que aguentar ter um Presidente que vai depender só de Deus. Nós vamos continuar orando e temos mil razões, razões sobejas, para agradecer a Deus o que fez, o Deus que nos trouxe até aqui, que nos guiou até aqui, que poupou a vida de Jair Bolsonaro, que, por alguns momentos, fez com que a Nação brasileira chorasse e visse a sua esperança esvair entre os dedos, como se Jair Bolsonaro, que verbaliza aquilo que sonha o Brasil, fosse morrer em Juiz de Fora, mas não foi.

    Ficam algumas lições, Sr. Presidente. Eu lhe agradeço pela oportunidade de verbalizar neste momento. Parte da fala que eu falei aqui eu falei com V. Exa., falei com Ricardo, falei com Cássio, falei com todo mundo. Cruzei este País falando em nome de Deus, cantando o Hino Nacional, chamando a atenção daqueles que confessam fé cristã. Esta é a maior Nação católica do mundo! Bendita é a Nação cujo Deus é o senhor! O Brasil acima de tudo e Deus acima de todos!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 31/10/2018 - Página 53