O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Social Democrata /PSDB - PA. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Sras. Senadoras e Srs. Senadores, ontem, 05 de novembro, a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) comemorou 9 anos de uma história de sucessos e de conquistas exprimidas na formação e na transformação de vidas de jovens da região oeste do meu Estado. Como autor do projeto (PLS 213/2006) que deu origem a Universidade, venho hoje à Tribuna deste Senado para falar em nome dos mais de 7 mil e quinhentos alunos de graduação matriculados e dos 1.118 servidores da instituição de ensino.

    Apesar de sua história ainda recente, a Ufopa vem se firmando como uma instituição pública de excelência. No último mês de julho, o Ministério da Educação recredenciou por mais oito anos a Universidade. O relatório de avaliação do MEC destacou a Ufopa como uma universidade que oferece um serviço educacional de qualidade e excelência acadêmica.

    Lá nos idos de julho de 2006, quando apresentei o projeto autorizativo para que o Poder Executivo pudesse criar a Ufopa, com sede no município de Santarém, tinha essa convicção. Há época, meus esforços eram no sentido de garantir à população do oeste paraense um ensino superior público e de qualidade. Capacitando e formando os paraenses daquela região, estaríamos sedimentando as bases para o desenvolvimento regional.

    Trabalhamos intensamente para que o projeto tivesse sua tramitação acelerada aqui no Senado. Aprovamos na CCJ e na CE. Em ambas as comissões por onde passou, o projeto foi brilhantemente relatado pelo então senador Eduardo Azeredo. No dia 25 de abril de 2007, a matéria seguiu para a Câmara dos Deputados. Naquela Casa, o projeto acabou sendo arquivado sob a justificativa de que a criação de órgãos da administração pública constitui atribuição privativa do Presidente da República.

    Apesar dos pesares, ainda assim continuamos lutando pela instituição. Estávamos certos de que seria fundamental para o processo de integração da região e para o desenvolvimento de políticas de uso sustentável e preservação dos recursos naturais a instalação de um polo acadêmico de ensino, pesquisa e extensão.

    Não relaxamos em nenhum momento. Fizemos pressão e conseguimos que o então presidente da República encaminhasse um projeto de lei, aos moldes daquele que tramitou no Congresso e que tive a felicidade de ser o autor.

    No dia 11 de setembro de 2009, o Poder Executivo encaminhou para o Congresso o PL 2879. Aqui no Senado, fui o relator nas duas comissões por onde esse projeto tramitou; na CCJ e CE. Em pouco menos de dois meses, aprovamos o projeto que foi revertido na Lei nº 12.085. Pronto. Estava criada a Ufopa, um sonho, um clamor dos paraenses.

    Pouco a pouco a Ufopa foi avançando os passos, se tornando robusta e capaz de dar conta dos desafios de levar uma educação pública de qualidade para o “coração da Amazônia”.

    Hoje, a Ufopa conta com mais de 40 cursos de graduação, ofertados em Santarém, sede da instituição, e nos campi de Alenquer, Itaituba, Juruti, Monte Alegre, Óbidos e Oriximiná. Além da graduação, a instituição também oferece 12 cursos de pós-graduação.

    Gostaria aqui de parabenizar a todos que construíram e continuam o processo de solidificação da Ufopa. Parabenizo aos alunos, os docentes e os demais servidores na pessoa do reitor da instituição, o professor doutor Hugo Alex Diniz.

    Parabenizo e faço votos para que essa história de sucesso perdure, e que aquela convicção que me fez lutar intensamente pela Ufopa se torne uma realidade, dando aos paraenses da região oeste as condições para podermos enfrentar de fato um processo de desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida.

    É isso que eu tinha a dizer.

    Obrigado.