Discurso durante a 150ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Considerações acerca da Revolução Tenentista de 1930 e da Revolução Constitucionalista de 1932.

Defesa da importância do agronegócio brasileiro para o crescimento econômico do País.

Autor
Guaracy Silveira (DC - Democracia Cristã/TO)
Nome completo: Guaracy Batista da Silveira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ATIVIDADE POLITICA:
  • Considerações acerca da Revolução Tenentista de 1930 e da Revolução Constitucionalista de 1932.
AGRICULTURA PECUARIA E ABASTECIMENTO:
  • Defesa da importância do agronegócio brasileiro para o crescimento econômico do País.
Publicação
Publicação no DSF de 08/12/2018 - Página 19
Assuntos
Outros > ATIVIDADE POLITICA
Outros > AGRICULTURA PECUARIA E ABASTECIMENTO
Indexação
  • COMENTARIO, ASSUNTO, REVOLUÇÃO, OBJETIVO, CRIAÇÃO, CONSTITUIÇÃO FEDERAL, REALIZAÇÃO, LOCAL, BRASIL.
  • REGISTRO, IMPORTANCIA, AGRONEGOCIO, LOCAL, BRASIL, MOTIVO, CRESCIMENTO, ECONOMIA NACIONAL, CRITICA, EXCESSO, ATUAÇÃO, PROTEÇÃO, MEIO AMBIENTE.

    O SR. GUARACY SILVEIRA (DC - TO. Para discursar.) – Obrigado, meu Presidente, Senador Paulo Paim. Enobrece-me ser presidido por V. Exa.

    Sou natural do Estado de São Paulo e Senador no momento pelo Estado do Tocantins. Eu fui bem cedo para a Amazônia e lá fiquei. Estudei um tempo em Porto Alegre, Colégio Dom Manuel, isso lá nos anos 70. E, Senador, eu gostaria de falar de um fato histórico.

    V. Exa. falou sobre revolução. E uma coisa muito mal compreendida no Brasil, mal historiada, mal falada e mal escrita é quando se fala em Revolução Tenentista e Revolução Constitucionalista. Interpreta-se que houve uma guerra entre gaúchos e paulistas, isso não é verdade. O que houve foi o seguinte. Quando Júlio Prestes foi eleito, após o Governo de Washington Luís, ele tomaria posse no ano de 1930, mas havia um descontentamento geral no Brasil devido à política do café com leite, alternância que se dizia entre Minas e São Paulo. Então, havia um descontentamento generalizado entre os Governadores, naquele tempo, das chamadas províncias, hoje Estados. Então, na Revolução Tenentista, parte dos revolucionários de 1924 era comandada pelo General Isidoro Lopes. Eles depois se uniram a Getúlio Vargas: não concordaram com a eleição de Júlio Prestes e apoiaram Getúlio Vargas para a derrubada de Washington Luís e, consequentemente, a tomada de posse mais tarde por Getúlio Vargas. E Getúlio Vargas entrou com uma proposta justamente de fazer uma nova Constituição. Era isso que todo o Brasil esperava, porque a nossa Constituição ainda tinha muita coisa do Império, lá da Constituição de 1824, e depois da Constituição Republicana de 1891. Era necessário, então, que se adaptasse para tempos mais modernos a Constituição. E era essa a promessa de Getúlio Vargas. Isso se chamou de Revolução Tenentista, em 1930. Não havia uma guerra entre gaúchos e paulistas. Essa é uma distorção de quem pensa assim. Havia ideias diferentes.

    Passou-se o tempo, e, como a Constituição prometida por Vargas não acontecia, em julho de 1932, houve uma repetição da revolução. Partes de Estados brasileiros se revoltaram, junto com o Estado de São Paulo – se não me engano, estava, de Mato Grosso... Justamente uma luta pela nova Constituição. Infelizmente, tivemos que ir a armas por causa disso daí. Foi a Constituição de 1932. E daí, terminada a Revolução de 1932, Getúlio se compromete novamente a fazer uma Constituição, que foi feita em 1934. Eu tenho a grata satisfação de ter tido o meu tio-avô Constituinte em 1934 – ele tem o mesmo nome meu, Guaracy Silveira – e depois novamente Constituinte em 1946. Ele era um pastor metodista e o primeiro Deputado evangélico, embora nós tivemos como Senador o Senador Rui Barbosa, que era evangélico também – um anglicano.

    Eu digo que a Constituição de 1934, infelizmente, que custou vida e sangue, durou pouco, porque, em 1937, é promulgada uma nova Constituição, de lavra única, da cabeça de Francisco Campos, que vai durar até a Constituição realmente democrática de 1945.

    Isso é apenas uma digressão histórica, aproveitando quando tocamos no assunto de revolução falando sobre o maior revolucionário de todos os tempos.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – V. Exa., de forma muito gentil, está esclarecendo um fato da história. Estamos aqui um paulista – o Estado em que V. Exa. nasceu – e eu do Rio Grande do Sul. V. Exa. esclareceu que houve alguma divergência no campo das ideias.

    O SR. GUARACY SILVEIRA (DC - TO) – Exatamente.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Mas não foi uma guerra entre São Paulo e o Rio Grande do Sul.

    O SR. GUARACY SILVEIRA (DC - TO) – Exatamente.

    O nosso pronunciamento de hoje, Senador Paulo Paim, é justamente sobre algo que me preocupa muito. Existem ambientalistas sérios e honestos que pensam realmente em preservar as boas coisas que há no mundo, mas existem ambientalistas terroristas que só querem o mal do Brasil. Eu trago uns dados da Nasa hoje aqui. Venho hoje à tribuna falar de dois temas que parecem antagônicos, mas são absolutamente complementares e interdependentes: agropecuária e meio ambiente.

    A devastação de matas e agricultura predatória são dois temas frequentes quando se avalia a preservação ambiental no Brasil, num falatório mal informado, repetido muitas vezes e de modo desonesto, porque, Senador, querem jogar muito o mundo contra nós, e isso não é justo. Isso não é justo! Por exemplo, eu até defendo que este próximo evento sobre a preservação ambiental seja feito no Brasil para nós debatermos e mostrarmos que nós não somos destruidores da natureza. Nós não somos destruidores da natureza, não somos!

    V. Exa. é de uma região em que os italianos subiram as encostas dos morros. Foi destruída a natureza? Não. Plantamos vinhas, de onde se retiram riquezas e divisas para este País. Plantamos maçãs, de onde se retiram divisas e riquezas para este País. Então, não é o produtor brasileiro, não é o agropecuarista um assassino da natureza. Esse povo, essa nossa gente precisa ser honrada, precisa ser preservada, porque, Senador Paulo Paim, não existe nada mais estratégico do que a alimentação. Nós podemos viver sem tecnologia, sem celular, sem computadores, sem carro, sem aviões, sem tudo isso nós podemos viver, mas nós não podemos viver sem alimentação. O povo brasileiro, o mundo não vai viver sem trigo, sem arroz, sem feijão, sem soja, sem açúcar, sem tubérculos, sem nossas frutas e legumes. Não vai viver. Então não há nada mais estratégico, não há nada mais estratégico do que a alimentação.

    O Brasil tem 8,5 milhões de quilômetros quadrados de terras férteis. Então, as pessoas que trabalham difamando o Brasil, criticando o Brasil, como se fôssemos destruidores da natureza, estão prestando um desserviço, é traição à Pátria, é traição a Nação brasileira, porque nós podemos superar em riqueza todas as nações.

    Que fabriquem os chineses, japoneses, americanos, alemães os mais avançados computadores do mundo. Depois, nós vamos pegar um quilo de café e trocar por isso daí, vamos pegar um quilo de carne e vamos trocar. Essa é a nossa tendência – e não estou dizendo que não devemos avançar na tecnologia, não é isso que estou dizendo, mas não existe nada de que o homem precise mais do que a alimentação. E o empresário rural, o sitiante, o agricultor, vejamos bem, queriam que fosse reflorestada aquela região das serras onde foram plantadas as uvas, onde foram plantados os cafezais em Minas, por exemplo, na região de Machado.

    Senador, as pessoas que combatem os nossos agricultores é porque não têm cheiro de terra, não conhecem, não vivem, querem fazer ecologia da Amazônia tomando uísque e cerveja na Vieira Souto, ou na Avenida Paulista, ou em Londres, ou em Nova York. Comete-se um crime contra a Nação brasileira, cria-se a ideia de um aquecimento global, que também não é verdade, que também não é verdade. Cria-se uma mentira sobre o aumento dos oceanos, que também não é verdade.

    As primeiras medições de oceanos foram feitas em 1740 pela Marinha inglesa e pela Marinha francesa e, depois, em 1780. No Brasil, as primeiras medições foram feitas em 1831 por ordem do Imperador para a demarcação das nossas terras. Incrivelmente, Senador Acir, Senador Paim, as medições dos níveis do mar e dos rios continuam os mesmos, continuam os mesmos de 1831 ou de 1740. Então, cria-se muita mentira. Eu não sei a serviço de quem, mas eu sei que é um serviço contra o Brasil. Não querem que cresçamos.

    Eu, socorrendo-me novamente à Presidência desta Casa, que é de um gaúcho, recorro-me à carta-testamento de Getúlio Vargas, que dizia que esta terra a que servi nunca mais será serva de ninguém, a terra a que servi nunca mais será escrava de ninguém, carta-testamento de Getúlio Vargas.

    Então, querem nos reduzir a ser pobres? Esta Nação nasceu sob o signo de se tornar rica, forte, poderosa, gigante, como diz o nosso Hino. No entanto, nós temos inimigos que não são ocultos, não; são inimigos bem revelados. Mas não revelam a verdadeira farsa dessa fraude cativante chamada ambientalismo. Eu sou a favor do meio ambiente, mas sou contra aqueles que querem travar o progresso e o desenvolvimento no Brasil. Senador, nós temos milhões e milhões de hectares de terras que podem ser agricultadas, o mundo continua crescendo. Querem parar o desenvolvimento do Brasil? Pare de nascer gente no mundo, mas nós temos mais de 7 bilhões de pessoas que precisam ser alimentadas. E é o Brasil este grande celeiro – é o Brasil este grande celeiro. Nós só temos 7,6% de área usada em agricultura; com a agropecuária, chegamos a 17%. Mas o ciclo é sempre assim: abre-se a terra com a agropecuária, como aconteceu nos pampas gaúchos, mais tarde vem a agricultura.

    Meus amigos Senadores, minha gente do Brasil, aqueles que nos assistem pela TV Senado, eu digo sempre: esta é uma grande opção de conhecimento e de sabedoria, assistam, prestigiem a Rádio e TV Senado.

    Senador Paulo Paim, a agricultura brasileira tem força gigantesca, ela pode ser realmente o instrumento que vai transformar o Brasil na primeira potência mundial, porque não interessa a nós sermos a primeira potência militar. Ontem, estavam aqui os militares. As nossas Forças Armadas são forças da paz, nós nunca entramos numa guerra que fosse nossa, nós só entramos em guerra de terceiros e nós entramos sempre para levar a paz. Então, meu bom amigo Senador Paulo Paim, eu vejo que, nos entreveros que o Brasil teve – um pouco com o Uruguai ou com a Argentina, que hoje deixamos só para o futebol –, entramos na Guerra do Paraguai, que também não era nossa – isto eu disse ontem aqui: era uma guerra contra a Argentina, mas nós entramos por circunstâncias históricas; entramos na Segunda Guerra Mundial, uma guerra que não era nossa, era de uma sanha assassina de um louco chamado Hitler e de outro chamado Mussolini. Entramos em favor da humanidade.

    Eu aproveito este meu pronunciamento para dizer que, hoje, as nossas Forças Armadas estão no Haiti em uma ação humanitária; estamos lá em Roraima, também numa ação humanitária, fazendo 9 mil refeições/dia para venezuelanos. Não são nossos, a culpa não é nossa. Foi um louco, um paranoico, que está prejudicando o seu próprio povo sem nenhum nacionalismo, sem nenhum amor à pátria, mas são as nossas Forças Armadas, o nosso povo, Senador Paulo Paim, que estão lá defendendo, fazendo 9 mil refeições/dia – café, almoço e janta. Então, essa é a generosidade do povo brasileiro e das nossas instituições.

    Mas eu continuo falando sobre a perseguição que se faz à agricultura brasileira.

    Senador, é tanta regularização, são tantas as dificuldades que se impõem ao povo mais simples, ao povo mais humilde, que, muitas vezes, para se pagar um imposto de R$15, você tem que contratar um contador que esteja habilitado para aquela situação. É uma burocratização.

    Assim, eu peço a este Senado, a V. Exa., que é um lutador, que se somem para que nós, realmente, aliviemos a carga que pesa sobre o agricultor brasileiro.

    Eu me lembro de uma frase do maior revolucionário de todos os tempos, Jesus Cristo, que disse assim: "Hipócritas os fariseus e saduceus, que põem sobre o povo uma grande carga, mas não movem o dedo mínimo para ajudá-lo a carregar".

    Ah, Srs. Senadores, gente brasileira, como nós precisamos perder essa hipocrisia! Em nome de um meio ambiente que não está destruído e que nunca o será, impõe-se sobre o agricultor, sobre o pecuarista, sobre o produtor brasileiro uma carga que ele não pode suportar. Essas pessoas, meu Presidente, estão simplesmente trabalhando contra o Brasil. São traidores da Pátria, são traidores da Pátria.

    Eu me lembro de como o seu conterrâneo, que eu admirava muito, Paulo Brossard, defendia o setor agropecuário, de como ele elogiava a competência do Rio Grande do Sul no agronegócio.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – E um dos grandes – permita-me só falar de Paulo Brossard – Senadores desta Casa. Quando eu cheguei aqui, o que mais me perguntavam era: "Como é que está o Paulo Brossard? Como é que está ele?" Um dos grandes oradores e um democrata.

    O SR. GUARACY SILVEIRA (DC - TO) – Um democrata.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Bela lembrança!

    O SR. GUARACY SILVEIRA (DC - TO) – E o que era interessante, Senador Paulo Paim, é que o Senador Jarbas Passarinho, outra reserva moral...

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Grande Senador também.

    O SR. GUARACY SILVEIRA (DC - TO) – É.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Eu convivi com ele aqui.

    O SR. GUARACY SILVEIRA (DC - TO) – Sim, na Constituinte. Então, V. Exa. sabe que o Senador Jarbas Passarinho foi um equilíbrio na nossa história e na nossa Constituição.

    Mas o que aconteceu? O Senador Paulo Brossard, que era líder da oposição, e o Senador Jarbas Passarinho, que era líder da situação, tinham discussões homéricas, mas, depois, saíam e desfrutavam de uma amizade invejável. Um ia à casa do outro. Muitas vezes estive junto e tive o prazer de ouvir o destilar da sabedoria daqueles dois homens. Era um momento em que todos tinham de se calar e escutar. E lembro como ele defendia o meio ambiente, como ele defendia a agricultura, a pecuária gaúcha.

    Olha, Senador, há um terrorismo feito por falsos ambientalistas, há um terrorismo que fazem contra o Brasil, é um terrorismo, é uma atitude apátrida, de traidores da pátria, porque este Brasil, este nosso Brasil pode ser uma nação gigante, a maior potência mundial...

(Soa a campainha.)

    O SR. GUARACY SILVEIRA (DC - TO) – ... porque quem mais produzir alimentos vai ser a nação mais poderosa do mundo, e isso podemos produzir. O mundo tem 7 bilhões de habitantes, como já falei – não sei até quando esta Terra suportará o aumento da população –, e o Brasil tem terra para alimentar o mundo. Vamos deixar o nosso produtor rural trabalhar, vamos deixar o homem do campo trabalhar, não os prejudiquemos.

    Tenhamos em nós, que vivemos na política brasileira, vivamos realmente a vontade de ajudar. Quando ajudamos o produtor brasileiro, não estamos ajudando só o nosso produtor, estamos ajudando a amenizar a fome do mundo.

    Falava, agora há pouco, que, dia 10 agora, comemoramos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Um dos direitos humanos, Senador Paulo Paim, é poder se alimentar e o Brasil pode fazer alimento para todos.

    Vamos deixar a gente do campo, a nossa gente trabalhar e produzir.

    Deus te abençoe, meu Presidente, Deus abençoe a Nação brasileira, Deus abençoe os Senadores, os funcionários desta Casa, os assessores e repórteres.

    E lembrem-se: o maior revolucionário de todos os tempos foi Jesus Cristo, que morreu um dia por nós.

    Deus abençoe a todos.

    Muito obrigado.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Muito bem, Senador Guaracy Silveira, meus cumprimentos pelo pronunciamento.

    E V. Exa. tocou em dois temas. Senador Hélio José, como nós que estamos – por circunstância da vida, mas é assim a democracia – no campo da oposição, vou me permitir fazer não é nem comentário, mas duas citações. Fala-se muito do Governo atual, mas, pelo menos, foi mantido o Ministério dos Direitos Humanos, que era uma preocupação de todos nós, e o Ministério do Meio Ambiente também foi mantido.

    É claro que nós estamos preocupados, é natural. Eu acharia que deveria ter sido mantido o Ministério do Trabalho, como também o da Indústria e Comércio. São dois setores que são molas propulsoras – dá para dizer – do crescimento da economia.

    Mas, quando me perguntam desses temas, sempre digo o seguinte, Hélio José: quem ganhou foi o Presidente eleito e ele tem o direito de indicar naturalmente...

    O SR. GUARACY SILVEIRA (DC - TO) – Exatamente.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – ... numa democracia presidencialista, as pessoas que ele achar mais adequadas e manter, enfim, enxugar ou não certos ministérios.

    Mas eu quis aqui enfatizar, pela sua fala, que foi mantido, pelo menos, o Ministério do Meio Ambiente, que é importante que se mantenha, porque ali vai ser um fórum de debates de questões que V. Exa. aqui aprofundou, e também, nessa linha, foi mantido também – na minha fala e na sua – o Ministério dos Direitos Humanos.

    O SR. GUARACY SILVEIRA (DC - TO) – E, Senador, tenho, até era para eu ter falado e o lapso aconteceu, afinal não somos crianças.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Bauer. Bloco Social Democrata/PSDB - SC) – V. Exa. fala aqui no momento que entender adequado. Estamos cumprindo um compromisso do Hélio José, porque ele pediu que a gente não encerrasse a sessão para que ele chegasse.

    O SR. GUARACY SILVEIRA (DC - TO) – O.k.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Compromisso fechado e acertado. Depois ele vai usar da palavra e, se V. Exa. puder, presidirá a sessão.

    O SR. GUARACY SILVEIRA (DC - TO) – O.k.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – ... presidirá a sessão ainda.

    O SR. GUARACY SILVEIRA (DC - TO) – Senador Hélio José, Senador Paim, ontem, o Presidente eleito, Bolsonaro, nomeou a Secretária da Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves, pastora da minha igreja.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Da sua igreja.

    O SR. GUARACY SILVEIRA (DC - TO) – Pastora da minha igreja, advogada, mulher competente, de uma vida realmente devotada à melhoria.

    Para que V. Exa. e esta Casa tomem noção, Senador Hélio, a Damares – ela me chama carinhosamente de "tio" – adotou uma criança ianomâni, se não me engano, que estava condenada à morte – ela adotou! Então, a Damares realmente é uma pessoa extremamente humana e competente – e competente!

    Eu disse a ela: "Eu já parabenizei o Bolsonaro por tê-la nomeado".

    Então, meus parabéns à Damares! Deus ajude que tenha realmente uma gestão memorável. Eu acredito nisso e peço a Deus isso.

    O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Vamos torcer por tudo isso, como a gente falava antes – eu e V. Exa.

    Nós nos enquadramos – nós três, eu diria – na linha daqueles que são otimistas. O pessimista já perdeu antes, porque ele é pessimista e acha que vai dar tudo errado.

    O SR. GUARACY SILVEIRA (DC - TO. Fora do microfone.) – O pessimismo não entrou.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/12/2018 - Página 19