Discurso durante a 149ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão Especial do Senado Federal destinada a homenagear os 80 anos de criação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.

Autor
Guaracy Silveira (DC - Democracia Cristã/TO)
Nome completo: Guaracy Batista da Silveira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Sessão Especial do Senado Federal destinada a homenagear os 80 anos de criação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.
Publicação
Publicação no DSF de 07/12/2018 - Página 44
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • SESSÃO ESPECIAL, SENADO, OBJETIVO, HOMENAGEM, ANIVERSARIO, CRIAÇÃO, GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL, PRESIDENCIA DA REPUBLICA.

    O SR. GUARACY SILVEIRA (DC - TO. Para discursar.) – Sr. Presidente Fernando Collor, Sr. Embaixador da República Eslovaca Milan Zachar, Embaixador José Luís Machado, Sr. Ministro de Estado do Gabinete de Segurança Sérgio Etchegoyen, Sr. Janér Tesch Alvarenga, Presidente da Abin, senhores que aqui estão presentes, todos que compõem a Mesa, meus colegas Senadores, povo brasileiro que nos vê neste momento, que nos assiste, que assiste à TV Senado e à Rádio Senado.

    Temos que render justas homenagens ao Sr. Presidente Fernando Collor por esta sessão solene. Nada é mais justo que isto: homenagear, Sr. Presidente, o Gabinete de Segurança Institucional.

    Mas eu queria ir um pouco além: que esta homenagem se estendesse a todas as nossas Forças Armadas.

    Meu Presidente, lembro-me de que, antigamente – e quem está mais velho tem essa oportunidade de lembrar o mais antigamente –, o nosso Ministério das Forças Armadas era chamado de Ministério da Guerra, um tema ou um nome que parece que não justifica a história, porque nós nunca fomos do Ministério da Guerra. Nós somos do Ministério da Paz. Sempre.

    Peço licença para homenagear as Forças Armadas brasileiras, que, em toda a sua história, a não ser pelo pouco de entrevero que tivemos com o Uruguai ou com a Argentina – e deixemos esse entrevero agora apenas para o futebol –, foram obrigadas a entrar em guerras que não eram nossas, como a Guerra do Paraguai.

    Mas, de lá para cá, as Forças Armadas, senhores, nunca entraram num conflito que fosse nosso. Nós entramos em embates que não eram nossos. Entramos na Segunda Guerra Mundial, fruto de psicopatas, Hitler e Mussolini. Mas para lá foram as Forças Armadas brasileiras. Com o nosso sangue, abastecemos o solo italiano. Sangue de heróis.

    Nós temos que homenagear, seja o nosso verde-oliva, seja nosso azul-celeste, seja o nosso branco-neve das nossas três Forças Armadas, que eu gosto de chamar das nossas Forças de Paz, porque nunca nós, brasileiros, a Nação brasileira, tivemos conflitos nossos.

(Soa a campainha.)

    O SR. GUARACY SILVEIRA (DC - TO) – Nós, sim, entramos em conflitos para salvar a humanidade. E nada mais significativo do que isso do que a nossa participação na Segunda Guerra Mundial, uma briga que não era nossa, uma briga que era contra a humanidade. E o Exército Brasileiro, as Forças Armadas brasileiras lá estiveram.

    Mas eu não poderia, senhores, deixar de reconhecer o que aconteceu e está acontecendo quando as nossas Forças Armadas estão indo bem, socorrendo o povo do Haiti, vítimas de uma catástrofe.

    Ah, senhores; ah, meu Presidente Fernando Collor... Como as nossas Forças Armadas são importantes!

    Agora, temos lá, na nossa divisa norte... Nosso setentrião está lá, as nossas Forças Armadas, cuidando de uma crise que nós não criamos, mais uma crise fruto de um psicopata, que governa a Venezuela; que oprime o seu próprio povo. Mas a nossas Forças Armadas estão lá. Nossas Forças Armadas estão lá, fazendo 9 mil refeições por dia; tratando daquele povo, dos retirantes venezuelanos.

    A ação das nossas Forças é muito mais uma ação humanitária.

    Não posso esquecer que, na minha juventude, colaborei com o Exército, com os BECs, na construção da Cuiabá-Porto Velho, da Cuiabá-Santarém, da Manaus-Porto Velho. E lembro com saudade.

    Como, Sr. Presidente, nós precisamos de novo equipar os BECs, que tanto fizeram e podem fazer por este Brasil!

    Nós temos que honrar isso.

    Meus caros Srs. militares, o Brasil muito lhes deve, mas eu vou além disso, a Nação brasileira muito lhes deve.

    Espero que a história, que deve sempre fazer justiça, faça justiça às Forças Armadas brasileiras, porque nós não somos forças armadas, nem forças de guerra, nós somos forças de paz. E nisso parabéns, Presidente Fernando Collor, por essa sua atitude de homenagear o Gabinete de Segurança Institucional. Homenageamo-los, mas, Gen. Etchegoyen, queremos homenagear todas as nossas Forças Armadas, porque não são forças armadas, são forças da paz.

    Deus abençoe a todos os senhores nessa ação, porque muito têm feito pela humanidade e particularmente pelo Brasil.

    Deus abençoe a Nação brasileira através dos senhores.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/12/2018 - Página 44