Discurso durante a 146ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Contentamento pela indicação, pelo Presidente da República eleito, Jair Bolsonaro, da Srª Damares Alves para chefiar o Ministério de Direitos Humanos, Família e Direitos da Mulher.

Autor
Telmário Mota (PTB - Partido Trabalhista Brasileiro/RR)
Nome completo: Telmário Mota de Oliveira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
PODER EXECUTIVO:
  • Contentamento pela indicação, pelo Presidente da República eleito, Jair Bolsonaro, da Srª Damares Alves para chefiar o Ministério de Direitos Humanos, Família e Direitos da Mulher.
Publicação
Publicação no DSF de 05/12/2018 - Página 13
Assunto
Outros > PODER EXECUTIVO
Indexação
  • CONGRATULAÇÕES, INDICAÇÃO, SERVIDOR, SENADO, OBJETIVO, OCUPAÇÃO, CARGO, MINISTERIO, FAMILIA, DIREITOS HUMANOS, MULHER.

    O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Moderador/PTB - RR. Para discursar.) – Sr. Presidente, Senador Cidinho, Srs. Senadores, Sras. Senadoras, telespectadores e telespectadoras da TV Senado, ouvintes da Rádio Senado.

    Sr. Presidente, eu venho a esta tribuna com o coração em festa, porque tomei conhecimento de que a Dra. Damares Alves, servidora desta Casa, foi indicada para o Ministério das Mulheres, Família e Direitos Humanos. Olha que beleza!

    Então, venho a esta tribuna me somar às mais de 300 instituições e movimentos que já emitiram nota de apoio ao nome da Dra. Damares. Eu quero aqui parabenizar o Presidente eleito, se ele escolheu, de fato, a Dra. Damares Alves para esse Ministério tão importante.

    A Dra. Damares é educadora, com formação em pedagogia desde a década de 80. Ela é advogada, com formação na década de 90, inscrita na OAB de São Paulo. É pastora evangélica, hoje ligada à Igreja Batista Lagoinha, de Belo Horizonte.

    A Dra. Damares é assessora jurídica da Frente Parlamentar em Defesa da Família e Apoio à Vida no Senado Federal, cujo Presidente é o Senador Magno Malta; e, por este motivo, ela está, inclusive, lotada no gabinete do referido Senador.

    Ela também foi assessora da CPI dos Maus Tratos de Crianças e Adolescentes, nas Comissões e Plenário.

    A Dra. Damares Alves é a mãe adotiva de uma menina indígena da etnia kamayurá, e este é, segundo ela, o seu maior título: ser mãe. Imagine: ela adotou uma indígena!

    Damares é ativista dos direitos humanos, militante da defesa da vida e da infância.

    Damares participa e coordena diversos movimentos sociais. Alguns foram por ela inclusive fundados.

    Na década de 80, foi uma das fundadoras do comitê estadual de Sergipe do movimento nacional Meninas e Meninos, quando ficou conhecida por sua aguerrida defesa das crianças de rua naquele Estado de Sergipe.

    Também em Sergipe, até o final da década de 80, atuou fortemente na defesa dos direitos das mulheres, pescadoras e trabalhadoras do campo. Existe ainda hoje, no povoado de Siririzinho, na cidade de Siriri, em Sergipe, um centro social que recebeu, em 1987, Senador Medeiros, o nome da Damares Alves.

    Seguiu sua trajetória na defesa das mulheres vítimas de violência, advogando para elas de graça por anos, e na proteção de jovens e adolescentes em situação de risco.

    A Dra. Damares Alves, hoje, é uma das coordenadoras do movimento nacional pela cidadania Brasil Sem Aborto. Ela é coordenadora do movimento nacional Brasil Sem Drogas.

    A Dra. Damares Alves participa do Instituto Flores de Aço, com sede em Brasília, que milita em defesa dos direitos da mulher.

    A Dra. Damares é uma das fundadoras do movimento Brasil Sem Dor, que atua na prevenção de automutilação e autolesão e do suicídio de jovens, crianças e adolescentes.

    Coordena a campanha "Brasil um País que Adota".

    Também a Dra. Damares Alves é membro do programa mundial Infância Protegida.

    Mas Damares ficou nacionalmente conhecida por suas lutas contra a erotização das crianças no Brasil. Seus vídeos circulam pelas redes sociais, levando informações importantes para a sociedade.

    Ela é palestrante e conferencista e anda pelo Brasil falando para pais, educadores, advogados, líderes religiosos, assistentes sociais etc.

    Ficou ainda conhecida por sua militância em defesa dos povos tradicionais, em especial os ciganos e indígenas.

    A Dra. Damares é fundadora do Instituto e Movimento Atini – Voz Pela Vida, que tem uma chácara em Brasília, onde são acolhidas as mães e crianças indígenas em situação de risco.

    É também coidealizadora do Projeto Tekoê, que tem sede no Gama, Distrito Federal, e que também acolhe mães e crianças indígenas em situação de risco.

    Foi a Dra. Damares quem teve a coragem de quebrar o silêncio e trazer para a sociedade e para o Parlamento o debate sobre o infanticídio indígena. Inclusive, essa criança que ela adotou, ela a livrou do infanticídio nas comunidades, porque as crianças que nascem em determinadas culturas indígenas... Quando nascem duas, sempre a mais fraca eles realmente, lamentavelmente, eliminam. E aquelas que saem portadores de alguma deficiência.

    Hoje, ainda cerca de 30 povos sacrificam suas crianças quando nascem gêmeas, com qualquer deficiência física ou mental. Ainda são sacrificados filhos de mães solteiras ou crianças que são consideradas amaldiçoadas. Estima-se que mais de mil crianças indígenas possam estar sendo sacrificadas no Brasil.

    No Senado Federal, tramita um projeto de lei idealizado pelo Movimento Atini, liderado pela Dra. Damares, para que as crianças indígenas em situação de risco sejam protegidas.

    Essa é Damares, cotada para o Ministério das Mulheres, Família e Direitos Humanos, e eu me somo às mais de 300 instituições e movimentos que apoiam a indicação da Dra. Damares para o Ministério das Mulheres, Família e Direitos Humanos.

    Portanto, Sr. Presidente, Srs. Senadores, Sras. Senadoras, quem hoje luta contra a indicação da Dra. Damares não está a serviço de Deus e nem tem Deus no coração. Sem nenhuma dúvida, a Dra. Damares está superpreparada para ocupar esse Ministério tão importante para a sociedade brasileira.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/12/2018 - Página 13