Pronunciamento de Eduardo Amorim em 05/12/2018
Discurso durante a 147ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Comentários acerca da trajetória política de S. Exa. e agradecimento aos cidadãos pelo apoio e confiança.
- Autor
- Eduardo Amorim (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/SE)
- Nome completo: Eduardo Alves do Amorim
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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ATIVIDADE POLITICA:
- Comentários acerca da trajetória política de S. Exa. e agradecimento aos cidadãos pelo apoio e confiança.
- Publicação
- Publicação no DSF de 06/12/2018 - Página 23
- Assunto
- Outros > ATIVIDADE POLITICA
- Indexação
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- COMENTARIO, ATUAÇÃO PARLAMENTAR, ORADOR, PERIODO, EXERCICIO, MANDATO, SENADOR, AGRADECIMENTO, POPULAÇÃO, ESTADO DE SERGIPE (SE).
O SR. EDUARDO AMORIM (Bloco Social Democrata/PSDB - SE. Para discursar.) – Obrigado, Sr. Presidente Ataídes.
Sras. Senadoras, Srs. Senadores, ouvintes da Rádio Senado, telespectadores da TV Senado, todos que nos acompanham pelas redes sociais, especialmente no meu querido Estado de Sergipe, Sr. Presidente, antes de mais nada, quero de coração agradecer a centenas de milhares de sergipanos que, ao longo da nossa trajetória política, da nossa caminhada política, me deram total confiança em minha atuação no Parlamento e que sabem da boa política que procuro desenvolver ao longo desses anos aqui no Congresso Nacional.
Como sempre disse, a política entrou na minha vida como uma missão, a ser cumprida com honestidade, com dedicação, com transparência, ou seja, obedecendo e sendo rígido aos princípios da moralidade, da ética, do zelo e do respeito à coisa pública, por entendê-los como instrumento de transformação social, como uma ferramenta para que nosso povo, especialmente do meu Estado, o Estado de Sergipe, possa ter dias melhores, com a dignidade batendo em cada porta, entrando em cada lar, em cada casa.
Que isso aconteça, Sr. Presidente, o mais rapidamente possível em todo continente nacional para todas as famílias brasileiras.
A missão de cuidar da dor do outro sempre fez parte das minhas escolhas desde bem jovem. Não é à toa que, entre todas as áreas da Medicina, optei por me especializar em anestesiologia e, mais tarde, em algologia, estudo da dor, que é o tratamento clínico da dor.
Entretanto, foi na atuação política que percebi a oportunidade de cuidar da dor maior, da dor coletiva, daquela que, de uma vez só, aflige centenas, milhares e milhares de brasileiros, em diversos cantos deste País. Refiro-me à dor social, à dor do desemprego, à dor da violência, à dor pela falta do medicamento, à dor pela falta do leito hospitalar necessário na hora de uma dor física, enfim, às inúmeras mazelas com as quais convivemos há centenas, dezenas de anos.
A dor física, Sr. Presidente, colegas Senadores, de maneira genérica, é uma sensação desagradável, provocada por uma lesão. Já o descaso com os serviços públicos, sobretudo com a saúde, com a educação, com a segurança, gera patologias gravíssimas no tecido social.
E foi lutando o bom combate contra a falta de efetividade de políticas públicas para essas áreas que foquei minha atuação aqui no Congresso Nacional, especialmente no Senado, tanto na Câmara como aqui nesta Casa.
Entretanto, colegas Senadores, aqui também procuro ser partidário da transparência, do zelo com os gastos públicos. Acredito, inclusive, que é preciso melhorar o funcionamento dos órgãos de fiscalização e de controle, como dos tribunais de contas em todos os níveis – municipal, estadual e federal.
Talvez, colegas Senadores, eu seja o único Parlamentar, o único, a ter um site em que há, Sr. Presidente – e aqui fica o exemplo –, Senador Guaracy, Senador Ataídes, um mapa do meu Estado, com a bandeja do meu Estado – aí vai um pouco do bairrismo com relação à minha terra. E cada pontinho desse simboliza uma cidade sergipana. Você clica sobre esse pontinho e vai perceber o que foi possível liberar via emendas ao longo da nossa trajetória política.
Entre os 594 Parlamentares desta Casa e da Câmara dos Deputados, talvez eu seja o único a ter uma ferramenta tão clara, tão rápida e tão preciosa como essa, fruto do trabalho – e aqui agradeço – de todos os membros do nosso gabinete.
Outro ponto que defendi com determinação foi a reforma tributária, a mãe de todas as reformas, que considero urgente.
Sr. Presidente, é inquestionável que a cobrança de impostos no País precisa ser mais racional, menos burocrática, mais transparente e trazer para a população uma taxa de retorno que seja compatível com a imensa carga tributária que nos é imposta.
Neste País, Sr. Presidente – e aí fui me pós-graduar em Direito Tributário –, existem, acredite, mais de 94 tipos e subtipos de tributos. É uma maldade, é uma perversidade. Quando se tem um número tão gigantesco, Sr. Presidente, nos sinaliza que não se tem como cobrar com efetividade um número tão gigantesco, não se tem como cobrar com justiça, para que aqueles que ganham mais possam contribuir mais e os que ganham menos possam contribuir menos, porque é burocrática e pesada a máquina federativa.
E foi justamente por esse trabalho desenvolvido, colegas Senadores, que aqui, em 2014, recebi a notícia de que havia sido indicado como um dos melhores Senadores do Brasil pelo Ranking do Progresso – avaliação anual objetiva do desempenho de Senadores e Deputados feita na época pela revista Veja em parceria com o Núcleo de Estudos sobre o Congresso (Necon), do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (lesp-Uerj) –, notícia que recebi com muita alegria, mas, sobretudo, com muita humildade, tirando, naquela época, nota dez entre todos os Senadores.
Com o olhar atento ao meu Estado, o Estado de Sergipe, destinei, durante o meu mandato, emendas para todos os Municípios.
Sei que diz o princípio universal que toda regra tem exceção, mas neste caso, Sr. Presidente, não é exceção. Talvez seja uma das poucas exceções à regra.
Mandei, sim, emendas para todos os 75 Municípios. Se foram bem aproveitadas ou não, isso não dependeu de mim, mas procuramos fiscalizar e mostrar, de forma transparente, que os recursos estavam lá ou que foram destinados aos 75 Municípios sergipanos, independentemente da bandeira e da cor partidária que carrega cada Prefeito ou cada gestor, por acreditar que se legisla para as pessoas e por manter-me fiel aos meus valores éticos e princípios morais.
Um futuro, Sr. Presidente, em que políticas de Estado devam sobretudo prevalecer sobre as políticas de Governo; em que a nossa jovem Constituição cidadã, que acaba de completar 30 anos e que ainda clama por efetividade em muitas áreas, seja de fato respeitada, sobretudo nas questões relativas aos direitos inscritos no Título VIII, Da Ordem Social, que dispõe sobre questões fundamentais, tais como: saúde, educação, meio ambiente, entre vários outros capítulos igualmente importantes.
Acreditamos que o protagonismo para as mudanças de que o Brasil tanto precisa virá a médio prazo, por intermédio do acesso à educação de qualidade, já que esta – a educação – é um dos principais pilares para o desenvolvimento de uma nação. Não há outro, Sr. Presidente. Poderia listar inúmeras vantagens de um país que investe nessa área, mas vou citar apenas alguns exemplos: o aumento da renda das famílias, mais saúde, mais qualidade de vida, menos subemprego e, principalmente, menos violência.
A partir do próximo ano, a vida toma outro rumo, é fato, mas o cuidado e a atenção ao outro permanecem imutáveis e, como cidadão, seguirei atento ao que acontece tanto no meu Estado, em Sergipe, como no Brasil.
Sr. Presidente, colegas Senadores, algumas vezes desta tribuna disse, desta tribuna, que – abro aspas: "Sonho que se sonha junto é realidade", palavras e versos do poeta baiano. E posso lhe dizer, Sr. Presidente, que comigo sonharam milhares de sergipanos, e a cada um de vocês quero, da tribuna do Senado Federal, agradecer pelas demonstrações de apoio e confiança em mim, por intermédio do voto ou das palavras de carinho que sempre tiveram comigo.
Nem Cristo, Sr. Presidente, agradou a todos, mas, com certeza, procurei, ao longo dos anos de mandato...
(Soa a campainha.)
O SR. EDUARDO AMORIM (Bloco Social Democrata/PSDB - SE) – ... ser transparente, sem abrir mão, em nenhum momento, do zelo e do cuidado que se dever ter com a coisa pública. A coisa pública, Sr. Presidente, é coisa sagrada, porque vem, sobretudo, do suor de muitos, mas especialmente daqueles que, muitas vezes, tiram a comida do filho ou deixam de dar o remédio necessário para pagar imposto neste País.
Por isso, não canso de repetir que estar na política, para mim, sempre foi uma missão e sei que, para o senhor e para o nobre Senador Guaracy, também é uma missão. Aqui, não têm que estar os corruptos, nem os malandros, nem os espertos, nem os egoístas. Aqui, devem estar os sonhadores. Aqui devem estar aqueles que desejam ver um País muito melhor e muito mais justo. Eu sonho com isso.
Estar político neste País não é fácil.
(Soa a campainha.)
O SR. EDUARDO AMORIM (Bloco Social Democrata/PSDB - SE) – Com certeza, é muito mais fácil o exercício da Medicina, mas aqui também a gente cuida. Aqui, a gente trata não só de maneira individualizada, mas, e muito mais do que isso, de maneira coletiva: milhares e, quem sabe, milhões de uma vez só.
Deixo esta Casa, mas com o orgulho muito grande de ter aqui representado o meu povo e a minha gente.
Saio com a brancura com que cheguei, com a transparência com que cheguei e com a sensação realmente de muitos sonhos realizados. Não todos, mas, com certeza, muitos. A luta continua. Sou um soldado. Não me afastarei dela. Quero, sim, continuar dando a minha contribuição esteja lá em que canto for – no centro cirúrgico, no consultório, nas ruas –, com a mesma humildade, porque humildade é coisa para todos, mas nem todos sabem viver. Dizia isso alguns minutos atrás ao nosso amigo e colega Zezinho, que tanto nos ajuda aqui.
(Soa a campainha.)
O SR. EDUARDO AMORIM (Bloco Social Democrata/PSDB - SE) – Então, Sr. Presidente, obrigado pelo tempo, pela paciência e pela oportunidade.