Pela ordem durante a 151ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão especial destinada a entregar a Comenda de Incentivo à Cultura Luís da Câmara Cascudo.

Autor
Ana Amélia (PP - Progressistas/RS)
Nome completo: Ana Amélia de Lemos
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Sessão especial destinada a entregar a Comenda de Incentivo à Cultura Luís da Câmara Cascudo.
Publicação
Publicação no DSF de 11/12/2018 - Página 28
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • SESSÃO ESPECIAL, SENADO, OBJETIVO, ENTREGA, COMENDA, INCENTIVO, CULTURA.

    A SRA. ANA AMÉLIA (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RS. Pela ordem.) – Vou ser breve. Daqui do Plenário, faço um registro.

    Tive a honra de ter encaminhado à Comissão presidida por V. Exa., para receber também igual premiação, o Movimento Tradicionalista Gaúcho. Esse movimento celebrou, agora, 52 anos – mas, em 2016, 50 anos.

    E fico muito feliz.

    Ouvi aqui as palavras do Carlos Paixão Côrtes, filho do grande e merecido homenageado de hoje, junto com ilustres figuras que tanto contribuíram para a cultura do nosso País – não só regionalmente. Mas há um traço muito comum entre Luís da Câmara Cascudo, que dá nome a este prêmio, e Paixão Côrtes. Os dois – até pelo nome, Paixão – eram apaixonados pela sua terra.

    Daliana fez um discurso aqui que nos encantou a todos. A fruta não cai longe do pé, dizia o meu marido. E é um termo muito gaúcho. Você prova isso. A genética não sai de você. O sangue está aí.

    Então, parabéns, Carlos, família e todos os homenageados. Parabéns, Senadora Fátima Bezerra, por ter criado esta premiação.

    A história, como eu disse, de Luís da Câmara Cascudo, é muito parecida com a de Paixão Côrtes. Ambos tinham o amor pela sua terra. O folclore é a raiz da cultura, é aquilo que vem de toda a essência de cada um, do Rio Grande do Norte, do seu Rio Grande do Norte amado, como do nosso Rio Grande do Sul amado, Paulo Paim, Lasier Martins.

    Então, como ele foi, Paixão Côrtes, o idealizador do Movimento Tradicionalista Gaúcho, lá em 1948, quando criou o 35 CTG, que foi o precursor de todos os CTGs aqui mencionados pelo Senador Lasier Martins e que se espalharam como bandeiras das quais o gaúcho tem muito orgulho – não só do seu hino, mas da sua terra, das suas tradições –, Paixão Côrtes talvez tenha sido o historiador, junto com Barbosa Leza, junto com Glaucus Saraiva e tantos outros, a fazer essa cultura gaúcha ter a força que ela tem. E eu, como Senadora do Rio Grande, junto com Lasier Martins e Paulo Paim aqui estamos, numa segunda-feira, para honrarmos a memória e o valor imortalizado no bronze por Antônio Caringi, na Estátua do Laçador. Essa obra foi considerada, em 1996, como o símbolo de Porto Alegre, devido à relevância que ele teve, pela sua genialidade, pelo seu jeitão fronteiriço, lá de Santana do Livramento, que cativava a quem chegasse perto dele, e pela contribuição que ele deu para a cultura não só do Rio Grande, mas também para mostrar que essa cultura, esse folclore, essa raiz da cultura de cada região e de cada Estado tem uma força vigorosa, que cada vez mais fortalece a cultura brasileira.

    Então, parabéns, Senadora Fátima, por isso, mas parabéns sobretudo ao Movimento Tradicionalista Gaúcho, que eu indiquei nesse prêmio, mas que, na figura de Paixão Côrtes é muito, muito bem celebrado, muito, muito bem representado, porque ele foi um dos idealizadores. O CTG fez 70 anos, em 2018, e o MTG fez 52 anos neste ano. Então, todos estão de parabéns por esse prêmio, por esse momento em que a gente precisa parar um pouco, com tantos conflitos, com tantas agonias, com tantas coisas tristes, com tantas preocupações, no encerrar do ano de 2018, com tantos desafios que tivemos, Senadora Fátima, e a senhora também os terá, agora, no comando do seu Estado, na terra de Luís da Câmara Cascudo. Assim, nós temos que fazer uma reflexão para dizer que na raiz de tudo está o humanismo tão bem falado aqui por ele, que idealizou o prêmio; o humanismo, a relação fraterna, o respeito às diferenças, sejam elas culturais, ideológicas, partidárias, diferenças de gênero, diferenças religiosas, diferenças esportivas até, todas as diferenças. E o respeito a isso é o que Câmara Cascudo e que Paixão Cortes certamente estariam aqui pedindo para a gente: "Brasileiros, sejam tolerantes. Brasileiros, gostem uns dos outros. Respeitem uns aos outros". O folclore também tinha isso.

    Muito obrigada, Senadora Fátima Bezerra.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/12/2018 - Página 28