Comunicação inadiável durante a 156ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Reflexão sobre os 50 anos da edição do Ato Institucional nº 5.

Autor
Simone Tebet (MDB - Movimento Democrático Brasileiro/MS)
Nome completo: Simone Nassar Tebet
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL:
  • Reflexão sobre os 50 anos da edição do Ato Institucional nº 5.
Publicação
Publicação no DSF de 14/12/2018 - Página 18
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL
Indexação
  • REGISTRO, ANIVERSARIO, EDIÇÃO, ATO INSTITUCIONAL, REGIME MILITAR, COMENTARIO, ATUAÇÃO, MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO (MDB).

    A SRA. SIMONE TEBET (Bloco Maioria/MDB - MS. Para comunicação inadiável.) – Obrigada, Sr. Presidente.

    Embora numa comunicação inadiável, eu quero aqui também falar em nome na minha Bancada do MDB, em nome de todos os Senadores, afinal, hoje é o dia 13 de dezembro do ano de 2018, hoje estamos aqui não para fazer um discurso, mas para lembrar uma data histórica que não queremos que volte mais. Hoje estamos lembrando os 50 anos da edição do Ato Institucional nº 5. É fundamental nós podermos registrar este momento.

    Fosse hoje aquele dia, Senador Walter Pinheiro, eu não poderia estar aqui. Fosse hoje aquele dia, Sr. Presidente, V. Exa. não estaria presidindo esta Casa, as notas taquigráficas, a nossa equipe de cinegrafistas não estariam fazendo o registro da história do País, as Comissões não estariam funcionando, nós não teríamos trabalhadores prestando serviços ao País. É preciso lembrar desse dia para que fique claro que nós hoje vivemos um novo tempo, vivemos a antítese daquele dia do Ato Institucional nº 5.

    Constituição cidadã, pleno exercício da democracia, liberdade de ir e vir e liberdade de expressão. Isto é o que significa o presente, e é o que queremos para o futuro do País.

    Portanto, a minha fala hoje talvez seja a mais breve de todas as que já fiz na tribuna desta Casa, Sr. Presidente. É lembrando este dia e o papel histórico do MDB numa única linha que, na realidade, reflete uma foto que hoje o Brasil conhece. O MDB, como muitos partidos, bradou contra os cães da ditadura, aqui lembrando da figura do nosso eterno timoneiro Ulysses Guimarães.

    E é por isso que eu encerro as minhas palavras, lembrando tudo aquilo que nós queremos para o presente e para o futuro do País, e não poderia, não teria, Senadora Regina, a capacidade de dizê-las melhor do que também o nosso patrono Ruy Barbosa, esse exemplo de todos nós – abre aspas:

A pátria não é ninguém: são todos; e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação. A pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo: é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade. Ruy Barbosa.

    Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

    Muito obrigada.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/12/2018 - Página 18