Fala da Presidência durante a 26ª Sessão Especial, no Senado Federal

Abertura da Sessão Especial destinada a comemorar os 110 anos da criação da Diretoria de Indústria Animal; os 36 anos da Academia Brasileira de Medicina Veterinária (Abramvet); os 99 anos da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária (SBMV) e homenagear a primeira mulher Médica Veterinária diplomada no Brasil, a Doutora Alzira de Souza.

Autor
Wellington Fagundes (PR - Partido Liberal/MT)
Nome completo: Wellington Antonio Fagundes
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Abertura da Sessão Especial destinada a comemorar os 110 anos da criação da Diretoria de Indústria Animal; os 36 anos da Academia Brasileira de Medicina Veterinária (Abramvet); os 99 anos da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária (SBMV) e homenagear a primeira mulher Médica Veterinária diplomada no Brasil, a Doutora Alzira de Souza.
Publicação
Publicação no DSF de 19/03/2019 - Página 8
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • ABERTURA, SESSÃO ESPECIAL, HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, DIRETORIA, INDUSTRIA, ANIMAL, SOCIEDADE, VETERINARIA.

    O SR. PRESIDENTE (Wellington Fagundes. Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – Sob a proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos.

    A presente sessão especial é destinada a comemorar os 110 anos da criação da Diretoria de Indústria Animal; também os 36 anos da Academia Brasileira de Medicina Veterinária (Abramvet), com destaque especial ao seu Presidente, Prof. Dr. Milton Thiago de Mello; também os 99 anos da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária (SBMV); e ainda a homenagear a primeira mulher Médica Veterinária diplomada no nosso País, a Dra. Alzira de Souza, nos termos do Requerimento nº 20, de 2019, de minha autoria, Senador Wellington Fagundes, e também de outros Senadores.

    Já quero aqui agradecer a presença do Senador Acir Gurgacz, também da Senadora Maria do Carmo Alves, nossa companheira do Bloco Vanguarda.

    Quero aqui convidar para estar à Mesa conosco, representando o Comandante do Exército Brasileiro, General-de-Brigada Pedro Paulo Levi Mateus Canazio; (Palmas.)

    O nosso Presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária, Sr. Francisco Cavalcanti de Almeida; (Palmas.)

    Com muita honra, o nosso Presidente da Academia Brasileira de Medicina Veterinária, Sr. Dr. Milton Thiago de Mello, na sua juventude de apenas 103 anos de idade. (Palmas.)

    Quero convidar também o Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária, Sr. Dr. Luiz Carlos Rodrigues Cecílio; (Palmas.)

    O Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária, Sr. Dr. Josélio Moura. (Palmas.)

    Convido também o Vice-Presidente da Federação Nacional dos Médicos Veterinários, Sr. Dr. José Pinto da Rocha; (Palmas.)

    E o nosso Secretário em exercício de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, representando a nossa Ministra, o Sr. Dr. Flávio Bettarello. (Palmas.)

    Convido todos a, em posição de respeito, acompanharmos o Hino Nacional do Brasil.

(Procede-se à execução do Hino Nacional.)

    O SR. PRESIDENTE (Wellington Fagundes. Bloco Parlamentar Vanguarda/PR - MT) – Como já nominamos a todos, vamos tentar ser um pouco objetivos, até porque o meu discurso está muito longo.

    Então, eu quero aqui cumprimentar, em nome do General de Brigada Pedro Paulo, todo o Exército Brasileiro; cumprimentar também o Dr. Francisco Cavalcanti de Almeida, em nome de todos os médicos veterinários do Brasil, já que ele é o Presidente do nosso Conselho Federal de Medicina Veterinária; e o nosso pouco experiente, ainda jovem Dr. Milton Thiago de Mello.

    O microfone estava totalmente fora? Eu vou repetir então.

    Quero cumprimentar aqui, em nome do General de Brigada Pedro Paulo Levi Mateus Canazio e em nome de todo o Exército Brasileiro, todos os profissionais, já que o Exército Brasileiro tem ainda, dentro da sua corporação, muitos companheiros médicos veterinários e tradição na cavalaria. Quero cumprimentar aqui, em nome do Conselho Federal de Medicina Veterinária, o Dr. Francisco Cavalcanti de Almeida, em nome de todos os médicos veterinários do Brasil; e o Dr. Thiago de Mello, esse jovem que está aqui ao meu lado.

    Quero aqui dizer que, em um país de dimensões e desafios tão superlativos quanto os nossos, a épica jornada que transformou milhões de quilômetros de terra hostil em uma das maiores potências agrícolas do Planeta somente poderia ter sido protagonizada por pessoas fortes, determinadas e devotadas. São simplesmente incontáveis os exemplos de heróis que, ao longo de nossa história, dedicaram as suas vidas a construir as condições para que essa revolução se consumasse.

    É em boa hora, portanto, que nos reunimos para reverenciar tudo que alguns desses homens e mulheres fizeram para que o setor primário se transformasse naquilo que é hoje: o principal vetor do desenvolvimento nacional. Girando e disseminando conhecimento, lavrando a terra ou manejando a criação, pessoas e organizações, como as que ora enaltecemos, quebraram barreiras, geraram oportunidades e produziram muitas riquezas para o Brasil.

    Assim, ao homenagear a Medicina Veterinária como um todo, a trajetória das nossas instituições e as biografias de profissionais que simbolizam o esforço de milhares de pessoas, nós estamos, na verdade, reconhecendo o fundamental papel desempenhado na construção do Brasil de hoje, que tanto nos orgulha. Permita-me, portanto, colegas, uma rápida explanação histórica.

    A Medicina Veterinária vem de um longo caminho percorrido há milênios. A citação bíblica encontrada no Livro de Gênesis, Capítulo 1, Versículos de 24 a 26, já nos permite vislumbrar o que viria a ser o embrião da Medicina Veterinária, abre aspas: "E disse Deus: 'Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado e répteis e bestas-feras da terra conforme a sua espécie; e assim foi. [...] E que o homem domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre o todo réptil que se move sobre a terra'".

    A origem da Medicina Veterinária perde-se na mais remota antiguidade, quando o homem começou a domesticar o primeiro animal. Domesticar foi um processo lento e profundo, promoveu mudanças comportamentais morfológicas e fisiológicas, ensejou não somente a posse do indivíduo, mas também das raças. Nessa milenar caminhada, os animais passaram a significar para o homem companhia, alimento, agasalho, transporte, força de tração e também arma de defesa.

    Como ciência, a Veterinária teve sua origem em 1762, quando o Claude Bourgelat iniciou em Lyon, na França, o primeiro curso de Veterinária. Aqui no Brasil, à época do descobrimento, os habitantes não criavam animais domésticos. A exuberância da fauna e da flora permitiam uma saudável alimentação. Os primeiros bovinos chegaram ao Brasil a partir de 1534, por Dona Ana Pimentel, esposa de Martim Afonso de Sousa, donatário da Capitania de São Vicente. E, no final do século XIX, a produção animal já estava bastante valorizada.

    Em 1875, D. Pedro II, em visita à Escola de Veterinária de Alfort, fica vivamente impressionado com a explanação feita pelo Prof. Collin, e volta ao Brasil com o intuito de aqui criar um curso de Medicina Veterinária. Esse sonho se tornou realidade no século seguinte, já no advento da República. O século XX foi promissor para a Medicina Veterinária brasileira: viu nascer os primeiros cursos e os viu multiplicados às centenas; testemunhou também a criação de importantes instituições, a realização de extraordinários projetos e programas; e assistiu à profissão galgar o alto patamar que ocupa no contexto das atividades laborais, valoroso sustentáculo da economia brasileira.

    Cito os principais marcos da escalada da Veterinária no Brasil, no decorrer do século passado, que permitiu adentrar ao terceiro milênio em nível idêntico àquele dos países mais evoluídos do mundo.

    Em 1909, foi criada a Diretoria da Indústria Animal, marco histórico para o desenvolvimento da pecuária nacional. Demonstra aí que o Governo Federal sempre esteve atento à importância socioeconômica da nossa população animal e à necessidade de se qualificar a mão de obra empregada no seu manejo.

    Junto às outras medidas adotadas na gênese do Ministério da Agricultura e aperfeiçoadas ao longo dos anos, podemos dizer que o surgimento da diretoria foi um dos embriões da moderna e competitiva produção agropecuária dos dias atuais.

    Esta simbiose entre o Estado, os produtores e os técnicos da área é uma das maiores razões pelas quais o agronegócio responde por mais de um terço do Produto Interno Bruto do nosso País. Posso garantir, então, que os 110 anos da Diretoria da Indústria Animal merecem ser comemorados com muito entusiasmo.

    Em 1910, foram criadas as duas primeiras instituições de ensino de Medicina Veterinária no Brasil: a Escola de Veterinária do Exército – por isso a nossa homenagem –, criada por decreto em janeiro de 1910 e aberta em 17 de julho de 1914; e também a Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária, criada através de decreto em outubro de 1910 e aberta em 4 de setembro de 1913.

    O nível de ensino instituído no País começou com elevada qualidade, pois contou com a chamada Missão Francesa, formada por professores de Alfort, na época a mais conceituada escola de Medicina Veterinária do mundo. Ambas foram instaladas na cidade do Rio de Janeiro, com sua primeira turma formando-se em 1917.

    Já, em 1920, foi criada a Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária, entidade mãe da profissão no Brasil, que surgiu com o propósito de dar respaldo aos médicos veterinários no desenvolvimento técnico, cultural, social e econômico. Tornou-se o agente catalisador na formação de todas as demais entidades ligadas à Veterinária no País.

    Na iminência de completar um século de existência, a sociedade tem-se notabilizado por servir de elo entre as entidades de Medicina Veterinária espalhadas pelo Território nacional, fomentando todos os ramos da profissão e contribuindo para o seu aperfeiçoamento, cumprindo, assim, esse papel institucional. Por isso, a Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária foi e segue sendo um farol para o desenvolvimento e a democratização de técnicas que ajudaram a inscrever nossa Nação no rol das referências da área.

    Já em 1922, realiza-se o 1º Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária, Centenário da Independência do Brasil. Um dos grandes feitos da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária foi, e continua sendo, a realização ininterrupta desses eventos. Daquele ano até a presente data, foram realizados 44 CONBRAVETs.

    Em 1924, forma-se a primeira mulher médica veterinária, a pioneira Alzira de Souza, que concluiu sua graduação em Pouso Alegre do Passa Quatro, em Minas Gerais. Estamos aqui com o nosso Deputado mineiro, Deputado Estadual, representando aquele Estado tão importante do País.

    É importante ressaltar que a atuação feminina na área tem crescido de forma exponencial, sendo comum encontrar atualmente, em muitos de nossos mais de 350 cursos de Medicina Veterinária, contingentes de mulheres tão ou mais numerosos do que os de homens.

    A propósito, já que estamos no transcurso do mês dedicado à reflexão em torno do papel feminino na sociedade e a celebrar as suas numerosas e fulgurantes conquistas, eu gostaria de também tecer alguns comentários sobre a força da mulher em nosso segmento. Tal evento precisa ser comemorado.

    Além da aguçada capacidade intelectual e dos elevados graus de diligência e comprometimento, as mulheres veterinárias acrescentam sensibilidade à profissão. Por isso, a interação cada vez mais frequente entre homens e mulheres veterinários tem sido producente para ambos e extremamente vantajosa para toda a nossa sociedade.

    Rogo que as autoridades possam perceber esses benefícios e adotar medidas que catalisem ainda mais esse processo.

    Por sinal, em um momento no qual são questionados os limites e o desempenho do Estado na formulação e execução das mais diversas políticas públicas, cabe rememorar o papel desempenhado pelas distintas estruturas de poder no que tange ao fortalecimento da profissão e ao suporte dado ao setor.

    Em 1933, como reivindicação da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária, na época presidida por Américo Braga, e graças à forte atuação do Médico Veterinário Guilherme Hermsdorff, foi editado o primeiro diploma legal regulamentador da Medicina Veterinária. Trata-se do Decreto 23.133, de 9 de setembro de 1933, firmado pelo Presidente Getúlio Vargas e pelo Ministro da Agricultura Juarez Távora, Patrono da Veterinária Brasileira.

    Em 1968, outra grande conquista foi a criação do Conselho Federal de Medicina Veterinária e dos conselhos regionais no nosso País. O marco inicial para se galgar este objetivo remonta ao VI Conbravet, realizado em Curitiba, lá no Paraná, em dezembro de 1953, com a aprovação de uma moção de autoria de Paschoal Mucciolo. A ideia evoluiu e, 15 anos depois, graças ao empenho do Deputado Sadi Bogado, foi sancionada a Lei 5.517 pelo Presidente Costa e Silva. E foi durante o VI Conbravet, realizado em Niterói, Rio de Janeiro, em dezembro de 1968, que isso aconteceu. A ocasião remonta uma memorável sessão plenária, presidida por Ubiratan Mendes Serrão, então Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária, eleita e empossada a primeira diretoria do Conselho Federal de Medicina Veterinária, presidida por Ivo Torturella, ambos de saudosa memória.

     Em 1977, começou a partida em busca da Federação Nacional dos Médicos Veterinários, com a criação do primeiro sindicato da categoria: o Sindicato dos Médicos Veterinários do Paraná. A partir daí, novos sindicatos vão surgindo nos Estados. Todo o esforço foi coroado de êxito com o recebimento da Carta Sindical, em 4 de março de 1968, que permitiu a instalação da Federação Nacional dos Médicos Veterinários.

    Fortalecendo e consolidando esse conjunto de entidades, passaram a ser organizadas as associações de especialistas, entidades importantíssimas por congregar colegas das múltiplas especialidades da nossa profissão. Impossibilitado de citá-las todas pelo risco de omitir alguma, citarei a maior e a mais forte delas, esperando que as demais se sintam também homenageadas. Quero aqui citar a Associação de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais, a nossa fortíssima Anclivepa.

    Quero destacar ainda outra instituição celebrada neste evento, a Academia Brasileira de Medicina Veterinária (Abramvet), que foi criada em 1983, precisamente no dia 9 de setembro, 50 anos depois da primeira regulamentação. Ocupa-se de temas técnicos e científicos, tendo no escopo sua atuação uma permanente preocupação em defender e valorizar a profissão do médico veterinário, a qual tenho em meu currículo como nobre graduação.

    A academia se configura assim como um bastião na defesa dos interesses da classe, mas também como um espaço para difusão dos feitos do setor e seus impactos positivos no desenvolvimento nacional. Deixei-a, de propósito para os comentários finais, não somente por ser membro, com muita honra não só para mim e, claro, para todos que compõem essa confraria, mas porque a ideia dessa solenidade nasceu em uma memorável reunião realizada na residência do Prof. Dr. Milton Thiago de Mello, Presidente da Academia, no dia 5 de fevereiro deste ano, quando o anfitrião festejava o seu 103º aniversário – tomando, como ele faz todo dia, uma pequena dose de uísque, para não exceder.

    Lá estavam presentes membros da academia, representantes da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária, do Conselho Federal de Medicina Veterinária e também da Anclivepa. Ali surgiu a ideia da convocação desta sessão solene em comemoração dos 110 anos da Diretoria da Indústria Animal, 95 anos também da formatura em Medicina Veterinária no Brasil da primeira mulher, com homenagem às diversas entidades de classe.

    Sem qualquer cabotinismo, mas já que sou membro daquela casa, afirmo que a Abramvet cumpre esses relevantíssimos papéis sempre com muito desprendimento. Como eu disse no dia da minha investidura, acredito que estamos adentramos uma quadra de possibilidades ainda mais generosas para os profissionais da área e para o País como um todo.

    Em função disso, a academia tem refinado as suas discussões com vistas a ofertar perspectivas e soluções novas para os homens e mulheres que queiram construir a Medicina Veterinária e o Brasil do futuro.

    A Medicina Veterinária brasileira vive um momento de singular dinamismo e grandes conquistas. Sabemos, Sr. Presidente, senhoras e senhores aqui presentes, na condição de Presidente, que tais conquistas são, muitas vezes, coletivas e anônimas, mas isso não nos impede de focalizar alguns rostos mais proeminentes com vistas a sintetizar as manifestações de apreço deste Congresso Nacional e também da população que ele representa.

    É por isso que destaco o nome de Milton Thiago de Mello, uma pessoa incrível a quem muito admiro. (Palmas.)

    Graduado pela escola de veterinária do Exército, em 1937, e tendo obtido o doutorado junto à Escola Nacional de Veterinária, em 1947, o nome do Professor de Mello é mundialmente conhecido tanto pelo vasto saber acumulado quanto por sua infatigável disposição para trabalhar e compartilhar esse conhecimento com todos.

    Lembro que ele trabalhou para organizações de quilate do Instituto Oswaldo Cruz, prestou consultoria para diversos organismos internacionais, como a Organização Mundial de Saúde, OMS, e também a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a FAO, e ainda lecionou em centros de renome, entre os quais a Universidade Federal de Brasília, UnB.

    E, agora, aos 103 anos, o Dr. Milton goza de plena saúde, lúcido e muito produtivo, sendo autor de inúmeros livros e de mais de 150 trabalhos científicos.

    O Professor Mello também toma assento em mais de 30 sociedades técnicas e científicas, locais, aqui no Brasil, e também internacionais, em que continua proclamando a excelência da produção brasileira de alimentos e destacando a relevância da veterinária, da agronomia e da zootecnia para a preservação e o aprimoramento dessa condição.

    Homenageamos também – e fazemos questão de homenagear – a mulher veterinária brasileira, na figura da Dra. Alzira de Souza, primeira mulher diplomada em veterinária, que, nesta sessão, receberá uma placa em sua homenagem, estando representada pela Dra. Rosália Meireles de Souza Rocha, para perpetuar a memória dessa pioneira da medicina veterinária brasileira.

    Em função de tudo o que expus nesta sessão, que se reveste de profundo simbolismo para todos os que militam na área, quero aqui trazer também, claro, o meu entusiasmo e a minha satisfação, em um evento que revela todo o seu senso de oportunidade.

    Esta Casa retrata um Brasil que prospera em virtude da competência e da predisposição para o trabalho daqueles que lidam no campo, em particular dos nossos médicos veterinários. Mas, claro, queremos saudar aqui também todos aqueles colaboradores da nossa produção, até o peão, que, às vezes, está lá na fazenda e que tem um trabalho fundamental para que possamos desenvolver a nossa profissão, os nossos auxiliares técnicos, enfim, todos aqueles que estão a nos ajudar no dia a dia.

    Mesmo com a premência do tempo, este encontro também nos permite perceber que o sucesso do agronegócio está umbilicalmente ligado ao trabalho desses profissionais e que o êxito deles, por sua vez, decorre de uma combinação única de suor, conhecimento e também, claro, paixão.

    No campo ou na cidade, tratando de pequenos animais domésticos ou supervisionando rebanhos monumentais, os médicos veterinários contribuem para o progresso material e para a coesão social do nosso País.

    Há mais de um século, eles vêm aplicando – e aí eu quero me incluir –, nós estamos aplicando diariamente uma injeção de ânimo nas nossas veias.

    Senhoras e senhores, graças à veterinária, o Brasil caminha e caminha bem; porém, na nossa autocrítica, sabemos que precisamos avançar mais, ocupar os espaços e confirmar a realeza da ciência médica que se dedica à prevenção, ao controle, à erradicação, ao tratamento de doenças, aos traumas ou a qualquer outro agravo à saúde animal, além de atuarmos no controle da sanidade dos produtos e subprodutos de origem animal para o consumo humano. Porque, pelos nossos diagnósticos, de pareceres e de cuidados precisa a saúde pública de todo o povo brasileiro.

    E quero ainda registrar – depois vamos registrar outros nomes que aqui se fazem presentes – que me ligou há pouco o Ministro Onyx Lorenzoni, que estava com uma programação agendada para estar aqui conosco, mas, infelizmente, dado ao cargo que ocupa hoje como Chefe da Casa Civil, o que honra a todos nós... Eu quero, então, em nome do Deputado e Ministro Onyx Lorenzoni fazer também uma homenagem a todos aqueles que estão na atividade política, representando a nossa classe e estimulando a todos aqueles que estão lá no campo, no contato com as pessoas, para que possam, além de promover a nossa profissão, claro, ter uma participação na vida política, principalmente nesse momento em que o Brasil vive, de novas oportunidades, momento de discussões afloradas, mas, claro, momento também que acreditamos ser de muitas oportunidades, principalmente para as nossas futuras gerações.

    Portanto, quero aqui agradecer a todos e convidar o nosso primeiro orador inscrito, o Senador Acir Gurgacz, de Rondônia, Estado vizinho do Estado de Mato Grosso.

    Quero registrar conosco a presença do Senador mais jovem do Brasil, Irajá Abreu, ele é Estado de Tocantins, Estado vizinho do nosso Mato Grosso.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/03/2019 - Página 8