Pela ordem durante a 34ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Defesa do evento cívico militar referente à Ordem do Dia dos comandantes das Forças Armadas aos seus comandados no dia 31 de março. Registro de que a maioria da população brasileira entende ter sido uma contrarrevolução.

Autor
Major Olimpio (PSL - Partido Social Liberal/SP)
Nome completo: Sergio Olimpio Gomes
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL:
  • Defesa do evento cívico militar referente à Ordem do Dia dos comandantes das Forças Armadas aos seus comandados no dia 31 de março. Registro de que a maioria da população brasileira entende ter sido uma contrarrevolução.
Publicação
Publicação no DSF de 27/03/2019 - Página 97
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL
Indexação
  • DEFESA, EVENTO, CERIMONIA CIVICA, MILITAR, ORDEM DO DIA, REFERENCIA, FORÇAS ARMADAS, PERIODO, REVOLUÇÃO, APOIO, POPULAÇÃO.

    O SR. MAJOR OLIMPIO (Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PSL - SP. Pela ordem.) – Sr. Presidente...

    O SR. ROGÉRIO CARVALHO (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - SE) – Presidente...

    O SR. MAJOR OLIMPIO (Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PSL - SP) – ... com todo o respeito à manifestação do Senador Randolfe, quero deixar muito bem claro que nós sempre tivemos a chamada Ordem do Dia e um evento cívico militar em 31 de março.

    Não vou entrar num debate em relação às circunstâncias. O que se denomina por alguns golpe militar, a sociedade brasileira, na sua esmagadora maioria, tem o entendimento de que foi uma contrarrevolução, que foi justamente para evitar que milhares ou milhões de vidas de brasileiros pudessem ser ceifadas num momento em que Governo levava, e a própria mensagem de Presidente da República à época, insuflando praças das Forças Armadas a se insurgirem e pegarem em armas.

    Somente a partir de 2011, num decreto e numa determinação da então Presidente Dilma Rousseff, que foi guerrilheira, ela entendeu dar uma determinação, como Comandante-em-Chefe das Forças Armadas, para que não houvesse mais evento ou Ordem do Dia. Não se trata de comemoração mais ou menos efusiva. É uma data e um fato histórico na história do Brasil. Iniciou-se aí Governo de natureza militar, que se estendeu até 1985. O próprio Governo militar teve o entendimento de ir fazendo a recondução para que se voltasse a uma democracia plena e com a escolha democrática dos representantes e de governantes pelo povo brasileiro.

    Reconhecemos que se há regime melhor que a democracia, ainda não nos mostraram e que não se trata de o Presidente Jair Bolsonaro insuflar nada. Ele é o Comandante-em-Chefe das Forças Armadas, vai voltar a ter a Ordem do Dia, para o cidadão que está nos acompanhando em todo o Brasil, com uma mensagem do Comandante das três Forças ou do Ministro da Defesa, onde se está dizendo à tropa das Forças Armadas e, por consequência, a todo cidadão brasileiro, o significado daquela data. Presidente da República não tem, não vai, e não é necessário insuflar nada. Ele é o Comandante-em-Chefe das Forças Armadas.

    Há uma expectativa, sim – eu como militar da reserva estadual –, de que volte a ter a Ordem do Dia de 31 de março, porque, se alguns queriam que o País enveredasse para a tragédia de ditaduras de esquerda, e a gente vê, acompanha e a história mostra, ditaduras de esquerda que mataram milhões de pessoas. Se houve excessos, os excessos devem ser investigados e punidos.

    Eu me lembro de quando se instalaram as chamadas comissões da verdade, e a Assembleia Legislativa de São Paulo também instalou a sua. O primeiro documento protocolado foi o meu, como Deputado Estadual, e eu pedia para se apurar a morte de Alberto Mendes Júnior, Tenente da Polícia Militar, que foi morto a golpes de fuzil por Carlos Lamarca, traidor do Exército Brasileiro, facínora, com guerrilheiros que mataram um oficial da Polícia Militar.

    E o Documento nº 2 era para apurar as circunstâncias da morte de Mário Kozel Filho, um jovem que servia no 2º Exército, e jogaram um carro-bomba sobre ele. E na Comissão da Verdade, digo comissão da vergonha, não quis apurar, porque disseram: "Não, isso não é objeto de apuração".

    De forma unilateral, nós não queremos reabrir chaga nenhuma. O que nós estamos dizendo é o seguinte: até 2011, nós tivemos governos com Fernando Henrique, com Fernando Collor de Mello, com Luiz Inácio Lula da Silva, por oito anos em que todos os anos tivemos a Ordem do Dia e a mensagem dos comandantes aos seus comandados nas Forças Armadas.

    Então, não se trata de abrir chaga, não se trata de fazer restauração na história.

    Que sejam punidos aqueles que se excederam! E que sejam valorizados aqueles que deram a sua vida lutando em defesa da sociedade!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 27/03/2019 - Página 97