Pronunciamento de Paulo Paim em 11/04/2019
Discurso durante a 48ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal
Cometário sobre a divulgação de um relatório do Banco Mundial, alertando para o aumento da pobreza no Brasil.
Comentário sobre relatório do DataFolha sobre a proposta da Reforma da Previdência Social. Registro da participação do orador de uma audiência pública na Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, para discussão sobre a reforma da Previdência Social.
- Autor
- Paulo Paim (PT - Partido dos Trabalhadores/RS)
- Nome completo: Paulo Renato Paim
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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ECONOMIA:
- Cometário sobre a divulgação de um relatório do Banco Mundial, alertando para o aumento da pobreza no Brasil.
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PREVIDENCIA SOCIAL:
- Comentário sobre relatório do DataFolha sobre a proposta da Reforma da Previdência Social. Registro da participação do orador de uma audiência pública na Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, para discussão sobre a reforma da Previdência Social.
- Publicação
- Publicação no DSF de 12/04/2019 - Página 74
- Assuntos
- Outros > ECONOMIA
- Outros > PREVIDENCIA SOCIAL
- Indexação
-
- COMENTARIO, RELATORIO, BANCO MUNDIAL, REFERENCIA, BRASIL, AUMENTO, POBREZA, POPULAÇÃO.
- COMENTARIO, RELATORIO, PESQUISA, OPINIÃO, REFORMA, PREVIDENCIA SOCIAL, REGISTRO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, AUDIENCIA PUBLICA, ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), DISCUSSÃO, ASSUNTO.
| SENADO FEDERAL SF -
SECRETARIA-GERAL DA MESA SECRETARIA DE REGISTRO E REDAÇÃO PARLAMENTAR - SERERP COORDENAÇÃO DE REDAÇÃO E MONTAGEM - COREM 11/04/2019 |
O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, um relatório do Banco Mundial, divulgado na semana passada, alerta para o aumento da pobreza no Brasil.
Conforme a instituição, a pobreza atingiu 21% da população (43,5 milhões de pessoas), entre 2014 e 2017.
O documento intitulado “Efeitos dos ciclos econômicos nos indicadores sociais da América Latina: quando os sonhos encontram a realidade”, demonstra que o aumento da pobreza nesse período foi de 3%, ou seja, um número adicional de 7,3 milhões de brasileiros passou a viver com até 5,50 dólares por dia.
No ano de 2014, o total de brasileiros que viviam na pobreza era de 36,2 milhões (17,9%).
O relatório aponta que o cenário negativo teve início com a forte recessão que o Brasil atravessou a partir do segundo semestre daquele ano, que durou até o fim de 2016.
O Banco Mundial avalia que o fraco crescimento da América Latina e Caribe, especialmente na América do Sul, afetou os indicadores sociais no Brasil, país que possui um terço da população de toda a região.
A instituição, mesmo assim mantêm as previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, com altas de 2,2% em 2019 e 2,5% em 2020.
Segundo o relatório, o México terá um crescimento de 1,7%, a Colômbia de 3,3%, a Argentina menos 1,3% e a Venezuela menos 25%.
O relatório do Banco Mundial afirma que os programas sociais podem ser os mais eficazes amortecedores dos choques econômicos.
Segundo o economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e Caribe, Carlos Végh, abre aspas: "A região deve desenvolver, além dos programas estruturais existentes, ferramentas de rede de segurança social que possam apoiar os pobres e os mais vulneráveis durante o ciclo de baixa nos negócios", fecha aspas.
Sr. Presidente, o Banco Mundial está dizendo que a pobreza atingiu 21% da população brasileira, entre 2014 e 2017, ou seja, 43,5 milhões de pessoas.
Como resolver o problema? Creio que não é desregulamentando a Constituição Cidadã, retirando direitos sociais através das reformas trabalhista e da Previdência, congelando o teto de investimentos públicos por 20 anos.
Criação de empregos é o caminho, e não o incentivo ao aumento dos lucros do setor financeiro...
Aumento real do salário-mínimo, inflação mais PIB, aquece os mercados, distribui renda, combate à pobreza...
Da mesma forma, incentivar a indústria nacional e a micro, pequena e média empresa.
A ONU reconhece o Bolsa Família como um dos mais necessários programas de combate à pobreza e à miséria.
Lançado em 2003, o programa conseguiu reduzir pela metade a pobreza no Brasil (de 9,7% para 4,3%).
Em 12 anos (2003/2015) o programa tirou 36 milhões de brasileiros da pobreza extrema.
O Bolsa Família ajuda a garantir os direitos elementares de acesso à alimentação, saúde e educação.
De acordo com a ONU, o Brasil conseguiu reduzir em 73% a mortalidade infantil entre 1990 e 2015.
Isso porque as famílias beneficiadas pelo Bolsa Família assumem o compromisso de acompanhar a vacinação, crescimento e desenvolvimento das crianças menores de sete anos.
Era o que tinha a dizer.
O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, a proposta de Reforma da Previdência é rejeitada por 51% dos brasileiros. 41% aprovam a proposta. Indiferente e não sabe: 2% e 7%. Fonte: DataFolha.
Sem conhecer a proposta a população rejeita. Imagine se a população realmente conhecesse?
Um terço da população não se informou sobre a reforma.
68% tem conhecimento.
32% não tomou conhecimento.
17% está bem informado.
42% está mais ou menos informado.
9% está mal informado.
Opinião de algumas categorias:
MILITARES
54% acham que deveriam ter as mesmas regras.
44% acham que deveriam ter regras diferentes.
3% não sabem.
POLICIAIS
47% acham que deveriam ter as mesmas regras.
51% acham que deveriam ter regras diferentes.
2% não sabem.
PROFESSORES
45% acham que deveriam ter as mesmas regras.
53% acham que deveriam ter regras diferentes.
2% não sabem.
TRABALHADORES RURAIS
37% acham que deveriam ter as mesmas regras.
61% acham que deveriam ter regras diferentes.
2% não sabem.
O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Senadores, amanhã, sexta-feira, eu estarei participando de um grande ato na cidade de Belo Horizonte sobre a reforma da Previdência.
O evento, uma audiência pública, será às 9 horas, na Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais.
O convite me foi feito pelo deputado estadual Celinho Sintrocel, presidente da Comissão de Trabalho, Previdência e Assistência Social e pelo deputado federal Vilson da FETAE MG.
Os dois são integrantes da Frente Mineira em Defesa da Previdência Social.
Os movimentos sociais e sindical estão mobilizados, centrais, confederações, federações, sindicatos de base, tanto do campo quanto da cidade.
Também está confirmada a presença de deputados federais e estaduais, prefeitos, vereadores, lideranças da sociedade.
Após o evento, está programada uma Caminhada até a Praça da Estação.
Era o que tinha a dizer.