Pronunciamento de Chico Rodrigues em 29/04/2019
Discurso durante a 59ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal
Reflexão sobre o desempenho do Governo Federal.
Análise do impacto da crise de imigração venezuelana para o Estado de Roraima.
- Autor
- Chico Rodrigues (DEM - Democratas/RR)
- Nome completo: Francisco de Assis Rodrigues
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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GOVERNO FEDERAL:
- Reflexão sobre o desempenho do Governo Federal.
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POLITICA INTERNACIONAL:
- Análise do impacto da crise de imigração venezuelana para o Estado de Roraima.
- Publicação
- Publicação no DSF de 30/04/2019 - Página 31
- Assuntos
- Outros > GOVERNO FEDERAL
- Outros > POLITICA INTERNACIONAL
- Indexação
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- AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO, INICIO, GESTÃO, GOVERNO FEDERAL, JAIR BOLSONARO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, APREENSÃO, AUMENTO, DIVIDA PUBLICA.
- ANALISE, CRISE, POLITICA, PAIS, VIZINHO, VENEZUELA, COMENTARIO, NECESSIDADE, RESOLUÇÃO, PROBLEMA, FRONTEIRA, ESTADO DE RORAIMA (RR).
O SR. CHICO RODRIGUES (Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - RR. Para discursar.) – Sr. Presidente, meu companheiro Confúcio Moura, de Rondônia, que preside esta sessão, Srs. Senadores, minhas senhoras e meus senhores, todas as linhas de discussão vêm sendo tratadas aqui nesta Casa – de apoio ao Governo, contra o Governo. E nós, obviamente, no contraponto, queremos deixar uma posição com uma visão cartesiana de tudo aquilo que foi discutido pelos que nos antecederam, mas numa perspectiva também de olharmos pelo retrovisor da história e vermos a importância da defesa de cada um e de cada governo a que o Parlamentar se alinha ou que defende.
As manifestações espontâneas que levam milhões às ruas e inundam as redes sociais contradizem números e impedem a repercussão de artigos tendenciosos. Todos os dias, requentam denúncias e espalham dúvidas. Jair Bolsonaro, apesar de tudo, continua sendo vento da estação, e não há como esconder. Uma análise fria e honesta dos primeiros cem dias de Governo mostra o trabalho em busca da realização dos compromissos assumidos e da linha, que, na verdade, pregou ao longo de toda a sua campanha.
Eu fico preocupado, Sr. Presidente, Srs. Senadores, população brasileira, quando, em pouco mais de cem dias de um governo que assumiu um passivo enorme, ele já é cobrado com tanta veemência por alguns que compuseram governos anteriores.
Apesar de nós, na base do Governo, termos aliados que divergem muitas vezes, a mídia tradicional não consegue impedir o avanço da equipe, que já sofreu algumas baixas, mas continua formulando políticas que venham a melhorar a vida e o desempenho deste País. Melhor assim! Nódulos devem ser removidos após a biópsia, a fim de evitar o contágio de todo o tecido. O mesmo ocorre com maus políticos, para preservar o time. E é isso que o Governo tem procurado fazer, num realinhamento claro e sem desvios.
Acreditei e torci pelo sucesso dos governos socialistas. Acreditei no Plano Real. Acreditei que o tsunami que varria o mundo não passaria de uma marolinha em nosso País. Agora, por favor, permitam-me acreditar num governo liberal. Torcer para o seu prédio pegar fogo só porque não gosta do síndico é pura insanidade.
Infelizmente, mais uma vez, o tempo mostra-se o senhor da razão. São R$3,8 trilhões disponíveis para 2019 – déficit primário, que é o montante a descoberto antes do pagamento dos juros, de R$138 bilhões.
Números oficiais do Tesouro Nacional mostram, em um cenário otimista, que a dívida pública deve chegar a R$4 trilhões, dos quais R$640 bilhões têm que ser pagos ainda neste ano. Logo, precisaremos de R$139 bilhões mais R$640 bilhões e mais os juros de R$165 bilhões. Só a descoberto, ou popularmente sem fundos, é quase R$1 trilhão. Temos ainda as despesas contingenciadas, previdência, investimentos em saúde, educação, infraestrutura, pessoal, etc. Onde vamos conseguir tanto dinheiro sem as reformas? E o Congresso, salvo poucas e honrosas exceções, boicotando medidas urgentes para retomar o crescimento e tirar um pouco do sofrimento de milhões de brasileiros.
Já são mais de 13,5 milhões de brasileiros que o Governo já encontrou no desemprego.
O SR. PRESIDENTE (Confúcio Moura. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - RO) – Senador...
O SR. CHICO RODRIGUES (Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - RR) – Não foi o Presidente...
O SR. PRESIDENTE (Confúcio Moura. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - RO) – Senador Chico...
O SR. CHICO RODRIGUES (Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - RR) – ...Jair Bolsonaro que deixou ou que criou essa taxa altíssima de desemprego.
O SR. PRESIDENTE (Confúcio Moura. Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - RO) – Senador Francisco, só uma pequena homenagem aos meninos da Escola Classe 3, aqui de Brasília, do ensino fundamental da cidade-satélite Paranoá. Eles vieram justamente, nesta segunda-feira, ouvir V. Exa. – coincidiu a visita deles com o seu discurso. Então, faço esse breve aparte, para o senhor não esquecer de saudar essa meninada maravilhosa que está aí em cima e que veio especialmente aqui ao Senado nesta tarde.
Muito obrigado. O senhor pode continuar.
O SR. CHICO RODRIGUES (Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - RR) – Obrigado, nobre Senador Confúcio Moura. Nós vemos que essa criançada do Paranoá, obviamente, é a esperança e é o futuro do Brasil. Delas dependem das decisões que todos nós, Congressistas, tomamos por um Brasil melhor.
Então, como falava, Sr. Presidente, a população brasileira já perde a esperança, o último fio de esperança que ainda teima na cabeça de cada um dos brasileiros, principalmente aqueles desempregados. Nós, na verdade, não podemos decepcioná-los.
E eu mostro, Sr. Presidente, de uma forma muito clara. Nós vimos 16 anos de Governo do Presidente Lula, que fez o possível; da Presidenta Dilma, que, tangida pela irresponsabilidade de muitos, lhe tomaram o mandato, e nem assim nós nunca entramos em rota de colisão com aqueles Governos, porque eles executavam a política em que acreditavam, assim como hoje a equipe do Presidente Jair Bolsonaro executa essa política. E tenho certeza de que, na medida de todas as possibilidades e com a compreensão do Congresso Nacional, nós haveremos, na verdade, de levar a cabo aquilo que na verdade nós queremos, que é um Brasil mais justo para todos os brasileiros.
Eu não poderia também, para encerrar, Presidente, deixar de comentar rapidamente sobre a questão que vive hoje o meu Estado, o Estado de Roraima, com relação às suas fronteiras com a Venezuela, e dizer que talvez a intolerância do Presidente daquele país, o Presidente Nicolás Maduro, talvez as discussões internacionais que se avolumam e hoje estão aí, com os países praticamente numa queda de braço, uns confirmando a liderança do Presidente Nicolás Maduro, outros reconhecendo o Governo de Juan Guaidó, autoproclamado Presidente...
Mas, no caso específico das nossas fronteiras, temos vivido de conflitos em conflitos e esperamos, em nome da população de Roraima, que haja uma pacificação, para que possamos voltar a viver de uma forma amistosa com aquele país amigo e irmão.
Portanto, eu gostaria de deixar este registro aqui, porque as pessoas nos ligam, nos mandam WhatsApp e, quando estamos no Estado, nos cobram de uma forma quase intermitente, para que nós possamos, juntos, fazer a nossa parte para esperar que o Governo tome uma decisão e logo encontre uma saída para que possamos viver em paz nas nossas fronteiras.
Muito obrigado, Sr. Presidente.