Pronunciamento de Simone Tebet em 07/05/2019
Pela ordem durante a 65ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Solicitação ao Presidente da República, Jair Bolsonaro, para que atue de maneira mais efetiva na direção do Governo Federal.
- Autor
- Simone Tebet (MDB - Movimento Democrático Brasileiro/MS)
- Nome completo: Simone Nassar Tebet
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Pela ordem
- Resumo por assunto
-
GOVERNO FEDERAL:
- Solicitação ao Presidente da República, Jair Bolsonaro, para que atue de maneira mais efetiva na direção do Governo Federal.
- Publicação
- Publicação no DSF de 08/05/2019 - Página 68
- Assunto
- Outros > GOVERNO FEDERAL
- Indexação
-
- SOLICITAÇÃO, JAIR BOLSONARO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, MELHORIA, GESTÃO, GOVERNO FEDERAL.
A SRA. SIMONE TEBET (Bloco Parlamentar Unidos pelo Brasil/MDB - MS. Pela ordem.) – Sr. Presidente, Sras. Senadoras e Srs. Senadores, o silêncio é a única resposta a se dar aos tolos – e essa frase não é minha. Quando a ignorância fala, a inteligência não dá palpites – essa frase eu não sei de quem é, mas é mais do que oportuna. Aqui todos os colegas se adiantaram. Vamos nos agigantar diante da crise, e a crise está lá fora. Nós temos uma pauta prioritária do País – nós temos 13 milhões de desempregados; 5 milhões de desalentados; o projeto Minha Casa, Minha Vida paralisado por falta de recurso; a reforma da previdência sendo discutida como necessária para o ajuste fiscal, para que possamos alavancar a indústria – e nós estamos discutindo a fala de uma pessoa que está paralisando não o País, mas está paralisando o mais alto Parlamento do Brasil! Nós estamos deixando uma única pessoa desestabilizar o Governo, consequentemente o Brasil. E aí, com toda a consideração que eu tenho pelo cargo máximo do Chefe do Poder Executivo, eu quero neste momento me dirigir ao Presidente Jair Bolsonaro; eu quero dizer a ele: "Nos ajude, Senhor Presidente, a ajudá-lo a construir um outro País. Mas dessa forma não dá! Nós estamos aqui paralisados porque Vossa Excelência não diz quem é que manda no Executivo!".
É óbvio que nós temos vários núcleos: é importante que se tenha um núcleo militar, um núcleo político, um núcleo econômico, todos são fundamentais; mas, aqui, eu quero dizer com toda a tranquilidade, novamente, de quem quer apoiar este Governo e quer que o País dê certo: o pátrio poder é do pai e da mãe, não é nunca dos filhos. Capitão, no imaginário da população brasileira, vale mais do que general – capitão é quem manda. É preciso que o Cap. Jair Bolsonaro determine, imponha, coloque o seu pensamento junto à sua equipe democraticamente, decida o que é melhor para o País e mande os projetos prioritários – não só a reforma da previdência; ela não é a solução única para este País. Nós precisamos que esta Casa tenha o protagonismo, que o Presidente coloque, para que nós possamos discutir – afinal estamos recebendo altos salários! –, o pacto federativo, as 50 medidas de desburocratização, uma reforma tributária, ainda que não mexa neste momento no ICMS, porque aí não teríamos condições de aprovar.
Mas é essa mensagem que eu gostaria de deixar depois de, nesses cinco dias, angustiada, ver na imprensa os dados econômicos e ver, pela primeira vez em muito tempo, que o Brasil deixou de ser um local dentre os 25 melhores países para investimento. Isso significa que vai faltar dinheiro vindo do estrangeiro, vai faltar dinheiro público, vai faltar dinheiro privado, a economia vai continuar desacelerando se nós não tomarmos providências. Se o Presidente da República não já usar o seu quepe de capitão, nós estaremos ladeira abaixo. É preciso que o Capitão tome as rédeas e que o Senado Federal possa dar sua parcela de contribuição, Sr. Presidente.
Início da Ordem do Dia