Pela ordem durante a 67ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Críticas ao decreto das armas publicado pelo Presidente Jair Bolsonaro, por entender que armar a população não resolve o problema de segurança no País.

Autor
Plínio Valério (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Francisco Plínio Valério Tomaz
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
SEGURANÇA PUBLICA:
  • Críticas ao decreto das armas publicado pelo Presidente Jair Bolsonaro, por entender que armar a população não resolve o problema de segurança no País.
Publicação
Publicação no DSF de 10/05/2019 - Página 57
Assunto
Outros > SEGURANÇA PUBLICA
Indexação
  • CRITICA, DECRETO FEDERAL, PUBLICAÇÃO, JAIR BOLSONARO, PRESIDENTE DA REPUBLICA, MOTIVO, AUSENCIA, CRIAÇÃO, SEGURANÇA PUBLICA, POSSIBILIDADE, UTILIZAÇÃO, ARMAMENTO, POPULAÇÃO, PAIS, BRASIL.

    O SR. PLÍNIO VALÉRIO (Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PSDB - AM. Pela ordem.) – Isso! Nós estivemos há pouco aqui. Já fiz o meu discurso. Nós estávamos no gabinete ouvindo o Senador Styvenson falar e não podemos deixar de dar a nossa opinião no que diz respeito a isso.

    O bom é que nós vamos ter que decidir isso aqui. A gente vai ter que falar muito sobre isso aqui porque armar a população, apagar fogo com gasolina... Ouvi alguém dizer aqui, Paim, não sei se foi você que disse, na segunda-feira, que, daqui a pouco, os clubes de tiros vão ter mais associados do que o Corinthians, o Flamengo, o Vasco, porque todo mundo que quiser porte de arma vai se associar. Um repórter ligou dizendo que nós temos direito, que os políticos têm direito. Ele perguntou se eu usaria arma. Eu disse: "Nem na pescaria, quando eu vou, nem no meio do mato eu vou usar arma". Há uma grande diferença entre você que tem um porte de arma e o bandido. O bandido vem para atacar e você é pego de surpresa. Então, essa história de armar a população...

    Quem não concordar com isso pode ficar tranquilo porque respeito este Senado. Não é, Paim? Acho que aqui há uma maioria, uma grande maioria, que repugna isso, que é contra esse tipo de coisa. Armar não é a solução, acho que se aproxima mais da paz de Deus. Acima de tudo, um momento desse não é o de armar a população. Pelo contrário, é para desarmar os espíritos e cuidar do que tem que ser cuidado, Paim: saneamento básico, emprego, oportunidades.

    O SR. PAULO PAIM (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PT - RS) – Educação.

    O SR. PLÍNIO VALÉRIO (Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PSDB - AM) – Tem tanta, tanta coisa para se fazer neste País e o Presidente se ocupa de armar a população.

    Quando eu falo em buscar soluções, eu não estou culpando o Presidente, que herdou, mas ele tem que resolver. E não é armando a população que vai resolver. Muito pelo contrário, vai causar um sentimento de insegurança total. Meu amigo Rodrigo falava, há pouco, que qualquer esbarrão... Que me perdoem aqueles que fazem questão do porte de arma, mas, salvo raríssimas exceções, o porte de arma é, acima de tudo, uma autoafirmação. Isso é ruim. A pessoa quer se autoafirmar, não aceita o menor olhar atravessado. Imagina um esbarrão!

    Estou aqui para combater esse tipo de coisa. Não concordo, não concordo com esse ato, com esse decreto do Presidente, que chegou ao limite da lei.

(Soa a campainha.)

    O SR. PLÍNIO VALÉRIO (Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL/PSDB - AM) – É como ele diz. Ele tem que usar a lei para coisas boas. Armar a população não é coisa boa.

    Vou ficar ouvindo, agora, o Senador Paim.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/05/2019 - Página 57