Explicação pessoal durante a 66ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Explicação pessoal a respeito de mal-entendido com o Senador Flávio Bolsonaro a respeito de comentário sobre o Presidente da Republica, Jair Bolsonaro.

Autor
Jorge Kajuru (PSB - Partido Socialista Brasileiro/GO)
Nome completo: Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser
Casa
Senado Federal
Tipo
Explicação pessoal
Resumo por assunto
SENADO:
  • Explicação pessoal a respeito de mal-entendido com o Senador Flávio Bolsonaro a respeito de comentário sobre o Presidente da Republica, Jair Bolsonaro.
Publicação
Publicação no DSF de 09/05/2019 - Página 79
Assunto
Outros > SENADO
Indexação
  • EXPLICAÇÃO PESSOAL, COMENTARIO, ORADOR, ASSUNTO, DISCORDANCIA, FLAVIO BOLSONARO, SENADOR, REFERENCIA, JAIR BOLSONARO, PRESIDENTE DA REPUBLICA.

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO. Para explicação pessoal.) – Presidente Davi, é com muita calma que me dirijo ao Senador goiano que usou a tribuna e não quis me citar. Também não vou citá-lo, mas ele é sabedor do respeito que tenho por ele e do que fiz aqui, em Plenário – fui cumprimentado pelo Senador Esperidião Amin, que disse que foi um dos atos de grandiosidade mais nobres que ele viu na história deste Senado –, quando eu pedi desculpas a esse Senador goiano por causa de algo que escrevi contra ele.

    Eu não tenho compromisso com o erro. Quando eu erro, eu volto atrás. Agora, neste caso, eu não volto atrás. Eu realmente usei o microfone aqui no Senado hoje. Por quê? Como sabe bem o filho do Presidente... Não sei se ele está aqui, o Flávio Bolsonaro...

(Intervenção fora do microfone.)

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Saiu? Está aqui?

(Intervenção fora do microfone.)

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – O Amin está, o Amin sabe.

    O Flávio está aí.

    Então, como bem sabe o Flávio, um mês atrás, um mês e meio, chegou em mim e brincou assim: "Kajuru, o 01 faz questão de conversar com você. Posso marcar?" Não foi assim a sua palavra? Porque eu não minto. Quem mente também rouba.

(Soa a campainha.)

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Então, todo mundo sabe que eu nunca desrespeitei o Presidente Bolsonaro, e nunca vou, porque gosto dele, sei que ele gosta de mim. Conversamos já por telefone várias vezes, inclusive uma vez junto com V. Sa. lá em Goiânia – ele ficou comigo no telefone um tempão.

    Então, o que eu quis fazer aqui hoje... Eu não sou da base do Governo, não sou oposição, eu tenho posição. Eu sou independente e, por ser independente, o que eu quis fazer a serviço do Brasil, como empregado público, foi alertar o Presidente Bolsonaro. É que fiquei sabendo – não é mentira – que ele nem conhece esse senhor, esse cidadão; ele não o conhece, e ele está sendo indicado para ele para o possível Ministério das Cidades, o nome de um goiano.

    Esse goiano, ao contrário do que o meu colega falou... E, opinião, cada um tem a sua. Que o Presidente Bolsonaro julgue a opinião do outro Senador goiano e a minha e escolha com qual ele quer ficar. Eu apenas quis dar um conselho respeitoso ao Presidente: "Presidente, tome cuidado, porque em seu Governo, até hoje, rigorosamente, não existiu nenhum motivo para denúncia de corrupção, graças a Deus."

(Intervenção fora do microfone.)

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Digo: na gestão dele. Até hoje não houve uma causa de corrupção nesta gestão. A questão de candidaturas é outra coisa, foi na eleição passada. Então, é neste Governo dele.

    Aí disse: "Presidente, se prepare. Se o senhor aceitar esse nome, vai começar a ter corrupção no seu Governo." E dei o nome dele: Alexandre Baldy, que foi Ministro de Temer, Michel Temer. Aí, veio a defesa a ele...

(Soa a campainha.)

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Para concluir.

    Veio a defesa a ele aqui, da tribuna: "Ah, ele é um homem de bem!" Não, ele é um homem de bens – é diferente.

    Segundo: que ele é empresário. Não! Ele é genro de um dos maiores empresários do Brasil, dono do laboratório Neo Química, em Anápolis, cidade onde ele nasceu e é odiado, por ser, inclusive, campeão de cheques sem fundo e não ter pago nenhum.

    E cometeu erros de corrupção no Governo Temer. "Ah, mas ninguém falou!" Ninguém falou porque ninguém falou muita coisa que aconteceu no Governo Temer, evidente. O próprio Temer, na minha humilde opinião, se este Brasil fosse sério, tinha que estar na cadeia. Mas não está, não é?

    Então, eu quero dizer só isso. O Presidente Bolsonaro fique com a opinião do outro Senador goiano ou com a minha. Aqui eu nunca vou desrespeitar colega meu, aqui dentro do Senado. Eu posso discordar, desqualificá-lo...

(Interrupção do som.)

(Soa a campainha.)

    O SR. JORGE KAJURU (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO) – Agora, eu não ter direito, conforme eu perguntei para o Senador Eduardo Braga, pelo preparo, pela experiência dele... Perguntei ao Randolfe, perguntei ao ex-Senador Magno Malta: eu estou baixando o nível? Eu não tenho o direito de subir à tribuna, ou de usar a tribuna, e dar um conselho ao Presidente da República, respeitosamente: "Tome cuidado com esse nome, porque senão o seu Governo vai ter um início de corrupção"?

    É isso que eu tenho a falar, não retiro nenhuma palavra. Que o Presidente Bolsonaro tome a decisão que ele quiser e ouça o Senador que ele quiser.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/05/2019 - Página 79