Pela ordem durante a 66ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Preocupação com a questão da segurança pública para a população brasileira e nas fronteiras do Brasil.

Autor
Marcos Rogério (DEM - Democratas/RO)
Nome completo: Marcos Rogério da Silva Brito
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
SEGURANÇA PUBLICA:
  • Preocupação com a questão da segurança pública para a população brasileira e nas fronteiras do Brasil.
Publicação
Publicação no DSF de 09/05/2019 - Página 81
Assunto
Outros > SEGURANÇA PUBLICA
Indexação
  • COMENTARIO, ASSUNTO, SEGURANÇA PUBLICA, POPULAÇÃO, BRASIL, ENFASE, NECESSIDADE, INVESTIMENTO, OPERAÇÃO, SEGURANÇA, FRONTEIRA, PAIS.

    O SR. MARCOS ROGÉRIO (Bloco Parlamentar Vanguarda/DEM - RO. Pela ordem.) – Sr. Presidente Senador Davi Alcolumbre, na tarde de hoje ouvi aqui várias abordagens acerca da política de segurança pública para o enfrentamento ao crime organizado e dos métodos de enfrentamento a essa situação, que é um problema da sociedade brasileira.

    Agora, Sr. Presidente, é preciso refletir sobre esse problema numa perspectiva maior, porque não basta apenas o trabalho ostensivo da polícia militar nos Estados, não basta o trabalho de inteligência da polícia judiciária, não basta o apoio do Exército nas funções típicas de polícia ostensiva. O Governo brasileiro precisa entender que esse é um problema que começa antes da cidade, esse é um problema que começa antes dos bairros, da vilas, dos morros Brasil afora. Esse é um problema, Sr. Presidente, que começa justamente nas nossas fronteiras.

    O Brasil tem mais de 20 mil quilômetros de fronteiras entre terrestres e marítimas, e a política de controle de fronteiras no Brasil é precária, é quase inexistente. Quando há operações nas fronteiras, anuncia-se antecipadamente para que o narcotraficante e para que aqueles que praticam remessa de armamentos deixem de atuar naquele momento porque haverá uma operação policial. Então, é preciso entender que o problema da segurança pública passa por inteligência, passa por mobilização, passa por atenção, sobretudo, às nossas fronteiras. Drogas, armas, contrabando, tudo isso passa pelas fronteiras.

    Eu ouvi aqui hoje alguns Parlamentares, alguns Senadores, falando dessa política de enfrentamento, citando inclusive o caso do Rio de Janeiro, que está trabalhando, lutando com os métodos que tem e com os meios que tem para tentar dar respostas à sociedade. Mas todo esse trabalho que é feito no Rio de Janeiro, que é feito em São Paulo e que é feito no meu Estado de Rondônia não tem efetividade se não houver, por parte do Estado brasileiro, por parte do Governo brasileiro, numa ação integrada com os Estados da Federação, uma ação efetiva de controle de fronteira, porque é por lá que entram os fuzis, é por lá que entra o armamento pesado para o Brasil.

    Então, o alerta que faço nesta noite é que façamos o dever de casa no policiamento ostensivo, com inteligência, com efetivo, mas cuidando, sobretudo, do controle de fronteiras, porque, se não se fecharem as portas, Senador Irajá, das fronteiras para a entrada de armas e drogas, essa é uma guerra perdida. Ou alguém acha que criminoso vai comprar arma pesada na loja da esquina? É preciso entender que o problema é muito mais grave e exige uma medida de maior alcance por parte do Governo brasileiro.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 09/05/2019 - Página 81