Pela Liderança durante a 78ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Apelo ao Governo Federal para que seja dada a devida atenção ao Estado de Roraima, que vive séria crise nos serviços públicos essenciais.

Autor
Telmário Mota (PROS - Partido Republicano da Ordem Social/RR)
Nome completo: Telmário Mota de Oliveira
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
GOVERNO ESTADUAL:
  • Apelo ao Governo Federal para que seja dada a devida atenção ao Estado de Roraima, que vive séria crise nos serviços públicos essenciais.
Aparteantes
Jorge Kajuru.
Publicação
Publicação no DSF de 23/05/2019 - Página 18
Assunto
Outros > GOVERNO ESTADUAL
Indexação
  • PEDIDO, APOIO, GOVERNO FEDERAL, ESTADO DE RORAIMA (RR), CRISE, SERVIÇO PUBLICO, LIBERAÇÃO, RECURSOS FINANCEIROS, INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRARIA (INCRA), INFRAESTRUTURA, ESTRADA.

    O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RR. Pela Liderança.) – Sr. Presidente, com o Senador Lasier pedindo tanta austeridade, o Senador Styvenson, que é militar, dentro da austeridade, delimita o tempo dele.

    Sr. Presidente, Srs. Senadores, Sras. Senadoras, eu vou usar esse meu tempo agora aqui, como Líder do meu Partido, mais uma vez de pires na mão, Senador Kajuru, de pires na mão, gritando para o Governo Federal "socorro" para o Estado de Roraima.

    Roraima, a cada dia, se afunda numa crise. Os serviços públicos essenciais, como saúde, educação, segurança, transporte, estão falidos, falidos! E o Governo do meu Estado é do mesmo Partido do Governo do Presidente Jair Bolsonaro, isso porque o Presidente Jair Bolsonaro disse que tinha um olhar carinhoso, um olhar de pai para o meu Estado de Roraima. E hoje o que eu vejo aqui? A dor do meu povo.

    Olhe só, Senador Jorge Kajuru, começou assim um trabalho no Incra melhorando algumas vicinais de alguns assentamentos no meu Estado, no Município de Caroebe, São João do Baliza, Rorainópolis, Iracema, e o resultado disso é que o recurso foi escasso, não foi liberado na sua totalidade e hoje cerca de 10 milhões só... Senador Paulo Paim, 10 milhões! O que isso ia resolver lá? Hoje, por exemplo, com 5 milhões, são as vicinais do Município de Iracema. Estão intrafegáveis! O produtor rural não pode escoar a sua produção, o transporte escolar não pode acontecer, o pecuarista não pode escoar a sua produção e o colono está isolado.

    No Município de São Luiz, onde seria algo em torno aí de pouco mais de quatrocentos e poucos mil para equacionar, terminar, concluir o trabalho, porque as empresas pararam, lá ninguém transita nas vicinais.

    Está lá o empresário – e eu faço até questão de dizer o nome dele, porque ele está fazendo por amor à população, o empresário Isaac – com os seus equipamentos, porque, se uma pessoa adoece, para a ambulância chegar lá, tem que ter um trator. Para um pecuarista escoar o seu gado, tem que ter um trator. E o Governo do Estado não faz nada e o Governo Federal não libera, porque o Incra é federal.

    Olha só, eu tenho dito aqui várias vezes que eu não quero, de Governo nenhum, não quero cargos, não quero benefício pessoal... Estou para ajudar o Governo nas reformas que sejam legais e boas para o meu povo. Agora o que eu quero é que entendam que Roraima é um ente federativo, que ali são brasileiros que acreditaram, deram a segunda maior votação do País ao Presidente Jair Bolsonaro.

    Designou agora, nós vamos talvez aprovar hoje uma Medida Provisória, a 865, designado R$225 milhões para a acolhida da Venezuela. Ontem, o Embaixador da Grã-Bretanha esteve lá levando outra quantidade de recursos para a acolhida da Venezuela. E ali é bom dizer o seguinte: entram por dia quatrocentos e poucos venezuelanos, mas nem todos ficam em Roraima. Roraima já está tendo uma autocrise, uma autocrise.

    O Governo que lá assumiu é um...

(Soa a campainha.)

    O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RR) – ... empresário – Sr. Presidente, mais um tempinho –, o Sr. Antonio Denarium. Eu vejo aqui ele viajando, chamando empresário de cá, empresário daqui, para ir investir em Roraima, esquecendo dos serviços essenciais. Que eu chame, que eu venda um Estado, mas vender um Estado sem energia, vender um Estado sem estrada, vender um Estado sem saúde, sem educação, sem segurança... Sabe, tem que ter o bom senso. E privatizando tudo! Quer privatizar a Caer, que é a companhia de saneamento, de água, que é a única que tem resultado e faz um trabalho social. Privatizar a companhia energética, como fizeram no Estado de V. Exa., Senador Jorge Kajuru, roubando...

    Da mesma forma que fizeram lá no Estado de V. Exa., pegaram um patrimônio do povo de Goiânia, e roubaram, venderam, pegaram o patrimônio a CER, do Estado de Roraima, e roubaram, venderam. E não receberam. Ainda pegaram calote.

    Sabe, por trás disso tudo, uma digital de corrupção de um ex-Senador do meu Estado, que eu não vou aqui mais falar o nome dele para não estragar este som, este ambiente tão bom que há aqui, que, graças a Deus, o povo de Roraima excluiu essa ave de rapina do nosso meio.

    O Sr. Jorge Kajuru (Bloco Parlamentar Senado Independente/PSB - GO. Para apartear.) – Mas eu adoro falar o nome dele. O senhor não fala, Senador, vou falar: Romero Jucá. E o de Goiás, Marconi Perillo. Um é da mesma laia do outro.

    O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RR) – O senhor está falando do maior ladrão deste País.

    Ontem, eu reclamava isso para o Ministério Público, porque vieram pedir apoio para a recondução, e eu falei: "Olha, me expliquem como vocês não botam o Romero Jucá na cadeia, porque ele é o símbolo da corrupção?" Hoje mesmo saiu uma lista aí de vários órgãos sendo administrados por ele. Está envolvido num roubo de R$3 bilhões. Os filhos movimentaram, em dois anos, sem trabalhar, R$3 bilhões. O Orçamento da Prefeitura! Roubaram R$32 milhões do Minha Casa, Minha Vida e essa pessoa está livre? Que País é esse?

    E esse problema do Incra é isso, foi emenda que ele colocou, orientou o Incra a gastar, contrataram as empresas e veio o calote. E agora está sofrendo o povo do meu Estado, pelo calote desse Senador irresponsável, ex-Senador irresponsável.

    Mas agora é um compromisso do próprio Governo Federal, liberar para concluir essas obras e fiscalizar para não roubar, porque hoje, por exemplo, está de parabéns a Polícia Federal, que está fazendo uma ação em Manaus e, se não me engano, em Mato Grosso ou Rondônia, na saúde indígena. Que faça no Estado de Roraima, porque ali é o núcleo da corrupção.

    Então, o meu Estado está aqui hoje. Eu venho aqui gritar a dor do meu povo. Roraima não tem uma saúde que possa oferecer. São centenas de cirurgias suspensas. Um irmão meu foi fazer agora uma cirurgia de próstata e não pôde.

    Então, não tem...

(Soa a campainha.)

    O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PROS - RR) – O senhor me assegura um pouco mais, Presidente?

    Não há recursos para nenhum tipo de cirurgia, não há...

    A escola, olha aqui, quero aqui apresentar, queria que focasse aqui. Essa aqui é a BR-174, uma BR que liga – foca aqui... Pronto. Está aí, e são os indígenas, porque as aulas ainda não começaram em Roraima. As aulas não começaram no Estado de Roraima. Está aí, é isso aí.

    E aqui eu tenho em mãos três ofícios do Senador Mecias de Jesus, que está enfermo – e quero desejar a sua franca recuperação –, cobrando do Sr. João Carlos de Jesus Corrêa, Instituto Nacional, do Incra, esses recursos urgentemente, R$5,840 milhões para terminar os trabalhos em Iracema, mais R$2,848 milhões para terminar em Rorainópolis, e também aqui R$441 mil para terminar o trabalho em Baliza.

    E quero fazer um apelo para o Governo Federal para que socorra o Estado de Roraima; para o Estado para atender as políticas essenciais, ou ele vai de uma vez afundar o nosso Estado.

    Fica o meu apelo para o Governo Federal e o meu apelo para o Governo do Estado. Parem de fazer turismo, parem de privatizar. Vamos atacar as necessidades do nosso povo. Não há escola, não há saúde, não há segurança e não há geração de emprego.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/05/2019 - Página 18